domingo, 31 de julho de 2011

Câmara de vereadores é atacada a tiros


AE
A Polícia Militar informou que a Câmara de Vereadores de Maringá (PR), foi atingida por volta de 22h30, da noite do dia 29, por uma série de tiros que partiram de uma pistola 9 milímetros. Os disparos foram efetuados por dois homens que estavam em uma motocicleta Twister.
As imagens do circuito interno de tevê do prédio foram enviadas à Polícia Civil, que junto com a PM investiga os suspeitos do crime. O caso foi registrado na Polícia Civil, que instaurou inquérito para investigar.
Veja imagens do ataque no vídeo


sexta-feira, 29 de julho de 2011

O Beco




                            Para que haja progresso material e espiritual, uma pessoa precisa estar bem preparada para isso.  Além do conhecimento básico, que se obtém nas escolas, é preciso um algo mais, adicionado ao interesse em aprender.
                   Mas não é somente isso que promove um cidadão. É necessário um pouco de sorte, que definiríamos como a combinação de fatores e acontecimentos influentes de forma positiva.
                   E o local onde vive o cidadão é decisivo nessa questão de influir de forma não negativa.
                   Não é à toa que alguns políticos vivem sugerindo à muita gente, que se mude para outro lugar. É que as vibrações e fluídos existentes ali, podem ser tão malignos que feneceriam qualquer empreendimento.
                   Se, por exemplo, uma fábrica não vai bem num determinado local da cidade, quem sabe se mudando as suas instalações, para uma localidade distante, ela não progrediria mais eficientemente?
                   E essa questão de sorte implica também em desconhecer o futuro da empresa nesse novo lugar. Já imaginou a trabalheira em ter de mudar as estruturas imensas para uma localidade que também não garante o sucesso do empreendimento?
                   Como incentivo você pode receber gratuitamente uma área imensa de terra, ter a isenção de impostos por um século ou mais, obter a garantia de trabalho, para alguns conterrâneos qualificados, mas não terá, com certeza, mais sorte que precisa.
                   Sucesso é vida, movimento, ação. A degeneração, o apodrecimento, ocorre quando se para, se estanca.
                   O lugar onde tudo para não é, com certeza, um bom lugar para quem deseja enriquecer, destacando-se dentre os mais bem sucedidos da indústria mundial.
29/07/11

Mudando de assunto: você viu o galo que, ao cantar, diz: “Vai Corinthians!”?

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O Selo

                              

                              A tia Ambrosina naquela manhã de quarta-feira, 29 de julho, bastante calma sentou-se com delicadeza no sofá macio da sala de seu apartamento e, tomando o telefone, discou usando o polegar direito, o número do Zé Lagarto.
                            Quando ela percebeu que foi atendida disse:
                            - Zé, que falta de vergonha é essa? Saiu em todos os jornais da cidade que vocês vereadores estão gastando mais de R$ 4 mil por mês, cada um, só com telefonemas. Mas o que é isso?
                            Lagarto que chegara há pouco e tirara do cofre do seu gabinete o notebook, doado pela prefeitura, onde mantinha arquivados os seus projetos, depois de confirmar ser a tia Ambrosina que o procurava, atendeu o celular:
                            - Oi tia, como vai? E o Jarbas, tudo bem com ele? O baço melhorou? Han? Telefone? Ah, sim. As despesas passam dos R$ 4 mil mensais, mas olha, já mandei cortar tudo, pode ficar sossegada.
                            - José Lagarto, ponha a mão na consciência. Será que você não consegue passear, por uma hora diária, que seja, pela periferia da cidade e constatar o miserê dominante? Será que eu tenho que ficar puxando a orelha de vocês por essas barbaridades que cometem? Mas onde já se viu, criatura, gastar esse dinheirão com telefonemas? Até parece que todos os assuntos tratados são do interesse da cidade! Ah, faça-me o favor Zé, vê-se te emenda! - Ambrosina estava bastante irritada.
                             - Não se apoquente não tia. Não se deprima. Eu como presidente desta casa, tenho a honra de lhe informar, em primeira mão, que criamos um selo de qualidade e aproveitamento, que distinguirá nos finais de ano, todo vereador que não ultrapassar uma cota, cujo valor ainda estabeleceremos. Vai ficar joia. O dinheiro economizado irá para uma caixa comum e será dividido entre as entidades carentes dos bairros.
                            - Zé Lagarto, olha, estou de olho em você! Essas importâncias que vocês gastam com telefonemas são maiores do que o salário de muita gente junta. - o tom de voz da Ambrosina era daqueles característicos de quem reprime a raiva. - Você e o Jarbas me conhecem muito bem. Não será preciso eu aparecer pessoalmente no gabinete de vocês para que ajam corretamente, não é?
                            - Não é preciso a senhora baixar por aqui… Quero dizer: não é necessária a sua presença. Já tomei todas as providências. As despesas serão reduzidas. Haverá publicação mensal de todos os gastos e tudo ficará bem.
                            - Eu acho muito bom isso tudo. E olha, vê se para de mandar perseguir a Elza. Ela não merece isso que vocês estão fazendo. Podem parar com a zoação. - Ambrosina desligou o telefone, levantou-se lentamente do sofá e caminhando em direção à cozinha onde tomaria um café bem doce e forte, murmurou:
                             - Se nem para a garantia dos direitos essenciais, que são visíveis, a população de baixa renda pode contar com esse poder instalado, imagine então o que não aconteceria, com a incolumidade dos cofres públicos que são invisíveis.  

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Um Bairro que Repele


                                   A Vila Independência, bairro da região leste de Piracicaba é povoado por aproximadamente oitenta mil pessoas.
                    Está compreendido no quadrilátero formado pelas Avenidas Independência, Alberto Vollet Sachs, Carlos Martins Sodero e Pádua Dias.
                    Apesar da grande concentração de moradores, o local não tem praças públicas, casas lotéricas e somente há bem pouco tempo, o governo federal inaugurou uma agência da Caixa Econômica Federal na Avenida Independência 1991.
                    Por outro lado observa-se a existência de muitos estabelecimentos prestadores de serviço que atuam em desacordo com a lei.
                    Oficinas mecânicas, funilarias, bares e pequenos comércios que, por desconhecimento ou mesmo deficiência em suprir as exigências legais, “trabalham” prejudicando vizinhos.
                     A impotência do poder público em reprimir as infrações das normas legais deve-se à fiscalização ineficiente e também à cumplicidade de alguns agentes, que se valem das situações bizarras objetivando dividendos eleitorais.
                    Então, oficinas mecânicas instaladas na garagem das residências, funilarias que, desnudas dos equipamentos necessários para a pintura dos autos, existem às pencas, sem o menor constrangimento legal das tais ditas autoridades civis.
                    Adicionado o analfabetismo, o alcoolismo, as crendices e as superstições a essa situação econômica subdesenvolvida, você tem um bairro que mais repele do que atrai.
                    Definitivamente a Vila Independência não é um local agradável e muito menos seguro pra se morar. 
  
Mudando de assunto: veja que vídeo interessante sobre pombos de corrida.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O Transplante de Língua





                                                Hoje é o dia do Rock. Agora, você já imaginou um roqueiro sem língua? Pois olha que isso é difícil de acontecer. Nos dias atuais nada é impossível.
                    Quando eu era criança um dos nossos vizinhos, morador do casarão da esquina tinha três filhas que viviam subindo na mangueira e goiabeira do quintal.
                    Elas não se importavam muito com o que poderia ver o garoto, que ficava em baixo, olhando pra cima enquanto elas, de saia, capturavam as frutas.
                    Não afirmaríamos que havia nelas a intenção de mostrar as calcinhas, porque quando percebiam que as olhava, com muitíssimo interesse, logo prendiam as vestes entre as pernas.
                    Mas numa tarde, uma delas subiu na goiabeira e não se sabe de que jeito, caiu lá de cima, batendo o queixo num dos galhos. Como a menina estava com a língua entre os dentes, no choque quase houve a mutilação.
                    O órgão ficou seguro por um fiozinho que possibilitou a sutura e a total recuperação, meses depois.
                    A cirurgia foi tão bem feita que era quase imperceptível a cicatriz, mesmo quando olhada de perto, no espelho, que havia sobre a pia do banheiro.
                    As suspeitas médicas de que a jovem teria contundido o baço ou fraturado a clavícula foram logo afastadas, pois os danos do embate se concentraram na boca.
                    Além dos cuidados corriqueiros que se deve ter com ferimentos, a moça precisou usar, por algum tempo, uma bolsa de gelo sobre a face.
                    Quanto ao roqueiro sem língua isso não ocorreria, pois se há transplantes de rosto e também de pernas por que não haveria de línguas?

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A Complacência dos Julgadores




                                  O prefeito de Campinas Hélio de Oliveira Santos, diante da descoberta das falcatruas nas licitações da Sanasa, resolveu agora passar a responsabilidade por elas aos secretários municipais.
                    Ou seja, quem fará as licitações, daqui pra frente, são as secretarias municipais que precisam das obras ou das prestações de serviços.
                    Esse ato pode significar que a figura do prefeito estaria, em tese, blindada, no caso de ocorrência de novas fraudes. Entretanto a mera transferência do comando não impede que as burlas ocorram.
                    Na verdade o elemento desestimulador, das práticas prejudiciais à população de uma cidade, é a aplicação da lei penal.
                    Comprovada a existência dos atos ilícitos e também sendo certa a autoria deles, não existiriam motivos para a complacência dos julgadores, a não ser que neles predominem os desejos da pratica dos mesmos crimes.
                    Se há irregularidades na concessão de alvarás para loteamentos, instalação de antenas de celulares, e prestação de serviços junto às autarquias municipais, por que não haveriam também, nos demais atos administrativos pelos quais se processam o recapeamento das ruas, a construção das pontes, prédios públicos e viadutos?
                    Veja no vídeo abaixo o que acontece quando o dinheiro público, que deveria ser aplicado no atendimento à população, vai para o bolso dos políticos.


quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Mundo é Pequeno, Piracicaba menor ainda



                   Em 1969 o Bar Noiva da Colina, que fica na esquina das Ruas 13 de Maio com a Alferes José Caetano (foto) pertencia à família Casale.
                    Eles tinham acabado de chegar do bairro Dois Córregos e eram pessoas bem simples. Os pais da Neile, Genésio, João José e Rosalina já tinham idade avançada, portanto quase não participavam das atividades comerciais dos filhos.
                    Genésio e Neile, na parte superior do sobrado, recebiam apostas do jogo do bicho, enquanto que João José e Rosalina mais atendiam à freguesia do boteco.
                    No carnaval de 1971 ou 72 João José e eu nos dispusemos a viajar de carona para o Rio de Janeiro. Saimos daqui com algumas coisas somente e de caminhão, que pegamos perto da ESALQ, chegamos até a Dutra. Antes eu havia vendido um rádio portátil ao Genésio a fim de que com a importância recebida, pudesse ao menos pagar alguns maços de cigarros.
                    Não nos demos muito bem na excursão ao Rio. Quase sem dinheiro nenhum, passamos a primeira noite na praia de Copacabana, onde com um cobertor improvisamos uma barraca tosca.  
                    No dia seguinte seguimos para ver o Cristo Redentor e com muito esforço, chegamos lá no topo, com praticamente todas as forças exauridas.
                    João José, por ter a personalidade um tanto quanto que incongruente, achava que podia queimar toras e toras da canabis sativa Linus sem se alimentar e por isso e também por outras, acabamos nos desentendendo.
                    Ainda lá em cima do morro conversei com um grupo de travestis, que num fusca branco, desceria para o asfalto. Chegado da descida parti imediatamente para a estação rodoviária, onde tomei um ônibus para São Paulo.
                    João José teve problemas e do Rio telefonou para a irmã Neile que, se não me engano, pagou um táxi para buscá-lo.
                    Bom, eu sei que daqueles momentos em diante não mais nos vimos e o fim de João José não foi dos melhores. Por causa da toxicomania esteve internado por várias e várias vezes em hospitais psiquiátricos.
                    Anos depois soube que ele se envolveu num latrocínio, praticado contra um motorista de táxi em Santa Maria da Serra, tendo sido condenado a muitos anos de prisão.
                    Mas voltando ao Bar Noiva da Colina, ele ficava vizinho de uma agência dos correios, onde hoje funciona, se não me engano um restaurante.
                    Naquela pequena agência de esquina trabalhava, na função de carteiro, um senhor que se chamava Hermínio Harder, pai do falecido Carlos Augusto Bottene Harder.
                    E foi esse senhor, Carlos Augusto Bottene Harder, que residia à Rua Napoleão Laureano 164, que no dia 27 de Dezembro de 2007, tentou nos matar a tijoladas, na esquina das Ruas Fernando Febeliano da Costa e Napoleão Laureano.
                    Hoje em dia é o moço Gabriel Donizete Bottene Harder, (filho do finado Carlão), residente no mesmo endereço do pai, recebedor de auxílio material e proteção dos parentes funcionários públicos, que tem a função de nos infernizar a vida.  

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A Micro Terapia



                                              - Eu não contradito quem afirma existir lugares bem melhores pra se morar do que aqui em Tupinambicas das Linhas. – Disse convicto Allan Bança ao se aproximar da mesa onde Van Grogue solitário, degustava a sua primeira cerveja, naquela manhã de sábado.

                    - É claro que tem lugar muito melhor do que aqui.  Só de estar longe do Jarbas, Tendes Trame e desse Fuinho Bigodudo já é uma glória inenarrável. – Respondeu Van de Oliveira, sorvendo um gole generoso da cerveja geladíssima.

                    - Dizem que a sensação de culpa no Tendes Trame, o deputado infiel, é tão intensa que ele faz agora uma nova terapia. – Informou lá de trás do balcão o Maçarico, abaixando o som do rádio.

                    - Ele consultava um doutor que lhe amenizava o remorso, causado pela cobiça, mas logo desistiu, por considerar o sujeito pior do que ele. – Completou Allan Bança, sentando-se à mesa e pedindo, com um gesto, uma cerveja igual a do Grogue.

                    - Ouvi falar que ele pratica agora a tal Micro Terapia. – Continuou Bança. – Ele descarrega suas neuras nos spans, correntes, piadas e pegadinhas, que manda pela internet. Às vezes ele tenta invadir e apagar os arquivos dos seus adversários. E o pior é que apaga mesmo. Deleta até blogs da oposição. O Tendes é fogo!

                    - Mas olha, já que você está falando da educação nessa cidade, deixe que lhe conte o que me aconteceu ontem, sexta-feira. – confidenciou Grogue ao amigo que já ingeria com prazer a bebida.

                    - Fala que nós te escutamos. – Incentivou com ironia o Maçarico, atendendo outro freguês que chegava.

                  - Pois eu vinha caminhando pela Rua Governador Peter King, quando passou por mim uma caminhonete preta que levava, na carroceria, seis crianças. O motorista subiu com o veículo na calçada, facilitando o trânsito para os demais carros na rua, mas travando o fluxo dos pedestres. O camarada desceu, entrou num sobrado, ingeriu o vinho tinto de uma taça cheia, subiu pela escadaria e desapareceu lá dentro. Quando um velhinho passou, se esgueirando entre o para-choque e a parede, uma das meninas disse para as demais crianças: “Esse aí é estuprador. Ele é o Gengis Khan.” Ao ouvirem isso os demais guris soltaram um oh de surpresa. É claro que à noite, durante os telejornais, as notícias sobre Dominique Strauss-Kahn as fariam lembrar o vovozinho que não tinha nada a ver com a história perversa da maluquinha. - Concluiu Grogue, pedindo uma porção de salame fatiado.

                    - Sabe o que acontece seu Van Grogue? – preparou-se para uma palestra o Allan Bança – Acontece que numa família, os problemas de alcoolismo, adultério, loucura, e violência, contra as crianças precisam, pra cessarem, de um bode expiatório. E no caso, escolheram o pobrezinho que passava por ali de bobeira. A paz num lar tumultuado poderia, em tese, ser conseguida quando alguém, que não tem nada a ver com a sacanagem daquela gente toda, pague o pato.

                    Enquanto conversavam uma chuva muito forte caiu sobre a cidade. Houve inundações e desabamentos. Depois de algumas horas a visão do caos entristecia a quase todos.

                    - A todo o momento os políticos se vangloriam dos votos que receberam. Mas nessa hora não conseguem fazer nada. – Lamentou o Maçarico, incontestavelmente apoiado pela freguesia.

 

Mudando de assunto:

Você conhece o Silas, o taxista das famosas?

Veja no vídeo uma atuação do Marco Luque.