quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Leonardo Prudente reassume a presidência

O deputado Leonardo Prudente, que estava afastado desde o dia 1º de Dezembro, reassumiu ontem (30/12), a presidência da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Ele havia se licenciado do cargo depois que a imprensa nacional divulgou um vídeo onde aparece recebendo propina do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa.
Ao presidente caberá o encargo de dirigir os trabalhos, a partir de 11 de janeiro, que analisarão os pedidos de impeatchment contra o governador José Roberto Arruda, também flagrado embolsando um pacote de dinheiro público.
Além do governador, do vice Paulo Otávio e de Prudente, são requeridos nos pedidos de cassação do mandato os deputados Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Benício Tavares (PMDB), Berinaldo Pontes (PP), Eurides Brito (PMDB), Rubens Brunelli (PSC), Pedro do Ovo (PRP), Rogério Ulysses (PSB) e Rôney Nemer (PMDB).
Logo depois de o vídeo ser divulgado, há um mês, Prudente afirmou que havia guardado os maços de dinheiro nas meias por “questão de segurança” e disse que os valores não foram declarados à Justiça Eleitoral durante a campanha de 2006. Recentemente, o deputado voltou a falar sobre o fato de guardar o dinheiro nas meias. Disse que este é um hábito que traz desde a adolescência.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

É restituindo que se ganha

O governador do distrito federal José Roberto Arruda dentre outros políticos brasileiros, foi filmado recebendo dinheiro desviado da administração pública. As cenas do desaforo foram divulgadas para o Brasil e o mundo todo. Como é praxe, nas democracias, o indigitado tem amplo espaço e tempo para se defender.


Até agora, no entanto, esse homem que aparece recebendo um fardo de reais, não conseguiu justificar a insolência. Ameaçado de expulsão do DEM o partido que o agasalhava, ele se desfiliou antes, preparando-se para uma nova aventura política em 2014.

Os pedidos de impeachment do flagrado, elaborados por seus adversários, dirigidos à assembléia legislativa do distrito federal teriam, em tese, poucas chances de prosperar em virtude de ser a atual gestão composta por seus correligionários favorecidos.

Das 11 proposituras de destituição oito já foram arquivadas, tendo o astuto político afirmado que deseja chegar ao fim do mandato. Quando nega a veracidade dos fatos filmados, o recebedor garante também que a sociedade brasileira não viu nada daquilo que foi exibido, e que as cenas não passariam de montagens feitas por opositores.

A Polícia Federal, no entanto, demonstra que as imagens são diretas e não passaram por cortes ou montagens. Tomado de muito bom senso e com aquele espírito de que “quem não deve não teme” o senhor José Roberto Arruda poderia renunciar ao cargo de governador e devolver o dinheiro, provando com isso as injustiças que cometem contra ele.

Só a devolução daquele pacote juntamente com um pedido de desculpa seria o suficiente, para quem sabe, provar a boa fé do grande e honorável José Roberto Arruda. Ninguém falou nada sobre outros embrulhos supostamente agarrados durante todos esses anos de vida política.

Veja como pode ser ilibada a conduta do filmado recebendo a hipotética propina: ele se propõe, inclusive a mudar algumas regras, usos e costumes relacionados ao exercício da política. Mas não é impressionante?

E olha que o renunciante atribuiu todas aquelas motivações, que levaram à feitura das películas, aos interesses contrariados, das pessoas que teriam sido demitidas durante o seu governo.

Pelo raciocínio do acusado não existe o dinheiro que ele também não teria recebido. Sem tecer qualquer consideração de que a verba pública enrustida, em última instância, se destinaria aos benefícios da população pobre e, que o mexer nos valores dos carentes dá um azar do inferno, conviria crer que a restituição equivaleria a ganhar na mega-sena.









"Marrons" atacam brasileiros no Suriname

Um grupo de 100 arruaceiros quilombolas conhecidos como marrons atacou, na noite de 24 de dezembro, 80 garimpeiros brasileiros que viviam em Albina, cidade de 10 mil habitantes, no Suriname. A agressão deixou 14 feridos sendo que sete em estado grave.
Segundo informações da embaixada brasileira, o ataque foi uma retaliação pela morte de um marrom, causada por brasileiro, na mesma noite do dia 24. O garimpeiro do Brasil, que teria praticado o homicídio, encontra-se foragido e a justificativa para o cometimento do crime foi a de que a vítima humilhava os brasileiros moradores no local.
De acordo com a embaixada, os brasileiros nômades, que vivem em Albina morando em barracas de plástico, trabalham ilegalmente no garimpo do ouro e, permanecem clandestinamente no país.
O embaixador José Luis Machado e Costa informou ter havido um ataque brutal aos brasileiros por parte dos quilombolas que estupraram mulheres, feriram muita gente com facões, e destruíram propriedades relacionadas às vítimas.
Depois das agressões as autoridades surinamesas levaram, em dois ônibus, 81 brasileiros para a capital Paramaribo. Os que não se feriram hospedaram-se em hotéis e aproximadamente 30 serão ouvidos pela polícia.
O Suriname é um pais de aproximadamente 500 mil habitantes, sendo que os brasileiros que habitam o local chegam a 18 mil. O Ministério das Relações Exteriores enviou um avião da FAB para resgatar as vítimas.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Uma Rua Complicada

A Rua Napoleão Laureano, especialmente no trecho compreendido entre a Samuel Neves e Fernando Febeliano da Costa, é muito mal frequentada.
A incidência do alcoolismo, do uso ostensivo de drogas pesadas, as rixas pessoais, e arruaças são traços bastante característicos e distinguíveis.
Ela lembra aquelas ruas de terra dos filmes do Velho Oeste norte-americano onde os bandidos e os mocinhos se enfrentavam no meio das vias. Há muita “machesa” no local. Você se lembra do Charles Bronson e seus personagens que resolviam todas as questões na pancada e tiros? Pois é mais ou menos assim.
A mentalidade dessse cantinho do universo, consiste ainda em mostrar aos outros quem é o líder, que manda no lugar. Sabe aquelas brigas de cachorros, que cercam uma cadela no cio, no meio da rua? Pois a situação é, mais ou menos, semelhante à vigente no trecho.
Os “machos” andam desnudos exibindo a musculatura como se dissessem: “aqui o sistema é bem bruto”.
É um lugar atrasado onde uma pequna parte dos moradores se esparrama pela calçada e sarjetas, bebendo pinga, cerveja e falando mal de quem está quieto.
Além do alcoolismo, o analfabetismo e a boçalidade compõem o modo de ser dos arruaceiros. A grosseria, a má educação, e os maus tratos contra crianças e animais podem ser perceptíveis logo na calada da noite.
O pessoal que se considera “xerife” da rua recebe auxílio material e apoio psicológico de alguns parentes funcionários públicos e, é por isso que o estado de selvageria persiste por tanto tempo.
Acredita-se que a teoria do empreendedorismo mal aplicada seja a responsável pela perturbação do sossego público, há muito observada no local. Uma funilaria que produz vibrações nas paredes e estrutura da casa vizinha, bem como polui o ar, com as tintas usadas na pintura de automóveis, seria o exemplo desse tipo de aberração.
Em tese os prédios residenciais serviriam exclusivamente para a habitação dos seus moradores. E os construídos para o comércio e a prestação de serviços deveriam ser usados para essas atividades econômicas.
Mas o que ocorre neste local, nesta rua, é o uso de residência para a prática do comércio de bebidas alcoolicas, durante o período noturno, que às vezes acontece até as altas horas.
Os tranca-ruas do quarteirão justificam a obstrução da passagem dos demais moradores, com o fato de que residem no local há 30 ou 40 anos. Infelizmente o trecho não deixa mesmo de ser um quarteirão pobre, feio, sujo e fedido.
Veja abaixo um vídeo do local.


segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Sábado no Shopping

Felipe em seu apartamento, naquele 24 de Dezembro, ao ouvir na TV os sons que anunciavam a chegada do Natal, e do bom velhinho, foi tomado por uma onda forte de nostalgia.
Ele então caminhou pela sala em busca de algo que pudesse minorar aquelas sensações ruins. Ao passar pela janela da sala pôde ver, no varal, da área de seviço do apartamento vizinho, algumas peças de roupas íntimas da moradora.
Lembrando os bons momentos que vivera com uma amiga querida, ele tomou o telefone e discando aquele número, que jamais esqueceria, espereou que ela atendesse. Os segundos passavam rápidos e uma espécie de sufoco o deixava inquieto. Finalmente uma voz feminina atendeu.
- E aí Elza, há quanto tempo! Você sumiu, garota! Não a vi mais nem no shopping, nem nos teatros, nos cinemas e muito menos na praia. O que aconteceu? – iniciou Felipe sentando-se no sofá, colocando uma almofada sobre o colo.
Ele ouvia atentamente e, para estar mais a vontade, pôs os pés sobre uma cadeira que havia por ali.
- Me senti horrível depois que cortei e tingí os cabelos. Não ficaram do jeito que eu queria. Está uma droga. E o pior não é isso. O pior de tudo é que aquela química toda que usaram me causou um mal-estar terrível. Ai, que nervo! Sabe, me deu vontade... assim... de mandar todo mundo...sabe? – Elza estava irritadíssima.
- Ah, não se incomode. Você é linda com qualquer tipo de cabelo. E, na minha opinião, veja bem, sem desmerecer outra instrução que tenha recebido com relação ao modo de lidar com essa indisposição, eu considero que bastante ar puro, e sol ajudariam na recuperação das forças. – Felipe sentia-se encantado quando falava com aquela sua amiga. Nenhuma outra o deixaria apatetado daquele jeito.
- Olha, me sinto humilhada! Sabe quando lhe fazem pouco caso, desaforo mesmo? Que ódio!
- Calma Elza. Olha: passeios longos a pé podem também ajudar a reduzir esse mal humor. Sabe o que seria bastante saudável pra você atualmente? – Felipe se sentia realmente à vontade, ao conversar com aquela pessoa e ele expressava isso no tom de voz que usava.
- Não. – respondeu Elza como se perguntasse o que minimizaria parte do seu sofrimento.
- Um circo!
- Hã! Um circo? – ela estava surpresa e de certa forma ofendida.
- É sim! Nada melhor do que passear por perto, comprar os ingressos, entrar, assistir ao espetáculo, dar boas gargalhadas com o palhaço, comer pipoca, ver os malabares, o elefante, os trapezistas e o domador de leões. E depois de tudo isso aplaudir muito o trabalho daquele pessoal todo.
- Você está lou-co! – respondeu quase gritando Elza indignadíssima.
- Não estou não. Olha: o circo é uma das mais primitivas formas de entrenimento conhecidas pela humanidade. Desde os tempos imemorias o circo existe como atração para distrair e recrear as pessoas. E veja bem: há historiadores que garantem ser o teatro uma derivação do circo. Que o teatro seria uma espécie refinada de apresentação circense. Você me entende?
- Ai, não sei, não. – ela estava desapontada. – E depois tem outra: meu carro está uma porcaria. Precisa de revisão e a oficina está cobrando os olhos da cara. Parece que tudo de ruim aconteceu comigo durante esse período.
- Quanta choradeira! Olha, será que poderíamos nos encontrar neste final de semana? Estou com muita saudades de você. – o rapaz se expressava com um misto de esperança e receio.
- Ah, não sei. Quem sabe?
- Eu te espero sábado no shopping, está bem?
- Passo por lá à tarde.
- A gente se vê. Um beijo.
Talvez aquele encontro pudesse mesmo ser benéfico para ambos. Ao desligar o telefone Elza sentiu que parte da esperança lhe ressurgia.


Fernando Zocca.





sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Parando com a pingaiada



O amigo pensa que só de pinga vive a pessoa gente fina? Ora meu amigo sabemos quando exageramos e por isso, o bom senso nos lembra ser necessário parar com a gandaia antes que o fígado reclame.
Já imaginou a sua nobre pessoa acometida por uma cirrose que o leve à cama daquela entidade restauradora?
Veja os sinais que se lhe apresentam. Preste atenção! Cuide mais da sua saúde e procure recolher-se mais cedo. Ouça a voz da razão.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O contabilista bêbado, a bancária neurótica e os funileiros assassinos

Um contabilista bêbado, uma bancária neurótica, sob tratamento psiquiátrico, e alguns funileiros assassinos, podem surgir no seu caminho durante essa longa estrada da vida. Mas nenhum deles será tão nocivo quanto o panaca lesador, de milhões de pessoas, quando retém para sí o dinheiro público.


Os funileiros assassinos que enchem diária e impunemente a casa do vizinho com tinta, impedindo-o de respirar podem receber, a qualquer momento uma saraivada de balas, que os mandem logo pro inferno, lugar de onde não deveriam ter saído.

Piracicaba foi matéria da grande imprensa nacional quando seu prefeito Barjas Negri (PSDB) era indicado pelos Vedoin, proprietários da empresa Planan, de ser um dos beneficiários do esquemão conhecido como escândalo das sanguessugas. A Polícia Federal que apurou os indícios formando, com as provas colhidas um inquérito, registrou que o prefeito piracicabano, quando era ministro da saúde do governo de Fernando Henrique Cardoso, levava vantagens pecuniárias nas licitações de ambulâncias, distribuídas a mais de 600 municípios brasileiros.

Essa vergonha caipira, minimizada pelos simpatizantes do PSDB como um comportamento normal, dentre os procedimentos usuais dos políticos vivazes, não ocupou mais o espaço midiático, tendo o grande público ficado sem qualquer certeza da culpabilidade ou não do grandessíssimo prefeito.

A gestão do senhor Barjas Negri, em que pese ser ela assessorada por gente do quilate da senhora chefe do gabinete Isaura Francisco Bonato Mazzuti, é uma das mais medíocres e imprudutivas do PSDB, que governou esta Piracicaba por várias vezes.

Nem os governos municipais do atual deputado federal Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB) e do professor catedrático da Esalq Huberto de Campos, também do PSDB, foram tão fracos e insossos como esse do professor doutor Barjas Negri.

A ideologia professada por esses senhores é a do empreendedorismo que quando mal feito e instruído, gera essas aberrações do tipo da funilaria que funciona prejudicando vizinhos e comércio de bebidas no corredor de habitação popular.

Quase tudo o que não presta acompanha esse governo incolor, inodoro, insípido e vacilão. Tentando justificar o conforto que o assento das cadeiras públicas lhes causam nos derrières aristocráticos, esses senhores asfaltam ruas já calçadas, constroem pontes onde não há tanta necessidade e deixam fraquejar o atendimento à saúde pública. Parece praga. E vai ver é mesmo.

O Tribunal de Contas do estado de São Paulo tem rejeitadas, reiteradas vezes, as contas prestadas pela administração do senhor professor Barjas Negri. A aplicação das verbas federais e estaduais recebidas, não corresponde ao que determina a Constituição Federal, na educação, principalmente. Enquanto isso obras suntuosas, aparatosas, viscosas e inúteis para a população carente, brotam no solo piracicabano.

Tem horas, meu amigo, que dá vergonha ter nascido neste lugar.



Fernando Zocca.





segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O Trabalho Liberta



Auschwitz-Birkenau: os prisioneiros chegavam de trem e dormiam nos beliches. Depois, para os supostos banhos coletivos, eram conduzidos aos banheiros, onde ao invês de água, dos chuveiros saia gás. Os corpos eram incinerados nos fornos (foto: JACEK BEDNARCZYK/lusa)






A polícia polonesa garantiu hoje, segunda-feira, que os cinco presumíveis autores do roubo da placa metálica com a inscrição em alemão "Arbeit Macht Frei" (o trabalho liberta), do campo de concentração de Auschwitz, não são neonazistas. Informou hoje o site Jornal de Notícias de Portugal.


"Segundo as informações que possuímos, nenhum dos cinco pertence a qualquer grupo neonazi e nem defende tais ideias", declarou à imprensa Andrzej Rokita, chefe da polícia da região de Cracóvia, sul da Polónia.

A polícia anunciou domingo à noite que encontrou a placa com a inscrição, cortada em três partes, no norte do país e que deteve os cinco homens prováveis autores do furto; eles têm idades entre 25 e 39 anos.

A polícia polaca havia prometido uma recompensa de 5.000 zlotys (1.200 euros) por informações que ajudassem a encontrar a inscrição e a deter os culpados.

A Alemanha nazi exterminou, entre 1940 e 1945, em Auschwitz-Birkenau, cerca de um milhão de judeus.

Os prisioneiros chegavam de trem, dormiam em beliches e nos banheiros, para onde eram conduzidos, para os supostos banhos coletivos, ao invês de água, saia dos chuveiros, o gás que matava centenas de uma só vez. Os corpos eram depois queimados nos fornos.

domingo, 20 de dezembro de 2009

"Dane-se a pressa"



Tonho, o catador de papelão ai da foto, parece cochilar depois de um dia inteiro recolhendo material reciclável. A labuta é difícil e começa bem cedo, quando ele e a companheira Maria saem para o serviço.



A parte mais penosa do trabalho é a de puxar a carrocinha cheia. Enquando a camarada percorre as cercanias, amealhando jornais velhos, caixas de papelão e latinhas de alumínio, Tonho permanece estancado, na sombra de alguma árvore. Às vezes o tempo em que ele fica inativo na posição, à espera, faz com que adormeça entre os varais do veículo.


O catador de papéis Tonho e a parceira, que circulam diariamente pela vizinhança, moram no bairro Vila Independência, e na casa deles as crianças e adolescentes, de certa forma, agitam o ambiente.


“Dane-se a pressa” diria o homem que parece não se importar com os cães e a imprudência de motoristas alcoolizados que trafegariam pelas vias.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Questão de saúde pública





Tenho dito que num bairro periférico sempre há os loucos mais atrevidos. Desse tipo que atira tijolos sabe-se que o desconforto no próprio lar é um fator enlouquecedor de estresse. A imundície nas dependências da casa, o aglomerado de muita gente e a crença nas seitas satânicas, torna a vida, especialmente das crianças, bastante sofrida.


Quando o pai e a mãe já não conseguem mais o controle do filho problemático e da nora analfabeta, percebe-se que a atividade econômica do patriarca, encontra-se numa encruzilhada, prestes a cerrar as portas.

O sustento do tal núcleo familiar problemático, que gera desconforto aos vizinhos, dependerá então, da pensão alimentícia que um dos filhos da concubina percebe, por força da decisão judicial. A própria comunidade, alertada para os transtornos emergidos naquele centro, e distribuidos ao bairro todo, se precaverá ao prestar auxílio material até que o comportamento se coadune com as normas da boa educação.

Uma enorme discussão envolvendo o fechamento dos hospitais psiquiátricos, ocupou a atenção dos especialistas do setor, durante algum tempo, levando boa parte deles a conclusão de que o simples servir como asilo ou “depósito de loucos”, não seria humanitário e nem mesmo terapêutico.

Então como proceder nesses casos de comportamento desviante, reinvindicativo, hostil, ameaçador e inconformado? Pode uma comunidade sujeitar-se às suscetibiidades do grupamento malfeitor que se escora nas crenças do satanismo?

Na vizinhança desse modelo de família problemática, a rotatividade das pessoas que alugam as casas, mudam-se e logo depois partem, rescindindo os contratos, é enorme. Considera-se neurotizante, enlouquecedor até, a contiguidade a esse tipo de associação. Poucas famílias conseguem ficar por muito tempo, nas proximidades.

O poder público pouco se importa com a existência dos confliltos. As possíveis soluções não serviriam como troféus ou conquistas a serem exibidas nas prováveis campanhas eleitorais futuras. Não renderiam prestígio e muito menos votos.

Paciência, dizem alguns. É preciso ter paciência com crueldade alheia. O alcoolismo, considerado uma doença relevante, geradora desse tipo de situação, precisa ser tratado. A integridade moral, física e patrimonial das demais pessoas, viventes no entorno, depende da argúcia dos terapeutas públicos.

Na verdade o problema é um desafio àquelas autoridades sanitárias do município que se preocupariam, de verdade, com o bem estar da população. Antes mesmo da ufania que a metástase dessa infecção, possa causar nas ideologias políticas do momento, a cura poderá trazer consigo a distinção e os méritos reservados aos bons médicos.

Fernando Zocca.



quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Imagine



Berlusconi atingido no domingo, 13 de dezembro, na praça Duomo em Milão, com uma estatueta, atirada por manifestante inconformado



O cidadão italiano Massimo Tartaglia, de 42 anos, que faz tratamento psiquiátrico há 10, atingiu no domingo, 13 de Dezembro, na praça Duomo de Milão, com uma estatueta metálica, o primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi, causando-lhe lesões de natureza grave.


A vítima submeteu-se à internação hospitalar por quatro dias e deverá permanecer em repouso por outros 15. O objeto com o qual foi atingido, uma pequena peça de metal com as formas da catedral de Duomo, tem 136 pontas de ferro e mármore, razão pela qual os ferimentos foram tão profundos.

O agressor provocou a fratura do nariz, dois dentes, a maceração da pele e músculos da região esquerda do rosto de Berlusconi. Por meio dos seus advogados Massimo Tartaglia, via carta, pediu desculpas pelos danos causados, mas ainda assim encontra-se preso na penitenciária San Vittore de Milão, por odem judicial.

O fato remete-nos às violências do dia-a-dia a que estamos sujeitos. Pois pode muito bem o meu nobilíssimo leitor topar pela frente com um pinguço chapado de fumo e desejoso de tirar satisfação por qualquer reação sua, às provocações anterirores dele. E daí? E daí, meu amigo, se prepare pra correr, se não tiver o saco de suportar as consequências do espancamento que você poderá praticar, em nome da legítima defesa própria.

Louco é louco, tanto aqui quanto na Itália. Se a besta é dada ao vício do álcool pode muito bem matar ou lesionar alguém no trânsito. Numa comunidade reagirá à tijoladas, às interpelações que lhe façam, sobre o desconforto que esteja causando na vizinhança.

E se o criminoso tiver ainda familiares dispostos a esconder a gravidade dos atos ilícitos praticados por ele, uma boa parcela da comunidade poderá ser induzida a minimizar a dimensão do perigo a que está sujeita.

É claro que o louco que, numa esquina atira pedras em alguém do próprio quarteirão, poderá repetir o ato criminoso e qualquer morador do bairro está sujeito a ser sua próxima vítima.

O maluco bêbado que, pela idade, pode já estar com afecções mentais, próprias da senilidade, fará com facilidade, das crianças, senhoras, idosos e transeuntes, vítimas pontenciais da sua loucura. Se o alcoolismo é doença e se essa doença prejudica a quem está por perto, então é salutar que se a trate, e logo.

O louco precisa ser protegido dele mesmo. A vizinhança precisa de garantias de que não será atacada, subitamente, por malucos dados ao vício do álcool. Você já imaginou se durante uma conversa informal, o tal se enraivece, e sua ira, num crescendo culmina numa tentativa de arrombamento do seu portão, com a destruição das suas coisas?

Imagine você conversando com o maluco, que bebe tranquilamente, na sua frente. De repente, o cara, por estar muito nervoso, começa a quebrar o seu estabelecimento, jogando garrafas nas janelas alheias. Imagine um doente mental, com a cabeça cheia de crack, que num piscar de olhos, sai correndo pelo meio da rua, gritando que “fulano é viado” e que deseja matá-lo. É terrível, não é?

Por isso, minha amiga, acautele-se. Nestas festas de final de ano, tenha mesmo muito cuidado. Afaste-se dessa gente que fala muito e não tem nada a dizer. Já imaginou se você receber uma tijolada ou garrafada na cabeça? Já imaginou se uma besta dessas corre atrás de você com uma faca na mão? É muita coisa não é?

Por isso, meu amigo, minha amiga e senhoras donas de casa: cuidado com os bêbados!



quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Do funileiro louco e seu semelhante italiano





“Carlão” e Tartaglia: loucura agressiva


Tanto o agressor do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, Massimo Tartaglia, que o atingiu no rosto com uma réplica metálica da catedral de Duomo, quanto o funileiro “Carlão” que no dia 27 de Dezembro de 2007, agrediu um vizinho à tijoladas, ambos tem algo em comum: problemas psiquiátricos.


Massimo Tartaglia, segundo os jornais italianos, faz tratamento há mais de dez anos enquanto que o tal funileiro, que não é galinha, mas que também não tem nenhum dente na boca embriaga-se diariamente há muito mais tempo.

Uma diferença prima facie notada é que os primeiros vivem na Itália, Europa, enquanto que os segundos, no Brasil, América do Sul. No momento da violência, lá na Itália fazia um frio danado, enquanto que no Brasil o calor era insuportável.

Tanto numa cena quanto na outra havia público. Em Piracicaba, na esquina das ruas Fernando Febeliano da Costa e a Napoleão Laureano, as pessoas se aglomeravam para ver o maníaco jogando tijolos, enquanto que em Milão, também os simpatizantes de Silvio Berlusconi, aglutinados, acabavam de ouvi-lo discursando.

MassimoTartaglia, num único golpe, foi certeiro tendo fraturado o nariz e quebrado dois dentes de Berlusconi, enquanto que o doido louco de Piracicaba lançou uma saraivada de pedras, não acertando nem uma sequer no seu alvo.

O atacante milanês, logo depois da sua loucura, pediu desculpas pelo mal causado, enquanto que o babaca piracicabano, acompanhado por seus filhos, cerca todas as noites, a casa da vítima arrojando impropérios.

As vítimas tanto do lelé milanês, quanto do pirado piracicabano, já passaram dos cinqüenta anos. Massimo Tartaglia tem 42 enquanto que “Carlão” ultrapassou a metade dos 60.

O homem violento de Milão faz tratamento médico psiquiátrico por causa dos desajustes comportamentais, enquanto que o bêbado piracicabano não se incomoda muito com isso.

A vítima de Massimo Tartaglia tem uma legião de antipatizantes, enquanto que a do “Carlão” boca-de-galinha, nem tanto.

Os simpatizantes do agressor milanês são muitos tendo sua página na internet – já apagada - contabilizado mais de oitenta mil seguidores. Também os afeiçoados do “Carlão” não são poucos, sendo que uma parcela significativa o ajuda com os alimentos doados pela comunidade.

“Carlão” é casado e tem dois filhos. Um deles é amancebado possuindo junto de si mais três crianças de pais diversos e um cachorro. Nesse aglomerado vivem de acordo com o que possibilita a pensão alimentícia, paga pelo pai de um dos filhos da concubina.

Massimo Tartaglia jogou na sua vítima uma estatueta de metal, enquanto que o maluco bêbado de Piracicaba lançou mão de tijolos catados na sarjeta.

Tanto num caso como no outro nota-se a violência, cujas causas precisam mesmo ser tratadas, sob pena de perigar a saúde e a integridade física dos circundantes.




terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Os Militares Podem Voltar



O Exército pode garantir, contra os corruptos, a integridade das instituições da República





Os políticos corruptos estruturados, à semelhança dos criminosos das quadrilhas organizadas, conseguem sucesso na sangria do erário público, usando depois o produto do crime na promoção de mais suborno e atos de defesa.


O destemor da punição é tão evidente que a deputada filmada recebendo pacotes e pacotes de dinheiro, num gabinete, enrustindo-os depois na sua bolsa, teve a pachorra de dizer, frente às câmeras de um repórter, que está tranquilíssima sobre o assunto, porém muito preocupada com o seu advogado que a impediu de conversar com a imprensa.

O fato é que a tecnologia moderna dos meios de documentação de imagens e sons, revolucionou o setor criando um embaraço tremendo aos malignos que vivem desses expedientes.

Como é que podem agora os prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais, senadores, governadores de estado e até presidentes, sentirem-se à vontade durante as entregas das riquezas do estado?

Como poderão os venais se sentarem, à frente dos subornadores, e receberem os frutos dos ardis, sem os temores de que suas imagens surjam nos telejornais no dia seguinte?

Não existe segurança nenhuma a não ser que se façam leis impeditivas de exibição das tais cenas grotescas.

E é isso mesmo que a malta procura fazer. Há movimentos organizados na câmara dos deputados objetivando a criação de organismos controladores dos assuntos que se devem dizer à sociedade.

O ministro do supremo tribunal federal Gilmar Mendes é adepto da idéia de que além do direito de resposta, das sanções penais, e das cíveis, haja também impedimentos para a divulgação de fatos relacionados à pessoas e nomes.

Então à semelhança de uma dieta que um clínico impõe ao seu paciente, um tal de conselho federal de jornalismo, diria o que deve e o que não deve ser relatado ao corpo social.

Isso só interessa ao pessoal que vive desses expedientes iguais aos do governador José Roberto Arruda (DEM), Júnior Brunelli (PSC), todos os demais do panetonegate, e quadrilheiros das sanguessugas.

Se o político não tem o que temer não se importa com a publicidade; só a temem os que agem às ocultas, aos murmúrios, às escondidas, tramando o mal contra as estruturas sociais.

E me digam: o sujeito que se incrustou nos cargos eletivos, por mais de uma vintena de anos, foge as luzes da exposição pública, se não tem nada a dever?

A certeza é de que a tecnologia trouxe muita dificuldade aos vendilhões da república. E a situação fica bem difícil para ela com essa tradição de impunidade, das tentativas de cerceamento da comunicação dos fatos, se não houver uma reação dos verdadeiros defensores da pátria: o Exército Brasileiro.

Se democracia é mesmo essa esbórnia nociva que a sociedade testemunha, será que a imposição das normas, das regras, do regime e da disciplina militar, não eliminariam os tais focos infecciosos?

Será que a volta da ditadura militar corrigiria esses abusadores reprimindo seus crimes?

Fernando Zocca.



segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A Ordem e o Progresso

É impressionante o descaramento dessa gente que ocupa o poder nestes dias tão atribulados. O sujeito é filmado cometendo crimes gravíssimos contra a organização do estado e para defender-se o safardana consegue alegar, dentre outras coisas, que as cenas não tinham nada a ver com a roubalheira.


O bandido desejoso de passar a idéia de que a multidão, que se manifestava nas ruas, protestando contra seu mau caráter, estava equivocada e que conduz uma tropa de cavalaria repressora contra ela, quer mesmo ver-se impune, para desfrutar o produto da sua esperteza.

O mau elemento que já tem antecedentes condutores de punições anteriores, ainda goza dos benefícios do cargo público e também da dinheirama amealhada fraudulentamente.

Ora, se isso não for um convite, a todos aqueles que carregam latentes, os germes da corrupção, a seguirem pelos mesmos caminhos, o que mais seria além do famoso pré-aviso de impunidade?

O produto roubado do estado serve também para promover mais corrupção contribuindo para o esfacelamento das suas estruturas. O jogo feito pelos corruptores visa a desestruturação dos organismos que possam pôr em risco ações repressivas e punitivas.

A situação assemelha-se a um organismo animal acometido pela doença, cuja sobrevivência dependerá, sem dúvida, da aniquilação desses esquemas diruptivos contrários à manutenção do bem estar geral.

A Polícia Federal tem feito sua parte; cabe também ao Ministério Público denunciar esses cometimentos criminosos acompanhando-os até a final condenação. Semelhante a um espetáculo popular, a sociedade acompanhará o desfecho do embate que servirá enfim, de exemplo tanto para aquele que viola as regras, quanto para o cidadão honesto cumpridor dos seus deveres.

Muita vez o sujeito que pratica o crime desconhece a gravidade dos seus atos. Nos seus conceitos pode até haver a noção de que o que esteja a fazer seja aceitável. Como dizer aos políticos principiantes que suas intenções de suborno são inadequadas se a ideia vigente é a de praticar danos contra o estado organizado?

Além da divulgação dos flagrantes caberia também a comunicação, à sociedade, dos resultados dos julgamentos, sendo certo que interessa ao todo muito mais a dor da cirurgia reparadora do que a euforia limitada aos grupos ladravazes.

A instalação da corrupção interna interessa também, sem dúvida, aos concorrentes diretos limítrofes, desejosos de arruinar aquela política diversa e antipatizada.

Em jogo estão os conceitos como família, religião, moral, bons costumes, respeito aos mais velhos e um ferrenho embate pelo poder. A tolerância com os crimes e desaforos não se coaduna com a manutenção da integridade das instituições.

Para a manutenção da ordem e do progresso a sociedade testemunha espera do Judiciário, a exata aplicação da lei e suas penas, na proporção da gravidade dos crimes por todos conhecidos.


Fernando Zocca.





sábado, 12 de dezembro de 2009

"Carlão" provoca dano na casa vizinha




As trincas na parte interna e externa do banheiro acentuam-se a cada dia pelo trepidar de um compressor instalado na propriedade do tal “Carlão”




A irresponsabilidade permite que continue sendo empregado, de forma danosa, um compressor instalado na propriedade do elemento conhecido como “Carlão”. A emissão constante da tinta usada para pintar automóveis, dos solventes, das trepidações e o ruído tem causado sérios danos materiais aos proprietários do imóvel contíguo, de número 186.


Um solapamento de terreno teria sido iniciado durante as reformas feitas nos imóveis 178 e 182, casas 1 e 2 da Rua Napoleão Laureano. Porém os constantes tremores da estrutura da moradia, provocado pelo mau uso do compressor, instalado na propriedade do indivíduo “Carlão”, têm aumentado, de forma sensível os males na casa.

As fendas na parede interna e externa do banheiro, já bastante acentuadas, tornam-se a cada dia mais destacadas e o temor de um desabamento intensifica-se.

Leia na categoria polícia outras matérias relacionadas ao mau uso da propriedade.



quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Marginal "Carlão" continua provocando



TENTATIVA DE HOMICÍDIO. O marginal conhecido pela alcunha de “Carlão” residente à Rua Napoleão Laureano, 164, bairro Vila Independência em Piracicaba, no exato momento em que tentava matar um vizinho à tijoladas







Prosseguem as provocações do bandido “Carlão”, que com a desculpa de que “está trabalhando”, vem perturbando o sossego de vizinhos. O marginal usa um compressor de ar que produz ruídos e vibrações no imóvel. A propriedade já apresenta rachaduras na sua parte interna e externa. A emissão de tintas poluentes e solventes também torna a residência insalubre.


Às críticas de que seu mandatário estaria supostamente envolvido no chamado escândalos das sanguessugas, a administração municipal de Piracicaba responde, há anos, com um compressor de ar que injeta diariamente, durante horas seguidas, tintas usadas para pintar automóveis e solventes tóxicos, na sede do Blog.

Além de amparar esses males causados pelo mau uso da propriedade particular, a prefeitura municipal de Piracicaba é cúmplice também, por omissão, na produção da poluição sonora, da tal atividade irregular, e as vibrações no imóvel, que já produziram rachaduras.

Um dos responsáveis imediatos pelos abusos é o elemento conhecido como “Carlão” que reside à Rua Napoleão Laureano, 164. O Marginal juntamente com seus dois filhos Carlinhos e Gabriel, agrediram a um morador vizinho, no dia 27 de dezembro de 2007, ocasião em que este se queixava do mal estar provocado pela poluição dos solventes e tintas lançadas diretamente dentro da sua casa.

O trio de marginais perseguiu o reclamante até a Lan House situada à Rua do Trabalho, 356 onde com muita agressividade, quase derrubaram o portão da garagem.

Na Lan estava o contador Luis Fernando de Morais, CPF 039.294.028-07, RG 15.434.360, nascido à 10 de janeiro de 1963, filho de Maria de Lourdes Tonin de Morais e Henrique de Morais, sua amásia Célia Justino Correia de Lima, bancária no Bradesco e Tais de Morais, estudante, todos residentes à Rua Campos Salles, 2647 Vila Independência, CEP 13.418-310, que aproveitando a oportunidade, e a pretexto de que a vítima os fotografava, tentaram à força, subtrair a sua máquina fotográfica.

Na delegacia de polícia o delegado responsável pelo plantão apagou as fotos em que o contador, sua concubina e filha agrediam a vítima.

As vibrações provocadas pelo compressor, bem como o bater constante do portão, pelos moradores da casa 182, levaram ao rachamento das paredes da casa sede do Blog. O solapamento do terreno teve início logo depois que o proprietário do imóvel 178 começou uma reforma.

Veja matéria, na categoria polícia, sobre a agressão de que foi vítima o morador da casa 186, da Rua Napoleão Laureano. Na ocasião – 27 de Dezembro de 2007 – na esquina das Ruas Fernando Febeliano da Costa e Napoleão Laureano, o marginal conhecido pela alcunha de “Carlão” agrediu à tijoladas o queixoso.

Segundo informações não há movimento na funilaria, isto é, não existe procura de interessados em consertar seus automóveis. Os ruídos e emissão de poluentes ocorrem por provocações e rixa. Há indícios de que o marginal agressor receberia ajuda material dos parentes Montalve, Martinha, e Marlene, ligados à Igreja católica do bairro.





Prefeitura pode ser conivente com irregularidades


Às críticas de que seu mandatário estaria supostamente envolvido no chamado escândalos das sanguessugas, a administração municipal de Piracicaba responde, há anos, com um compressor de ar que injeta diariamente, durante horas seguidas, tintas usadas para pintar automóveis e solventes tóxicos, na sede do Blog.


Além de amparar esses males causados pelo mau uso da propriedade particular, a prefeitura municipal de Piracicaba é cúmplice também, por omissão, na produção da poluição sonora, da tal atividade irregular, e as vibrações no imóvel, que já produziram rachaduras.

Um dos responsáveis imediatos pelos abusos é o elemento conhecido como “Carlão” que reside à Rua Napoleão Laureano, 164. O Marginal juntamente com seus dois filhos Carlinhos e Gabriel, agrediram a um morador vizinho, no dia 27 de dezembro de 2007, ocasião em que este se queixava do mal estar provocado pela poluição dos solventes e tintas lançadas diretamente dentro da sua casa.

O trio de marginais perseguiu o reclamante até a Lan House situada à Rua do Trabalho, 356 onde com muita agressividade, quase derrubaram o portão da garagem.

Na Lan estava o contador Luis Fernando de Morais, CPF 039.294.028-07, RG 15.434.360, nascido à 10 de janeiro de 1963, Célia Justino Correia de Lima, bancária no Bradesco e Tais de Morais, estudante, todos residentes à Rua Campos Salles, 2647 Vila Independência, CEP 13.418-310, que aproveitando a oportunidade, e a pretexto de que a vítima os fotografava, tentaram à força, subtrair a sua máquina fotográfica.

Na delegacia de polícia o delegado responsável pelo plantão apagou as fotos em que o contador, sua concubina e filha agrediam a vítima.

As vibrações provocadas pelo compressor, bem como o bater constante do portão, pelos moradores da casa 182, levaram ao rachamento das paredes da casa sede do Blog. O solapamento do terreno teve início logo depois que o proprietário do imóvel 178 começou uma reforma.

Veja matéria, na categoria polícia, sobre a agressão de que foi vítima o morador da casa 186, da Rua Napoleão Laureano. Na ocasião – 27 de Dezembro de 2007 – na esquina das Ruas Fernando Febeliano da Costa e Napoleão Laureano, o marginal conhecido pela alcunha de “Carlão” agrediu à tijoladas o queixoso.

Segundo informações não há movimento na funilaria, isto é, não existe procura de interessados em consertar seus automóveis. Os ruídos e emissão de poluentes ocorrem por provocações e rixa. Há indícios de que o marginal agressor receberia ajuda material de parentes ligados à Igreja católica do bairro.


Na foto acima o marginal conhecido como “Carlão” sentado na calçada momentos antes de agredir, à tijoladas, um vizinho. Há indícios de que ele receberia ajuda material de parentes ligados à Igreja católica do bairro












quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A Namorada do Van Grogue

Na manhã chuvosa de segunda-feira, Van Grogue caminhava, evitando fazer ruídos, pela calçada que o conduzia ao bar do Bafão. Antes de sair de casa ele parara defronte ao portão semiaberto e, depois de olhar para um lado e o outro da rua, achou que estava seguro.

Durante o trajeto ele acendeu um daqueles seus cigarros e, aspirando a fumaça com avidez, pos velocidade nos pés calçados com chinelos de couro. Ao passar em frente a casa do vizinho ele deixou cair o celofane do maço de cigarros que estreara há pouco.

O jogar papéis na residência daquela pessoa tornara-se um hábito já arraigado. Ou eram embalagens de biscoitos, de paçocas, folhas de jornais velhos, ou celofanes dos maços de cigarros. Não importava qual objeto devesse ser deixado, mas sempre alguma coisinha seria ali lançada como se fosse um sinal, ou um recado.

Van Grogue não sabia porque fazia aquilo, mas o fazia igual a um carteiro que trazia a correspondência ao seu destinatário.

Quando Grogue entrou no bar viu Adam Oly, Virgulão e Edbar Bante que conversavam. Os homens cessaram a prosa, que versava sobre o Flamengo, e Edbar disse imitando um narrador ou apresentador de palco:

- Van Grogue, o pingueiro que mais parece papel higiênico chega neste momento ao recinto.

Van aproximou-se dos companheiros e tomado pela curiosidade foi logo pedindo esclarecimentos:

- Por que papel higiênico?

Edbar Bante, sem titubear respondeu certeiro:

- Porque você está sempre ou enrolado ou na merda.

Sem perder a linha Grogue sinalizou ao Bafão que o servisse logo com as coisas de costume. Bafão abasteceu com pinga, até a metade, um copo americano e abriu uma garrafa de cerveja bem gelada. Então Van Grogue disse:

- Acabei de ler no Diário de Tupinambicas das Linhas que Jarbas, o caquético testudo teve uma audiência com o juiz da comarca. – Ante a expectativa que se instalou nos parceiros, Van prosseguiu:

- Era um processo que moveram contra ele por causa daqueles escândalos nas licitações. A reportagem diz que foram ouvidas três testemunhas; e que o juiz perguntou a cada uma delas se tinham visto o prefeito colocando o dinheiro nas meias, na pasta, nos bolsos do paletó ou na cueca. Nenhuma das testemunhas viu o acusado fazer isso. Então o juiz sentenciou ali mesmo, naquela audiência, absolvendo o réu das acusações.

Tossindo assim como quem deseja chamar a atenção para dizer alguma coisa, Virgulão interrompeu a narrativa do Grogue, perguntando em seguida:

- Mas aquele juiz acabou com o processo contra o prefeito? Não acredito! – Então Van de Oliveira Grogue prosseguiu:

- Acabou sim. Disse que não havia provas suficientes para condenar o prefeito das acusações de ter roubado tantos e tantos milhões de reais dos cofres da prefeitura. Mas o interessante não é isso. Um dos serventuários que participou da audiência contou depois, no final, que quando o juiz falou que absolvia o Jarbas, ele – o prefeito - teria perguntado ao Tendes Trame que o acompanhava: “Absolvido? Como assim? Então terei que devolver o dinheiro?”

O pessoal caiu na gargalhada e Bafão prosseguindo com as instigações indagou ao Grogue:

- Ê Van Grogue, hein? É verdade que você arrumou uma namorada carioca? – todos se calaram e olharam pro mais famoso pingueiro de Tupinambicas das Linhas.

- O que é isso? Podem parar com tudo! Seria muita água pra minha piscina, muita areia pro meu veículozinho e também muita chuva pro meu talvegue. Não ia prestar.

Adam Oly que se mantivera calado até aquele momento, perguntou sem receio:

- Mas Van, não seria mesmo mais saudável degustar uma goiabada a dois do que titica sozinho?

- Até que poderia ser, mas já é passada a hora. Antes Jarbas na cadeia do que este que vos fala sob os cuidados do doutor Silly Kone.


(texto revisado em 9/12/09)

Fernando Zocca.




segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Funileiro Continua Fazendo Mau Uso da Propriedade


O funileiro Carlos Harder de Morais, vulgo “Carlão” (foto) residente à Rua Napoleão Laureano, 164 bairro Vila Independência, em Piracicaba, continua agredindo o meio ambiente, ao permitir que a tinta automotiva usada na pintura de automóveis vaze da sua oficina, prejudicando também o bem estar, o sossego e a saúde dos vizinhos.


Os atos de incivilidade do homem se repetem impunes ao longo do ano. No dia 13 de Novembro próximo passado, o Blog publicou (ver na categoria polícia) matéria sobre esse mau uso da propriedade por parte do funileiro. Na ocasião reclamou-se que na oficina não há regras e muito menos observância de horários de trabalho e descanso. A emissão de poluentes ocorre inclusive durante o período das refeições. Não são raras as vezes em que durante o almoço e a janta é-se surpreendido pelo odor forte de tinta e solventes prejudiciais à saúde.

No dia 27 de Dezembro de 2007 na esquina das Ruas Fernando Febeliano da Costa e Napoleão Laureano “Carlão” agrediu com tijoladas um dos seus vizinhos. Na ocasião, sob surto psicótico, depois de jogar pedras no morador, o agressor chamou seus dois filhos para também perseguirem e agredirem a vítima.

Os agressores Carlão, Gabriel e Carlinhos perseguiram o homem, que se queixava do mal estar provocado pelos poluentes, até a Lan House situada à Rua do Trabalho 356 onde, com muita violência quase derrubaram o portão da garagem.

Um dos agressores conhecido como Carlinhos que é usuário de drogas, já tem passagem pela polícia pela prática do crime de furto.

A omissão das autoridades municipais responsáveis é atribuída à represália às criticas, que a administração vem recebendo do Blog, por suposta participação do mandatário municipal, no chamado escândalo das sanguessugas.





domingo, 6 de dezembro de 2009

Sempre Flamengo


Os blogs http://monitornews.blog.terra.com.br, http://laranjanews.blog.terra.com.br, http://barbatana.blog.terra.com.br, http://httpoficina.blog.terra.com.br, http://bigbomblog.blogspot.com.br, http://tamborim.blogs.sapo.pt e http://bateria.glogs.sapo.pt, felicitam o Clube de Regatas Flamengo e toda sua torcida pela conquista do título do Campeonato Brasileiro de 2009.

Ficha técnica:


FLAMENGO 2 X 1 GRÊMIO

Flamengo

Bruno; Leonardo Moura, David, Ronaldo Angelim e Juan; Airton, Toró (Everton), Williams e Petkovic (Fierro); Zé Roberto (Kleberson) e Adriano.

Técnico: Andrade.



Grêmio

Marcelo Grohe; Mario Fernandes, Léo, Tiego e Fabio Santos; Túlio, Douglas Costa, Lúcio e Adilson (Mithyue); Maylson e Roberson (Bergson).

Técnico: Marcelo Rospide.



Data: 06/12/2009

Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ).

Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa-PR).

Auxiliares: Alessandro de Matos (Fifa-BA) e Carlos Berkenbrock (Fifa-SC).

Público: 84.848 presentes:

Cartões amarelos: David (F), Douglas Costa, Adilson (G).

Gols: Roberson, aos 21 min, David, aos 29min do primeiro tempo; Ronaldo Angelim, aos 24min do segundo tempo.

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Modelo

Tanto os loucos filmados recebendo propina no Distrito Federal, quanto os que roubam bancos, usando a violência, e o jogador de futebol que põe a mão na bola, pra conseguir o gol, têm em comum algo que a grande maioria da população não consegue fazer: violar as regras.


Mas por que dizer serem loucos aqueles corruptos filmados descapitalizando o Estado brasileiro e os ladrões de banco? Porque louco é o excêntrico, o que está fora do contexto, das regras e que por isso é a exceção.

Mas o que acontece quando todo o sistema, conduzido pela intenção de ver vitoriosa a impunidade, é levado à corrupção? Ou melhor: O que pode acontecer quando o quebrantar as regras torna-se modelo?

Quando o transgredir as regras do agir, transforma-se em procedimento aceitável, ocorrerá com o Estado o mesmo que sucede ao corpo animal acometido pelas desordens metabólicas. Ou seja, instala-se o desconforto geral e o tempo de vida se reduz.

O sujeito portador do tipo de personalidade que elege prioritários os seus valores próprios, desmerecendo o bem estar do todo, dos demais, é capaz de, nas licitações de ambulâncias, por exemplo, apoderar-se da coisa que não lhe pertence, sem demonstrar qualquer sinal de arrependimento.

Mas num bairro, numa comunidade, num condomínio, como saber se um sujeito tem a consciência do todo, do coletivo, do conjunto em que está inserido? Percebe-se que um cidadão tem o espírito, digamos comunitário, quando procura respeitar também a paz alheia.

Pode-se dizer então que o maluco bebedor que perturba a vizinhança, com suas festas, fora de horário, tem o mesmo germe que formata o ladrão de bancos e o louco descapitalizador do Estado. O que há de comum nesses extravagantes é o desprestigiar os valores alheios.

Para o doidão que leva o dinheiro público tanto faz, se ele fará falta na aquisição do equipamento hospitalar, se impedirá o asfaltamento das ruas empoeiradas ou se estorvará a instalação da rede de esgoto.

Em outros termos para o doido que enruste o dinheiro da administração, tanto faz se ele fará falta na aquisição do conforto daquelas pessoas que ele nem ao menos conhece.

Da mesma forma, para o psicótico que festeja durante as madrugadas, tanto faz se os ruídos que ele promove, causarão desconforto nos vizinhos que ele nunca viu ou com quem não simpatiza.

É comum nesse tipo de personalidade o fluxo verbal que busca justificar os comportamentos criminosos. A impunidade precisaria, durante algum tempo, uns dez anos talvez, ser substituída pela extirpação sumária. Do mesmo jeito que o agricultor desarraiga a erva daninha da sua horta, à sociedade caberia extrair do seu convívio, esses exemplos de crueldade.

Percebe-se perfeitamente a distinção entre o joio e o trigo, de modo que não haveria perigo de confundir um com o outro, durante o saneamento.


Fernando Zocca.



quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O Demo

Veja você o tamanho das encrencas que esses loucos arrumam. O sujeito que deixa seu animal latindo no quintal por horas, dias, semanas e meses seguidos, procurando depois, a pretexto de ensaio de banda musical, perturbar ainda mais o sossego dos vizinhos, tem algo em comum com essa gente flagrada recebendo propina no Distrito Federal: o desprezo pelo próximo, pelos valores que não sejam os próprios.


O bandido que transtorna a paciência da vizinhança pensa antes de tudo em si mesmo, pouco se importando com o bem estar ou a paz de quem está ao lado. O egoísmo é preponderante no maluco bebedor de cerveja, que passa as tardes instigando seu animal a latir e a perturbar a harmonia alheia.

Predomina o princípio do “Dane-se. Os incomodados que se retirem”. Tanto na mente do maluco perturbador da periferia, quando na do calvo mandatário político, a noção de que a formação de um grupo maior, cúmplice, traria imunidade contra as possíveis punições, parece ser idêntica.

A irresponsabilidade herdada dos ascendentes, também devassos, reforçada pelas notícias de impunidade, estimularia gente desse tipo. Por meio dos boatos, falsos testemunhos, eles aliciam muita gente ingênua, formando um grupo totalmente equivocado que procura defender a postura criminosa.

O transtornador seduz parentes, colegas de trabalho da concubina, gente de sindicatos, de casas comerciais e outras entidades civis da cidade com churrascos festivos nos finais de semana, durante os quais dissemina atoardas e falsidades referentes ao antipatizado.

Na busca da formação da opinião pública negativa contra a vítima, tanto o maluco recebedor de propina, quanto o miserável tocador de teclado na periferia da cidade, objetiva negar a existência de qualquer necessidade que não seja a própria.

Então, o doente mental que rouba o dinheiro público não consegue conceber que ele fará falta nas ações que visam suprir as carências da população, enquanto que o doido que martiriza com ruídos, não concebe que o silêncio pode ser imprescindível para as crianças e idosos.

Ora, quem pode assegurar que esses criminosos, tanto os ladravazes dos dinheiros do povo, quanto os atormentadores de periferia, sejam inconscientes da gravidade dos danos que causam? Seria ingenuidade afirmar que os violadores desconheçam a importância dos bens por eles atacados.

A vingança cabe ao Estado que aplicará a reciprocidade. O bandido que subtraiu terá também seus bens subtraídos e o perturbante do sossego público, terá contra si, no devido tempo, o mal que ele gerou.

Os ladrões seguirão roubando e sendo roubados, enquanto que o maluco bebedor periférico prosseguirá pelas veredas do alcoolismo até encontrar pela frente a psicose. É claro que essas insignificâncias, durante o trajeto, não deixarão de projetar, nas suas pobres vítimas as qualidades percebíveis em si mesmo.

O governante que não atentar para a nocividade desses focos infecciosos ou que incentivar a disseminação, com certeza será reconhecido como infrutuoso e desnecessário para o bem comum.


Fernando Zocca.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Derrotado

O que não faz uma câmera oculta hein? Barbaridade! E depois quando todos que garantem a existência da corrupção desbragada, têm sua credibilidade sob suspeita, o crime recrudesce sendo ainda reforçado pela impunidade.


Esquemas criminosos como o das ambulâncias, do Detran, e milhares de outros servem para enriquecer a apenas alguns, enquanto que a maioria formadora do conjunto, do coletivo, sofre com os males da miséria.

Esses derrames do sangue nutridor da nação poderiam ser punidos de forma mais sucinta, rápida e indolor. A supressão desses carcinomas tenderia a proporcionar, talvez, alguns séculos de sobrevida à civilização brasileira.

Quando você passeia pela periferia do Distrito Federal, pode ver o estado lamentável da população e do meio habitado por ela. E você poderá indignar-se ainda mais ao saber que os bilhões e bilhões de reais carreados para os bolsos, bolsas, meias, cuecas e pastas dos espertos, seriam insuficientes para proporcionar um padrão mais digno do eleitor pagador dos impostos.

A cirurgia objetivando a extirpação dos tais tumores cancerígenos, nos países mais rigorosos como a China, por exemplo, equivaleria à execução sumária sem nem mesmo ouvir as desculpas esfarrapadas.

Como reagiriam governos como os da Coréia do Norte, do Japão, de Cuba e de outros países menos dispostos a escutar os discursos escusadores fajutos? Será que a impunidade, que reveste esses casos não teria o condão de despertar nos julgadores a idéia de que “eu também quero e posso conseguir muito mais”?

Ou melhor: será que a impunidade que encapsula esses casos não teria como suporte a noção de que “eu também quero e posso conseguir muito mais do que esses babacas pegos com a mão na cumbuca”?

Não se sabe. É do conhecimento público que a corrupção é uma aberração hoje com a incurabilidade semelhante a do câncer. Esse desarranjo entranhado no âmago das instituições públicas desequilibra a distribuição da seiva, propiciando o gigantismo de algumas áreas e o definhamento de outras maiores e também importantes.

Num grupo criminoso destaca-se o mais cruel. Ou seja o mais destrutivo será mais respeitado, mais temido e bajulado. Nessas quadrilhas de bandidos de colarinho branco, recebem os respeitos e deferências os que mais conseguem burlar os sistemas defensivos institucionais.

E olha, é comum os tais larápios fazerem a opinião pública das pequenas cidades, de onde eles vêm, acreditar que eles são vencedores e não derrotados. Na visão dessa gente, que leva a grana de todo mundo, na maior cara de pau, o derrotado é a população que nem sabe da lesão que sofreu durante todo esse tempo, durante todas essas gestões.

Derrotado é o povo. Derrotada é a população que paga ingenuamente os impostos. Derrotada é a gente da periferia que, quando procura por serviços públicos não encontra.

Vencido é o povo que por meio das suas leis e autoridades competentes não consegue castigar os infratores e impedir a ocorrência de novos surtos.

Se eu pudesse escolher entre ser um vencedor que amealha sua fortuna subtraindo para si a coisa pública, ou um derrotado ciente de que os ladrões serão punidos, eu escolheria a segunda hipótese.

Além de ter a consciência de que o ladrão que rouba o ladrão tem cem anos de perdão, eu ainda consigo crer que a justiça tarda, mas não falha.



Fernando Zocca.



terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A Múmia Caipira

- Van Grogue, carniça do inferno! Carroceiro analfabeto! Cortador de cana e bicha velha enrustida, então você acha que pode fugir das obrigações de sustentar o filho que arrumou durante as farras que fazia? Você acha, retardado mental, que por ser dono de uma empresa de transporte, com centenas de caminhões, o cara pode se livrar de um reconhecimento de paternidade e de pagar pensão alimentícia? – gritou à entrada do bar do Bafão, Anermínica a baranga de canelas finas.


Os presentes cessaram as conversas e durante o silêncio que se instalou a mulher magérrima, que vivia movida por moderadores de apetite, continuou:

- Pisa retardado! Pisa na esperança de reconhecimento da criatura ilegítima que você fez vir ao mundo! Besta inútil, comendador do demônio! – Anermínica parada na porta aguardava a reação violenta do homem instigado, mas o que ela via era a troca de olhares de espanto entre os bebedores.

- Mexa-se derrotado! Chicana não apaga a verdade escrita na sua consciência. Múmia caipira! – enquanto falava a mulher mantinha o punho direito, a exemplo do cabo de uma caneca, dobrado na altura da cintura. Entre os dedos indicador e médio da mão esquerda, ela premia um cigarro do qual aspirava a fumaça de tempos em tempos.

- Mas o que se passa? – indagou ao Bafão o atordoado Van Grogue.

- Eu é que vou saber? Vocês arrumam confusão e ainda não sabem de nada? – respondeu o dono do boteco.

- Vou botar o Aníbal carroceiro na sua cola, sua besta! Você vai ver o que é bom pra tosse! – prosseguiu a mulher. Você não me escapa. Nem ouse pensar em beber água daquela sua caixa d´água! Você não sabe o que te espera, corintiano sujo!

Adam Oly que encostado no balcão, bebericava sua segunda cerveja, não escondia o desagrado que as palavras berradas pela mulher, causavam nos circundantes.

- Mas que chateação. – resumiu ele.

De repente Anermínica sentiu-se mal. Ela jogou o cigarro e levando a mão esquerda à cabeça, procurou com a direita apoiar-se no balcão.

- Um cardiologista! Depressa, um cardiologista! Socorro, misericórdia! – gritava ela com a cabeça baixa. Ante a inércia dos homens assustados ela prosseguiu com voz tremula:

- Bando de lesados! Ninguém me ajuda? – queixava-se Anermínica - Ah, é assim? Vou jogar uma praga em vocês!

Bafão temendo que os fregueses debandassem por causa do escândalo da mulher, por ele considerada bastante descompensada e saliente, ligou o rádio, visando abafar o alarido desconfortável. Mas a lengalenga prosseguia:

- Van Grogue, bicha velha aidética! Vai ficar louco! Vou fazer você andar enlouquecido pelas ruas e estrada da cidade, você não perde por esperar. No-jen-to!

Enquanto pronunciava a imprecação Anermínica notou que Luisa Fernanda entrava no boteco. Ela vinha toda serelepe e faceira. O rosto avermelhado, era sinal de quem, já pela manhã, fizera uso da água-de-cana.

- Mas o que você está fazendo aqui, querida? Nossa, você está bem? – indagou surpresa Luisa Fernanda, depois de pousar uma garrafa de cerveja sobre o balcão.

- Então você não sabe, neném? – respondeu com outra pergunta a magricela de canelas finas.

- Não lindinha, não sei de nada, não.

- É esse tal de Van Grogue. O cara pensa que não vai pagar pensão alimentícia pra filha que teve. – Anermínica estava bastante indignada.

- Ah, ele até parece o Célio Justinho, que achava que ia se livrar do peso na consciência por causa da morte da primeira mulher dele.

As comadres davam a impressão de que a conversa se prolongaria por tempo ilimitado e por isso Bafão aumentando o volume do rádio fez com que todos ouvissem a festa de uma torcida organizada que se manifestava:

- Ão, ão, ão, o Flamengo é campeão!

Van Grogue e Bafão se olharam quando o primeiro perguntou:

- Será?

Fernando Zocca.



Veja logo abaixo, no pé da página, alguns vídeos relacionados com "trole".
Boa diversão.




domingo, 29 de novembro de 2009

Psiquiatra Suspeito de Estupro Continua Trabalhando

Um médico psiquiatra de 48 anos do Porto, indiciado há uma semana por suspeitas de violação de uma paciente grávida de 30 anos, residente na Vila Real, ainda exerce suas funções num organismo do Estado, ligado ao Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT).


Mesmo depois da detenção e libertação, por decisão do juiz do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, o médico tem dado consultas num Centro de Respostas Integradas do IDT, localizado numa zona central da cidade do Porto.

De acordo com informações recolhidas pelo jornal português on line Jornal de Notícias, a situação suscitou interrogações nas pessoas conhecedoras da existência do processo crime e da investigação. Mas o acusado explicou não ter quaisquer limitações de trabalho, no âmbito do seu cargo público.

"A medida de coação incide apenas na suspensão de exercício de clínica privada", explicou o seu advogado, Álvaro Cardoso Lima à reportagem.

A decisão judicial justificar-se pelo fato de que a alegada violação da doente ter acontecido durante uma consulta no consultório particular do psiquiatra, instalado na sua residência, na zona da Foz do Douro, no Porto.

A atividade pública do clínico consiste no apoio à recuperação da toxicodependência, não sendo conhecidos quaisquer casos similares envolvendo crimes sexuais.

Apesar disso, durante os últimos dias, a imprensa procurou saber se o psiquiatra foi alvo de qualquer averiguação interna no serviço onde se encontra. Por outro lado, a Ordem dos Médicos já explicou que abrirá um inquérito disciplinar, para averiguar o que pode ter causado o desrespeito aos deveres profissionais.

Como medidas punitivas adicionais, o médico acusado está ainda proibido de sair do país e obrigado apresentar-se semanalmente à polícia.

A mulher que teria sido manietada antes da violência sexual apresentou queixa à polícia, logo em seguida ao crime, tendo sido submetida a exames médico-legais.