segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Crime de S. Gabriel: polícia não revela o nome


Representantes da Segurança Pública do Rio Grande do Sul numa entrevista coletiva, na última sexta-feira (28/08), disseram que não revelarão o nome do soldado da Brigada Militar que atirou matando o Sem Terra Elton Brum da Silva.

O crime ocorreu em 21/08 durante o desalojamento de 550 integrantes do Movimento que ocupavam a fazenda Southall, no município de São Gabriel (321 km de Porto alegre), desde o dia 12.

Cerca de 300 Policiais Militares participaram da ação que culminou na morte de Brum, atingido nas costas e, na desocupação da fazenda. O soldado, autor do disparo, confessou o crime depois de ter assistido, na quarta-feira 26/08, ao vídeo da ação feito pelo comando da Brigada Militar.

Na quinta-feira (27/08), para marcar o sétimo dia da morte do integrante do MST, foram feitas marchas, bloqueios de rodovias e vigílias em todo o Estado do Rio Grande do Sul.
(Informações da Folha de S. Paulo e agência Chasque)
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sábado, 29 de agosto de 2009

MST PERDE INTEGRANTE EM CONFRONTO


A Polícia Civil, o Ministério Público e a Brigada Militar do Rio Grande do Sul concluíram que foi um soldado da Brigada Militar o autor do disparo que assassinou um integrante do Movimento Sem Terra Elton Brum da Silva, na sexta-feira (21/8), durante a reintegração de posse ocorrida na fazenda Southall, no município de São Gabriel (RS).


Naquele dia, um Grupamento Militar composto por aproximadamente 300 homens participou da operação de desalojamento dos 550 integrantes do MST, que ocupavam a Fazenda desde o dia 12.


O soldado suspeito teria assumido a autoria do disparo depois de assistir, na quarta-feira (26/08) o vídeo da ação, feito pela Brigada Militar, quando o integrante do Movimento Sem Terra (MST) Elton Brum da Silva foi atingido nas costas.



MOMENTO TURÍSTICO: Na foto acima você vê um dos inúmeros verdes campos da ESALQ. Quando vieres à Piracicaba, visite-a.

CORTIÇOS BAHIA


Alves entornou nervosamente a xícara e deglutiu sôfrego o café. Sua instabilidade emocional era visível quando, da tristeza imobilizante passava rápido à euforia incontida.
Ele contava, naquela manhã, ao companheiro Robert, ali no boteco da esquina, que seu pai devia mais de 15 milhões de reais ao INSS.
Alves também expressou sua desconfiança na infidelidade paterna. Ele cria estar o velho visitando uma jovem muito bonita residente num flat central, lá em Belo Horizonte.
As fontes diziam ao Alves que o pai, e alguns vereadores da cidade, tinham o hábito de presentear a modelo com dinheiro, jóias, e roupas valiosas. Alves pode ouvir o pai dizer, uma ocasião, ao comentar com um amigo, sobre a mulher estonteante, que megaindustriais de S. Paulo, banqueiros cariocas e membros do governo mineiro, faziam revezamento, na disputa pelos carinhos da moça bonita, em algumas horas de prazer.
Alves acreditava que o desastre financeiro, envolvente da usina de açúcar, se devia a essa faceta libidinosa do pai pecador.
A luxúria do bode velho dilapidava a riqueza da família recebida dos ancestrais, os verdadeiros senhores de engenho, escravocratas históricos.
Um complicador a mais pra vida do Alves e seus irmãos, era a pretensão do velhote em apoiar a candidatura da “Borboleta Gorda” nas eleições municipais de Tupinambicas das Linhas.
A fim de conseguirem fundos para a campanha que se avizinhava, o pai pecante e mais alguns usineiros em reunião de diretoria, determinaram o aumento dos preços do álcool, açúcar e imaginem... Até da pinga.
Alves arrepiava-se só de cogitar em ver seu pai taxado de meliante.
O café queimava-lhe os lábios. Ao último gole pode lembrar-se duma artimanha, do industrial velho, para angariar fundos: ele acolhera um indigente na sede da usina, recuperando, em pouco tempo, o cidadão.
Fez com que ele conseguisse documentos novos e, por meio de uma professora, ensinou os segredos da escrita e leitura.
Quando o mísero estava apto a freqüentar ambientes, pra ele sofisticados, tipo agências bancárias e corretoras, providenciou-lhe uma apólice de seguros. O beneficiado, é claro, não podia ser outro se não o próprio doutor J. H. Mayonnaise Alves.
É desnecessário afirmar que ao fim do período de carência da apólice, o segurado sofreu um revés gravíssimo deixando a fortuna imensa ao usineiro.
Alves disse ao Robert ser o grupo de seu pai, muito poderoso e conseguir, por meio da seita maligna do pavão louco, destruir sites na internet, levar à falência jornais, rádios e revistas. E tal qual aos cânceres, num organismo, degringolar os sistemas antagonistas do seu time.
As eleições em Tupinambicas das Linhas eram ainda, naquele momento, uma incógnita. Mas um fato era certo: não existia diferença entre a cidade e a curva do rio. Em ambas, meu amigo, minha amiga e senhoras dona de casa, só paravam dejetos.



Contatos para materialização deste trabalho em HQ, livro ou filme, podem ser feitos com o autor pelo e-mail fa.zocca@bol.com.br. Na foto acima, você tem a noção do que seja um dos campos da ESALQ. Quando vieres à Piracicaba, visite-a.





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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Estendendo a canga

- Então é assim, você sintetiza o comissionamento recebido e depois propõe a distribuição a quem de direito. Não podemos acreditar que haja desvirtuamento daqueles princípios propostos. Existem pessoas que crêem nisso. Eles acham que haveria um desvio compensatório. Eu ligarei mais tarde pra confirmar. Mas mesmo assim acho que nada saberemos sobre a verdade. Não há provas nem jeito de flagrar o crime.

Jorge, com lentidão, encaixou o fone no antiquado aparelho telefônico que estava sobre a mesa do escritório. O vermelho já um tanto desbotado não servia de argumento convincente que o levasse a trocar a peça. “Não sei por que você se liga tanto nessas velharias. Existem tecnologias novas no mercado e você não se interessa” – ele recordou-se do que dissera Consuelo. A mulher vivia ao seu lado há quarenta anos.

O homem caminhou até a cozinha quando então ouviu a voz da criança vinda do apartamento vizinho. Ela balbuciava algumas palavras dirigidas à mãe. Uma sensação esquisita apertou o peito de Jorge. “Que ela tivesse cuidado e ofertasse proteção aos filhos. Afinal, havia mães que não imaginavam a possibilidade de estarem seus pequenos, sujeitos ao ódio, que alguns adultos frustrados, não conseguiam descontar nos desafetos”.

Depois de espremer um limão na água, que tirara da geladeira, ele voltou-se para a sala. Os móveis antigos, mas bem conservados, eram de um tempo em que as cristaleiras significavam destaque entre o pessoal da vizinhança.

Segurando ainda o copo de limonada ele se aproximou da réplica do quadro o Grito do Ipiranga de Pedro Américo, que ornava a parede. Apesar do desbotado da figura, ela ainda mantinha os traços que lembravam aquele momento histórico.

Vestido com seu robe-de-chambre azul pavão felpudo, ele se movimentou pela sala podendo observar a mesa estilo colonial, ainda bem conservada. Uma onda de nostalgia tomou-lhe a consciência e ele viu-se ainda criança quando o pai, no meio daqueles rascunhos, desenhos e projetos, tentava ordenar as plantas do iate que tencionava construir.

Réguas, compassos, esquadros e lapiseiras eram as ferramentas que ele manipulava com maestria. Jorge lembrou-se de que quando o pai notava sua presença, ao lado da prancheta, dizia-lhe palavras de carinho.

- A espera. A espera pode ser agoniante, mas inevitável.

O homem caminhou pela sala e notou o sofá que, ao lado da janela aberta, acumulava alguma poeira vinda de fora. Com um gesto delicado ele a fechou. Era perigoso mantê-la aberta nesses tempos em que os pássaros ainda voejavam sem muita direção.

- Já imaginou – disse ele em voz baixa – se um urubu atordoado entra por essa janela adentro despedaçando as coisas? Misericórdia!

Num vaso pequeno Consuelo conservava a muda de acerola que desejava ver desenvolvida no pomar da chácara. Além dessa planta havia também um arbusto de limão. A ida àquele local, quase nunca visitado, excitava-o e, sua impaciência era comunicada pelo jeito com que caminhava pisando firme no soalho, desviando-se dos móveis.

- Olha o vizinho de baixo! Pisa leve, se não já viu né? – esgoelara Consuelo que manipulava, na lavanderia, a velha máquina de lavar roupas.

- Mas será o Benedito? Não vejo a hora de ir para o sítio. Careço de agir com mais liberdade, sem tanto receio de ver gente que se mostra magoada por coisas insignificantes. – Jorge notava que seu rosto enrubescia.

- Pra você escrever censura com “s” não tem problema. Mas pra essa gente cheia de “nove horas” o caso é sério. – ponderou Consuelo.

- Tudo bem, mas não precisava fazer essa onda toda, esse estardalhaço. Por que essa “tolerância zero”? – O tom de voz de Jorge dava a impressão que ele explodiria.

- Deixa de ser maçante, homem de Deus! Para de se preocupar à toa. Vai caminhar um pouco, respirar ar puro. Ô nego chato, seu! - Consuelo falava ao mesmo tempo em que batia, com vigor, a calça jeans no escorredor do tanque.

Jorge ouviu o que esperava. Ele tirou rapidamente o roupão, vestiu a bermuda preta que combinou com a camiseta vermelha e, calçando os chinelos de tiras preto e branco, saiu mais uma vez para caminhar. Ele tinha certeza que encontraria a natureza bela, do jeito que sempre fora.

Fernando Zocca.





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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Garanhão continua preso


O médico vovô garanhão, proprietário da maior clínica de reprodução assistida do Brasil, Roger Abdelmassih 65, acusado por 56 pacientes de as molestar sexualmente durante os procedimentos que objetivavam a fertilização, teve sua inscrição no Conselho Regional de Medicina de São Paulo suspenso e continua preso.


O encarceramento do especialista em reprodução humana deu-se por determinação judicial que aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo. Mais de cinqüenta pacientes queixaram-se do comportamento do médico, que se aproveitava dos estados de inconsciência causado pelas drogas, para satisfazer sua bestialidade.


A polícia foi informada que o doutor agia criminosamente desde a década de setenta quando teria iniciado sua carreira na medicina. Durante a prisão, ocorrida na segunda-feira da semana passada, o denunciado entrou correndo para dentro do consultório, escondendo-se no banheiro.


Denunciado por estupro, atentado violento ao pudor e manipulação genética ilegal, o médico cobrava R$350 por consulta. Os tratamentos de fertilização para gravidez chegavam a milhares de reais e o médico não dava recibos das altas importâncias que recebia. Tal fato induz à conclusão de que o doutor garanhão também cometia crimes de ordem fiscal.


Os advogados do denunciado requereram habeas corpus aos tribunais competentes, mas todos negaram os pedidos por se tratar de crimes graves e de grande repercussão social.






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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Cefaléia

A tensão muscular da região posterior do meu pescoço mais o nervosismo me levaram a pensar que deveria fazer, naquela noite, um programa legal, bem feito e memorável. Por isso passei no posto e mandei lavar o carro. Que o fizessem com o maior esmero e capricho.

Passei em casa e lá dormitava minha mãe. Meu pai, se vocês não sabem, digo-lhes rapidamente, que fugiu com a empregada gostosona, logo depois que nasci. Mas, tomei uma chuveirada rápida e nem ao menos jantei. Mandei para o sovaco o desodorante que no dia anterior comprara no boteco esquinal.

Saí à caça. Permaneci na esquina da avenida movimentada durante o tempo suficiente para que a visse. Ela ainda era imberbe. Moçoila mesmo. Era uma adolescente. Não tinha traços de patricinha, mas também não era operária. Como poderia classificar seu tipo? Não lhes poderia responder. Não agora. Mas percebi quando ela apareceu e estacionou o seu ciclomotor defronte a casa de frutas.

Eu a acompanhei com os olhos. Estava decidido. Seria ela mesma. Desci do meu carro e entrei no ambiente cheiroso.

Ela escolhia maçãs quando a abordei. Iniciamos um diálogo e um halo de simpatia nos envolveu. Havia sorriso no seu rosto e alegria no seu falar.

Trocamos informações básicas de forma quase que imperceptível.

Minha sorte foi tamanha que a convenci a deixar sua Monareta estacionada ali defronte o comércio e seguir-me no meu bólido pelas avenidas tortuosas daquela urbe sem graça.

Depois das vinte e duas horas, ela mostrou-se impaciente. Pediu-me para que a levasse de volta eis que seus pais a aguardavam.

Mas eu ainda não fizera nada que me aliviasse daquela tensão responsável por minha cefaléia. Cria que se não tivesse no mínimo dois orgasmos naquela noite não me sentiria bem. Por isso, contra sua vontade entrei bruscamente no motel que ficava afastado.

Sob seu protesto empurrei-a para o quarto e sapecando-lhe uns beijos joguei-a sobre a cama. Ao cair deitada gritou pedindo socorro. Pulei por cima de seu corpo e ao tentar tirar sua roupa rasgaram-se.

Estava excitadíssimo e com sofreguidão tentei penetrá-la. Não deu. Não sei por que motivo, mas de um instante a outro, me vi brocha. O seu rubor e seu ódio ante meu comportamento logo se transformaram em hilária gargalhada.

Quando ela percebeu que me constrangia com seu riso defensivo, mais e mais ria. O sangue me subiu à cabeça. Fiquei cego e dei-lhe a primeira porrada. Ela caiu ao solo carpetado e ficou quieta arfando. Chutei-lhe as costas. Bati sua cabeça no chão e ela perdeu os sentidos. A libido se avolumou no meu sangue e pude penetrá-la no ânus. Houve um rompimento e jorrou sangue. Depois de meia hora tentei outra penetração vaginal. Novamente falhei.

Bati mais na sua cabeça até o momento em que notei a sua respiração: estava parada. Tentei escutar o seu coração, mas um nervosismo forte tomou conta de meu ser. Não conseguia controlar meus movimentos. Meu raciocínio não era do jeito que sempre tinha sido.

Carreguei seu corpo mole, frio e pálido colocando-o no porta-malas do carro velho. Saí procurando disfarçar meu nervosismo. Passei pela portaria sem que ninguém desconfiasse.

Olhei o relógio e estávamos já no dia posterior ao da abordagem. Era madrugada.

Numa rua deserta, mais precisamente na sarjeta deixei seu corpo seminu e estuprado.

Aguardo a justiça divina, pois que a dos homens não me atingiu. Aleguei na delegacia e para o juiz que ela era viciada e que estávamos numa sessão de consumo conspícuo e plenamente consciente das drogas que havíamos adredemente adquirido.
Teria Deus comiseração de minh' alma?

F.A.S.C.





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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O pau da bandeira


Dizer que o povo de Tupinambicas das Linhas era frouxo significava preparar as canelas para uma fuga rápida ou tentar o enfrentamento. Para que isso ocorresse – o confronto - o instigador deveria ser hábil em livrar-se das tijoladas a que estaria sujeito.


Naquela cidade ninguém era tão mole assim. Desde Jarbas, o prefeito caquético testudo, espertíssimo na manipulação dos resultados das licitações, até Tendes Trame o deputado inteligente, que amealhava fundos superfaturando os preços de ambulâncias, todos tinham altas doses de pertinácia.


A tia Ambrosina, velha amiga da vovó Bim Latem e cúmplice nos assuntos das reuniões, nas sedes da Seita Maligna do Pavão Louco, não se cansava de afirmar serem os machos tupinambiquences os mais fenomenais e altaneiros daquela região do Estado de São Tupinambos.


Ambrosina garantia que aqueles homens enormes, com as cabeças ornadas já com os cabelos brancos, de pele alva e muito irritadiços, ao agredirem as crianças às ocultas, não deixavam de ser dignos da hombridade. Afinal, garantia a titia, as violências contra os menores indefesos, serviam de compensação às frustrações causadas pela contenção da ira destinada aos adultos usurpadores.


- Sebe, meu neném – dizia a titia Ambrosina, quando se via rodeada por puxas-saco – antes ver uma criança sendo punida injustamente, em surdina, do que dois homens se estapeando escandalosamente no meio da rua.


E quando alguém lembrava à velha senhora ser provável que o pequeno ser não poderia sequer imaginar os motivos das hostilidades, ela respondia que alguém deveria pagar pelo desconforto material da família. E que fosse sempre uma criança, a sofrer com a loucura dos adultos, pois a repercussão negativa seria menor.


Muitos, porém afirmavam que naquela cidade, a única coisa firme com a qual o povo podia contar era com o pau da bandeira. Ninguém nunca ousaria dizer ser o pau da bandeira um pau mole.


Saiba mais sobre este e outros assuntos no livro MODERAÇÃO escrito por Fernando Zocca e que pode ser adquirido por R$ 37,45 no site http://www.clubedeautores.com.br/.


Na foto acima você vê, em Momento Turístico, a sede da Esalq. Quando voltares a Piracicaba não se esqueça de rever a Esalq. Você não sente saudades?

domingo, 23 de agosto de 2009

A competência dos velhos deitados


Dizem que em Tupinambicas das Linhas concentra-se a maior quantidade de loucos jamais vista em toda a história da humanidade. Os estudiosos garantem que seria decorrência do consumo da água do rio Tupinambos que corta a cidade.


A explicação mais aceita é de que no local onde as águas são coletadas, para o uso da população, elas chegariam com uma condensação de poluentes tão intensa, que influiria na saúde mental dos habitantes da urbe.


O escritor Fernando Zocca conta no livro MODERAÇÃO parte das tramas e dramas que se passaram na cidade mais conhecida do Estado de São Tupinambos.


Você conhecerá as artimanhas dos políticos do local. Jarbas, o prefeito corrupto que manipulava resultados nas licitações, amealhando fortunas que sua família jamais sonhou ter. Tendes Trame o deputado venal, que nas armações com ambulâncias, adquiriu centenas de imóveis na cidade e também o Fuinho Bigodudo, Zé Lagartto e outros vereadores que, desviando recursos públicos fizeram pés-de-meia fenomenais. Diziam as más línguas que alguns velhos vereadores eram tão tunantes que despachavam deitados.


Além dessas figuras recorrentes na política tupinambiquence você saberá quem é a vovó Bim Latem, a chefe do gabinete do Jarbas e a criadora da verdadeira Seita Maligna do Pavão Louco.


Os frequentadores das reuniões noturnas da Seita Maligna teriam como característica marcante agredir moral, sexual e fisicamente crianças indefesas, filhas de desafetos considerados inatingíveis. Os agressores loucos conseguiam abrigo e proteção nas entranhas das sedes onde os membros da Seita Maligna se reuniam.


Você conhecerá também Célia Justinho, Luísa Fernanda a gerente do Brafresco, Gabrielzinho boca de porco e muitos outros que fazem o progresso desse trecho do universo.



(Na foto acima você vê, no momento turístico, a fonte de águas cristalinas da Esalq. Quando voltares a Piracicaba revisite a Esalq. Você não sente saudades?)





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sábado, 22 de agosto de 2009

Voando com MariMoon


Quem vê MariMoon na MTV não pode deixar de se apaixonar. Ela aparece resplandecente no Scrap MTV, espargindo a leveza e a alegria que lhe são peculiares.


MariMoon é mesmo uma simpatia de pessoa e a sua atuação na TV comunica isso. Ela tem o que dizer. Exibe com maestria as boas novas da música pop, as novidades na Internet e tudo o mais que interessa ao seu público numeroso.


Ouso dizer que a menina faz parte dessa nova geração desenvolta de comunicadores que ocupa, atualmente, as telas especializadas da TV brasileira. É preciso ter o que mostrar. O ritmo em que ela apresenta suas matérias faz bem interessante o programa.


Não gosto da “´rasgação´ de seda”. Pode soar falso, demonstrar o que na verdade deixa de ser, o que não é. Mas MariMoon merece o carinho do público que a assiste.


Quem a vê, nas entrevistas que apresenta, constata a desenvoltura com que ela se comporta, para levar àqueles que a acompanham, as novidades interessantes. MariMoon é Show mano!


Além do badalado Scrap MTV você pode visitar também o blog da moça e, naquela seção destinada às fotos, poderá curtir os figurinos e acessórios inusitados.


Poderíamos afirmar que a apresentadora teria, a princípio, algo de rebelde, contestador, inconformado com as determinações impostas pelo grupo parental de onde veio.


Mas quem ousaria afirmar que essa característica não seria semelhante a todos os jovens da mesma faixa etária e classe social, neste princípio de século XXI, neste trecho da América Latina?


Então, num passeio pelo blog da MariMoon http://www.marimoon.com.br/ você também poderá ver uma reportagem bacana sobre os bastidores da gravação do Scrap MTV.


Para as pessoas mais antigas, mais experientes, o B-52 evocaria aqueles aviões Boeing, bombardeiros enormes, que compuseram a força aérea dos aliados e que demoliram as cidades nazistas na II Guerra Mundial. Mas nessa atual conjuntura o B-52´s é um grupo musical entrevistado pela MariMoon em 2:27min., conforme o vídeo a ser conferido.


Além desse você pode se deliciar com muitos outros, tais como aqueles em que a entrevistadora conversa com o fotógrafo de moda André Passos e Julia Petit.


Diríamos que assistir MariMoon pode assemelhar-se a curtir um voo sem turbulências, num céu de brigadeiro, ao lado daquela alma gêmea.


Quem gosta de TV não fica sem ver a MariMoon.




Fernando Zocca.


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Maníaco volta a abusar de criança

'Ana’ (nome fictício), de apenas seis anos, foi vítima de abusos sexuais consumados em pelo menos duas ocasiões. O suspeito é o vizinho, de 38 anos, que já estava referenciado por situações idênticas, também com crianças. É trabalhador rural e seria amigo dos pais da menina, que desconheceriam o seu passado criminal.

A detenção do pedófilo foi feita pela delegacia que investiga os crimes contra as pessoas, da Polícia Judiciária do Porto. Os abusos aconteceram em Gondomar e ontem o indivíduo foi ouvido em primeiro interrogatório judicial no tribunal daquela comarca. O juiz decretou--lhe prisão preventiva, situação em que permanecerá até o julgamento.

Segundo o Correio da Manhã apurou, o caso chegou ao conhecimento das autoridades através da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).

As autoridades acreditam que teria havido pelo menos duas situações de crimes sexuais acontecidos em Julho. A menina contou aos familiares e a CPCJ os abusos que sofreu. O caso foi também rapidamente passado ao conhecimento da Polícia Judiciária, que interceptou e deteve o abusador.

De acordo com o que foi apurado na investigação, os crimes aconteceram na casa do suspeito.

EXAMES MÉDICOS
A menina passou por exames médicos e ouvida por especialistas, a quem explicou o sucedido. O abusador já tinha antecedentes com casos idênticos envolvendo crianças.

QUADRO DE PROXIMIDADE
A maioria dos abusos sexuais contra crianças acontece em quadros de proximidade. Os abusadores são normalmente os pais ou os vizinhos.

PRISÃO PREVENTIVA
O juiz de Gondomar entendeu que deveria aplicar-se a mais gravosa medida de coação, já que haveria o risco de os abusos se repetirem.



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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Amor, com amor se paga


Quando você, atribulado pelas responsabilidades que lhe impõe o cargo que hoje ocupa, se ver assim, livre da trabalheira, pelo gozo das férias merecidas, feriados prolongados ou finais de semana, não se esqueça de rever a cidade que garantiu a educação que você tem, o conforto material, espiritual, o amor e o carinho com que, por tanto tempo, lhe demonstraram o afeto.


Então, tomado por aquele sentimento de gratidão, devolva a todos aqueles que te amaram e lhe deram as infinitas delícias que lhe satisfizeram, o reconhecimento e os prêmios que eles ansiosamente esperam.


Se puder preste homenagens ao seu local de origem. Demonstre a paixão que o lugar lhe incutiu. Construa uma lembrança, um memorial, para que as próximas gerações saibam o que podem esperar dessa gente tão bondosa. Dê a terra e a política do lugar aquilo que você recebeu. Todos merecem. Não seja ingrato, não seja mesquinho. Não guarde só para si tanto afago, tanta demonstração de amor e afeição. Cante a sua aldeia, afinal só assim você será universal.





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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Médico de Jackson será preso, diz jornal


O médico cardiologista de Michael Jackson, Conrad Murray, será detido antes do final desta semana devido à sua responsabilidade no caso da morte do artista, informou hoje o jornal português Correio da Manhã on line.


De acordo com as informações do jornal inglês 'The Sun', o médico enfrentará no tribunal, as acusações de homicídio pela morte do cantor.


Quem também não se livrou das denúncias foi Arnold Klein, dermatologista de Jackson, acusado de má conduta pelo fornecimento ilegal de medicação ao ‘rei do pop’. A notícia surgiu no dia posterior ao que o cardiologista Conrad Murray, que estava com o cantor norte-americano, no momento em que ele morreu, ter colocado um vídeo no Youtube, com a sua primeira declaração pública sobre o assunto, desde as ocorrências naquele 25 de Junho.


“Fiz tudo o que era possível. Disse a verdade e tenho fé que a verdade irá prevalecer”, acrescentou Murray, referindo-se à investigação policial de que é alvo.




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Pai de Carlinhos é morador de rua

Maria de Lourdes, mãe do Carlinhos (Mendigo) participante do reality show, “A Fazenda”, reencontrou o ex-marido defronte a um bar, quando visitava a casa em que moravam.

A aposentada Maria de Lourdes que não via o ex-marido há oito anos, reencontrou-o numa das ruas do bairro de Santana, zona Norte de São Paulo, onde morou com os quatro filhos.

Ela visitava a antiga casa da família para gravar a matéria do programa ‘Domingo Espetacular’, da Record. Quando caminhava para o local, Maria de Lourdes passou por um bar perto do qual foi abordada pelo ex-marido, o pintor Antonio Oliveira de 65 anos. “Fiquei com pena de vê-lo. Ele é morador de rua”, contou ela no programa ‘Geraldo Brasil’.

Além de Carlinhos, Maria de Lourdes e Antônio são pais de Maria Aparecida, Edson e Fábio.

Na última “roça” ocorrida ontem (19/08), Carlinhos da Silva foi eliminado com 65% dos votos. Ao cruzar o portão, o humorista foi recepcionado pelos amigos Vinícius Vieira, o Gluglu, e Pedro Leonardo. Carlinhos agradeceu muito e, em especial a Dona Margot, que lhe deu a oportunidade de trabalhar em rádio, afirmando que sem ela talvez estivesse preso, ou morto, por causa da vida difícil que teve nas ruas.

Com isso permanecem para a disputa da final de “A Fazenda” que pagará R$ 1 milhão, no próximo domingo dia 23, Dani Carlos e Dado Dolabella. As informações são de O DIA ONLINE.


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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Cientistas pesquisam dietas de emagrecimento

Cientistas norte-americanos e holandeses fizeram experiências para comprovar que a percepção visual despertaria respostas de saciação, favorecendo as pessoas que se dedicam a dietas alimentares, informou o telejornal Hoje.

Um grupo de 54 mulheres foi dividido em dois outros menores e para as componentes de um deles, foram exibidas imagens de doces atraentes e de grande teor calórico. O outro subgrupo observou pelo mesmo espaço de tempo, as imagens de flores.

Reunidas depois, as integrantes do conjunto inicial, puderam escolher entre biscoitos de chocolate e aveia. As mulheres que estiveram expostas às imagens de flores consumiram mais biscoitos de aveia enquanto que as que viram doces calóricos consumiram os biscoitos de chocolate.

As conclusões servirão para orientar os especialistas na prescrição das dietas redutoras de peso.



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terça-feira, 18 de agosto de 2009

O condomínio irregular

Naquele tempo, quando ainda afirmávamos ser felizes, nos encontrávamos com freqüência assim, por acaso, na praia. Era um hábito arraigado nosso que nos proporcionava bem-estares intensos.
Numa quinta-feira pela manhã, durante o inverno que amenizava e percebíamos a primavera que já se avizinhava, nos reunimos ali no local de costume. O sol não estava tão abrasador e passava das nove da manhã.
Diferente do que acontecia amiúde, com alguns velhos amigos, que chegavam juntos, nós ao contrario, chegávamos separados e nos juntávamos ali, envoltos pela maresia prazerosa.
Quando pisei na areia notei que havia pouca gente ao redor. Então caminhei até perto da arrebentação onde estendi minha canga. Despi-me da camiseta e do short sentando-me em seguida. Abri a bolsa tirei o protetor solar e espalhei-o pelos braços colo, rosto e pernas.
Ao colocar os óculos de sol percebi a Nandinha que chegava. Ela arfava e ao ingressar na areia sentiu certo desconforto. Apesar do sobrepeso Nanda mostrava uma garra tremenda pra driblar todos os obstáculos que lhe impediam o bem viver.
Quando parou junto a mim ela disse:
- Hum... Já cedo assim, colega? Que chique!
Poderíamos afirmar que Nandinha não tivera lá uma infância assim tão tranqüila. Eu sabia parte da sua história e lhes asseguraria que seus pais passaram por momentos dificílimos durante alguns governos digamos, “linha dura”.
- E ai, chegou bem, na paz? – perguntei-lhe indicando o local ao meu lado, onde poderia estender sua canga.
Nandinha então se despiu mostrando o corpo forte. Ela com certeza teria reservas calóricas por muito tempo, sem que precisasse ingerir uma laranja que fosse.
Minha amiga sentou-se e depois de passar sobre a pele o protetor solar atendeu um telefonema. Eu lhe dissera que não se preocupasse com mais nada que não estivesse sob sua visão naquele momento.
Nandinha se lamentou:
- Nita eu não te falei que pegou fogo no apartamento da minha vizinha? – ao falar ela olhava-me sobre os óculos escuros que pusera para proteger-se.
Respondi-lhe que soube do incêndio ali no centro da cidade. Que tinha sido um corre-corre dos infernos e que os bombeiros demoraram muito pra chegar.
- É verdade que os donos do imóvel precisaram ser retirados de rapel? – perguntei.
- Nita, que desespero! Aquela fumaça que vinha assim sabe? Angustiava a gente, que horror. E imagine que naquele momento eu só lembrava do pernil que tinha sobrado da janta. Eu queria correr pra geladeira e pegar o pernil. É na aflição que eu penso em comer, mas pode uma coisa dessas?
- Ai amiga, se você estivesse lá No Limite, você se daria bem. – arrisquei brincar com ela.
- Por que neném? – ela me olhou com um semblante de censura.
- Porque lá a comida é limitada. Enquanto os magricelas passariam por perrengues terríveis você não ficaria muito frágil.
- Ai, não sei, amiga. Preciso me livrar dessas calorias que me fazem mal. Não farão falta, entende?
Enquanto conversávamos César Ronha, o famoso Cezinha da Rebimboca aproximou-se. Ele cumprimentou-nos com aquele seu sorriso maroto e parando diante de nós, percebeu que Nandinha não se alegrou muito com a sua chegada.
- E ai, moçada, tudo bem? – perguntou César estendendo sua canga e sentando-se.
Nandinha respondeu com mau humor, demonstrando mais uma vez o seu desagrado. César então continuou:
- Vocês souberam que fui eleito síndico do meu prédio?
- A gente sabia que você morava lá há muito tempo. – respondeu Nandinha.
- Pois é. Agora estão me acusando de ter contratado cinco faxineiras, dois eletricistas, e oito vigias que teriam parentesco comigo. Mas essa turma não tem mesmo mais o que fazer. Imagine só: inventaram que eu não contei pra ninguém que tinha admitido esse pessoal. Eles reclamam que pelo regimento do condomínio, eu deveria comunicar aos demais moradores as contratações. Mas eu acho isso um absurdo. Nada a ver. E por que os meus parentes não teriam a mesma competência que qualquer outra pessoa?
- Mas César, qual é o critério que você usou para admitir os funcionários? Todos não teriam as mesmas chances de serem contratados? - perguntei-lhe.
- Nada a ver. Sempre foi assim. O outro síndico também fazia do mesmo jeito. E antes dele também, sempre fizeram dessa forma. Estão procurando chifres na cabeça de cavalo, pêlos em ovo, entende? Tá o maior bafafá. Fizeram até um jornal no qual escrevem tudo o que querem. Imagine! Eu com minha história, com o meu tempo de síndico mereço isso? Mas tá certo uma coisa dessas? Ora, vê se pode: já tem até gaiato me zoando dizendo que pedirá ao prefeito uma lei de imprensa. Isto é, no mínimo, o fim da linha.
- Sabe de uma coisa? Eu acho que você deve renunciar. Pare com essa gandaia. Os moradores têm tantas taxas pra pagar, impostos e mil e uma coisinhas mais. Eles estão indignados com essa sua política. – Nanda foi incisiva.
Ronha não gostou do que ouviu e por isso, sem dizer mais nada, e não querendo criar outra inimizade, levantou-se indo embora. Nanda então continuou:
- Nita essa cara teve muitos problemas na infância. Você acredita que quando tinha uns seis anos ele entrou sem ser convidado, numa casa vizinha, onde três mulheres faziam, no fogão à lenha, uma goiabada num tacho de cobre? Quando as mulheres viram que era o filho do professor, resolveram aproveitar a sua presença. Pediram pra ele pegar algumas toras de lenha e depois o mandaram mexer, com a colher de pau, o doce que estava quase pronto. Elas saíram do lugar deixando o menino trabalhando sozinho. Quando voltaram perceberam que o serviço estava terminado. Disseram a ele que a mãe o chamava. E o camarada foi embora sem experimentar o doce que ajudara a fazer. Isso deve ter deixado seqüelas na moringa do cara, não é possível!
- Como é que você sabe disso? – perguntei com interesse.
- A prima dele me contou. E tem mais: quando ele era mais crescido, foi de bicicleta, junto com outro iniciante de marginal, a um sítio na periferia e lá, com uma espingarda de pressão, acabaram com uma raposa que vivia no oco de uma árvore. Deram tiro de chumbinho no olho da pobrezinha, vê se pode amiga!
- Esse sujeito é terrível. – afirmei.
- E tem outra: quando ele estava já bem crescido e namorava uma lacraia do trecho, ao ouvir da moça que ele não passava de um louco fracote, deu-lhe uma dentada no pescoço que a coitada se arrepia até hoje só de lembrar.
- Nossa, mas esse é ruim mesmo. – concluí.
- É terrível.
E ficamos assim a conversar até o momento em que, vendo o breu da noite que se achegava, resolvemos ir embora pra casa, onde eu na minha, comeria a pizza com guaraná que me aguardavam e, Nandinha na sua, tomaria a sopinha da dieta que fazia.


Carolina Lima.

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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Pedófilo é preso em Itu

O engenheiro civil Secretário Municipal de Administração de Sorocaba, Januário Rena de 63 anos foi preso sábado, num motel da cidade de Itu em companhia de três adolescentes.

A polícia, que recebeu denúncias anônimas dos crimes cometidos por ele, vinha monitorando suas ações há algum tempo. Ele já havia feito programas com menores antes e pagava até R$100 para cada uma delas. Se considerado culpado, o pedófilo que é casado e pai de três filhos poderá ser condenado a até dez anos de prisão, conforme informaram hoje pela manhã os telejornais Bom Dia São Paulo e Bom Dia Brasil.


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domingo, 16 de agosto de 2009

Os xerifes do quarteirão

Quando um quarteirão está sob as influências malignas daquelas pessoas que se sentem os xerifes do lugar, podemos presenciar alguns frutos das suas ações: calçadas sujas, árvores podadas ou mortas, muros queimados, pixados e provocações inúmeras.

Percebe-se também, nos vizinhos de boa índole, a incidência de doenças tais como a depressão, o câncer e as cardíacas.

Os chamados xerifes do quarteirão, não chegam a distinguir os comportamentos dos seus contíguos. Ou seja a implicância com alguém ocorre não por ser ele (esse alguém) muito mau ou prejudicial à coletividade.

A implicância nasce por diferenças de costumes. Por exemplo: se os xerifes do lugar que têm o hábito de beber, fumar e consumir drogas reunidos defronte suas casas, não forem imitados por algum desavisado que chegou ao trecho, instala-se contra ele uma verdadeira campanha expurgatória.

Os xerifes podem até ter parentes frequentadores das igrejas e por isso mesmo, se não houver atenção, a boataria defenestrante pode recrudescer. Geralmente os xerifes cruéis de um lugar não crêem em Deus.

Os malignos podem até freqüentar os cultos e celebrações, mas nota-se que logo reiniciam suas arengas hostis contra quem não conseguem nutrir simpatia. É uma questão de química. Os semelhantes se atraem. Ou melhor: os pássaros de penas iguais andam juntos.

Portanto para que não haja tanta discórdia você deveria participar das rodas de bebedores, fumar sua maconhazinha de vez em quando e, tragar mostrando satisfação no seu rosto, a fumaça cinza daquele cigarro paraguaio que podem lhe oferecer.

Então só assim, digamos “vibrando na mesma freqüência” haveria mais aceitação e menos embates entre as preferências.

É conhecidíssima a noção de que “pau que nasce torto, morre torto”, ou em outros termos, que os maldosos seguem com suas maldades até o final. De que adianta você banhar o porco, preocupando-se com a sua higiene? Ele não retornaria logo para a lama?

Quem poderia impedir os cães de voltarem para os seus próprios vômitos? É assim com o bêbado, com o usuário de drogas.

Você pode não se preocupar em tirá-lo da imundície na qual se encontra. Mas com muita certeza, ele se preocupará em trazer você para o lado promíscuo em que se acha.

Para você entender alguém, saber realmente quem ele é, basta ver o que ele faz ou diz. Pode uma árvore ruim dar bons frutos? Se o quarteirão vive sujo, as pessoas ao redor estão doentes, a conclusão sobre as influências dos xerifes no trecho podem não ser das melhores.

Em alguns quarteirões a maioria da violência que se pratica é a verbal. São raras as hostilizações físicas tais como espancamentos cometidos por famílias inteiras e até apedrejamento. Quando isso ocorre você pode concluir que os agressores agem assim por não dispor de qualquer outro argumento que possa defender as posições condenáveis.

Uma cidade só será próspera e feliz quando os xerifes cruéis dos quarteirões tiverem suas ações malignas, praticadas nas trevas, conhecidas pela sociedade toda. É bom relembrar que os políticos insensatos que protegem os agressores morais terão a mesma sorte que eles.

Se Deus é amor, podemos concluir que os xerifes prezadores do assédio moral não conseguiram ainda chegar até Ele e, que as influências no quarteirão são mesmo feitas pelos tais adoradores das trevas.


Fernando Zocca.




Vende-se um terreno de 12m x 25m no loteamento Santa Rosa. Área de 300m2. Tratar pelo fone 19 3371 5937.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Desviando esmolas

Essa teologia da prosperidade faz cada uma! Inclusive admite que todos os donativos ofertados pelos fiéis da Igreja Universal, de propriedade do Sr. Edir Macedo, sejam utilizados na aquisição de bens materiais para ele, seus familiares e demais diretores.

Todas as religiões no Brasil recebem isenção de impostos, mas, os donativos que lhes são endereçados deveriam ser revertidos em benefício dos crentes, dos que buscam os ensinamentos bíblicos.

Configura exploração da boa fé o desvio das esmolas para a compra de empresas particulares, aviões, jornais, rádio e TVs. Esse procedimento viola princípios legais, éticos e morais passíveis de punição.

Contra tais atos o Ministério Público já requereu a apuração dos fatos e a aplicação da lei, mas o processo está em segunda instância há dez anos. A propositura de nova ação baseada nos mesmos fatos foi proposta pela instituição ministerial requerendo a aplicação das normas que regem a matéria.

O Juízo de Direito da 9ª Vara Criminal de São Paulo recebeu a denúncia, mandando citar os réus Edir Macedo e mais nove envolvidos nas irregularidades.

A Igreja Universal, por sua vez, diz que o crescimento da TV Record incomodaria as demais concorrentes, principalmente a Rede Globo.

Na verdade se houvesse o cumprimento das determinações que regulam o assunto, por parte do senhor Edir Macedo e outros, não haveria ilícito passível de punição.

Então não são difíceis de ver as consequências das irregularidades. Uma delas, depois do enriquecimento ilícito dos envolvidos, é a aquisição de empresas que teriam peso político decisivo. Nada contra a aquisição de empreendimentos que possam influir na escolha política, desde que seja feita de forma lícita.

Não estaria passível de ter sua compra anulada a organização que fosse adquirida com o dinheiro roubado dos bancos? A origem do capital deve ser clara e lícita.

Estaria cometendo irregularidade a autoridade que, ciente dos fatos, não providenciasse o início das investigações e no final, a aplicação das penas previstas nas leis.

São infundadas as alegações de que o crescimento da TV Record incomodaria. É a forma ilegal que a faz crescer que incomoda. Quem poderia progredir da mesma forma se não usasse os meios escusos que ela usa?

Esse procedimento dos bispos e pastores da Igreja Universal, desviando as esmolas em benefício próprio, assemelha-se ao daqueles políticos, que nos esquemas de licitação, carreiam as verbas públicas para as suas contas particulares.

Sem dúvida nenhuma a mistura de religião, empresas de comunicação social e política, não produziriam resultados positivos para a nação. O exemplo disso pode ser observado nos locais onde as igrejas evangélicas associadas aos jornais e rádios conduzem a um tipo de poder político, extremamente desvantajoso para a população mais pobre.

É chegado o momento de cessar as cavilações, as chicanas e os sofismas que impedem a aplicação do direito e a distribuição da justiça.



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Aqui em baixo as leis são diferentes?

Tudo bem, você está numa praia, sente o vento na pele, o sol a lhe aquecer, a maciez da areia, o bate papo com os amigos, o prazer da saciedade que lhe dá a água de coco. Mas e se de repente não podemos voltar para casa?

Você percebe que o sol se põe, os pernilongos cercam-no zumbizando no seu ouvido, a temperatura começa a baixar e nada. Nada de paredes para desviar o vento, nada de banho com aqueles xampus cheirosos, sabonetes reidratantes, e a fome, muita fome. Sim porque ali não há o conforto de um fogão onde se possa fazer um Miojo confortador ou um café da hora.

Tudo bem, pode-se até comer alguns peixes, que ao darem bobeira na sua frente, sirvam para lhe aplacar o desprazer da escassez de alimentos. Mas será que o escovar os dentes ali naquela água, que não vem da torneira, tem o mesmo efeito, faz a mesma sensação?

Tudo é muito estranho, muito esquisito. Bom, mas você percebe que está cansado, tem sono, e sua cama não se encontra presente. Que dureza! E tem mais: antes de deitar sempre é bom faze xixi, higienizar-se de alguma forma. Mas onde está o “trono”, aquele papel esperto, o bidê purificador?

Sem esses apetrechos o homem volta a um estágio da civilização conhecido como idade da pedra, ou pra não exagerar muito, para um tempo em que ele dependia mais da força física do que da astúcia ou inteligência.

A sobrevivência própria, e da espécie humana, numa situação bastante adversa, hostil mesmo, foi possível graças a capacidade para diluir tudo o que impedia o curso normal da vida. Então, contornando o que causava desconforto, e aprendendo a controlar o prazeroso, viu-se o ser humano nesse atual estágio de desenvolvimento tecnológico.

Naquele tempo, quando as pessoas habitavam as praias a produção dos utensílios era manufaturada, isto é, feita por artesãos que se especializavam. Então havia quem fizesse panelas, armas, urnas mortuárias, canoas, ocas e demais objetos para uso próprio, pessoal, ou para familiares.

Neste século XXI chegamos a evolução tal que até mesmo um simples canudinho com o qual se sorve a água de coco redentora, tem um processo especial de produção industrial. Tudo é feito pela indústria, em grande escala, para milhões de pessoas.

É mas a fila anda, ou tudo passa, ou ainda tudo se move. Em outros termos dizem que até mesmo essa era da indústria, da produção industrial, está passando. Gasta-se menos horas hoje no trabalho que mantém o sustento, do que naquele tempo em que não havia nem mesmo um radiozinho a pilhas ou televisor.

As condições de higiene e alimentação, naquela época dos nossos antepassados, não proporcionavam a manutenção da saúde da alma e corpórea que se pode obter hoje. Por conseqüência a longevidade aumentou.

Se naquelas condições precárias das praias desertas havia a incidência de muitas doenças hoje estão todas elas, praticamente debeladas. Então se vive muito mais e melhor.

O existir em coletividade implica reconhecer as diferenças entre os que estão “lá em cima” e os que estão “aqui em baixo”. Numa sociedade ideal, mais justa, mais igualitária, não haveria espaço para a afirmação de que “aqui em baixo as leis são diferentes”.

Numa sociedade honesta, sem trambiques, todos seriam iguais perante a Constituição. E o direito ao trabalho, reservado a alguns privilegiados, seria estendido a todos os demais cidadãos desse pais.




Fernando Zocca.
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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Psicose

Fernando Zocca
Quando cheguei a minha casa naquele dia, estava realmente cansado. Não tinha sido nada fácil lá na empresa. Mas tirei o paletó jogando-o no sofá. Desapertei a gravata. Escutei um ruído que vinha do meu quarto. Fazia nove meses que havia me separado e não poderia ser minha mulher que estivesse ali. Tenso caminhei pé ante pé até a porta que ficou entreaberta. Não acreditei no que vi. Ela estava deitada de calcinha, na minha cama. Massageava a púbis e com as pernas fechadas fazia movimentos de quem tinha orgasmos.
Não provoquei nenhum barulho. Esperei com o coração aos pulos que ela terminasse. Ela logo depois virou-se para o seu lado direito e pareceu dormir, ajeitando os cabelos.

Mas quem seria? Estava ficando louco? Estaria eu na minha casa? Busquei reconhecer os objetos a mim familiares. Sim, ali era tudo meu conhecido. Mas quem era aquela mulher seminua na minha cama?

Completamente aturdido pensei em algo para fazer. Ficaria bem quieto e a observaria sem que me notasse. Os minutos passavam agoniadamente. Sentia certa atração por ela, mas o medo também estava presente. Depois que ela acordou levantou-se e vestiu sua minissaia. Penteou os cabelos calçou os sapatinhos delicados. Ajeitou novamente os cabelos e saiu do quarto. Tomou uma chave que tinha em sua bolsa e abrindo a porta da rua com naturalidade, caminhou como se tivesse saindo de sua própria casa.

Meu queixo caído e meus olhos vidrados não se moviam. Babei. Minha respiração ofegante foi se acalmando. Meus batimentos cardíacos voltaram ao normal.

Entrei no quarto e pude sentir o cheiro do seu perfume. Havia um aroma gostoso de xampu caro. Não conseguia ordenar os pensamentos. Fui até a cozinha e tomei um copo d'água gelado. Peguei o telefone e disquei o primeiro número que me apareceu na memória. Era de Suzana, minha gerente geral. Ela não demonstrou surpresa. Perguntou se eu havia bebido. Pediu para que eu descansasse mais. Disse para que não me preocupasse muito com as contas a pagar. Desliguei embasbacado.

Tomei um banho rápido. Quando saía o telefone tocou. Uma voz sensual de mulher sussurrava palavras que me produziram um arrepio na espinha. Perguntei quem era. Não me respondeu. Eu ficava aterrorizado a cada momento. Abri a porta do quintal e lá no fundo minha cachorra jazia morta. Seus dentes estavam expostos na boca entreaberta. Uma descarga motora me arrebatou.
Caí desfalecido. Quando acordei a enfermeira me olhava sorridente. Disse que tivera uma síncope nervosa. Perguntei por minha cachorrinha e ela me acalmou dizendo que estava tudo bem. Falei-lhe do que havia ocorrido e ela disse que estava estressado. Que tudo não passava de ilusão. Seria alucinação provocada pela tensão nervosa dos momentos difíceis nos negócios.

Eu me consolei. Estava sozinho no quarto. Quando olhei para a porta, ela a bonitona da minha cama lançou-me um sorriso ajeitando os cabelos. Deu-me adeusinho e virou-se caminhando com aquela minissaia reveladora.

Chamei a enfermeira. Gritei desesperado. Estava enlouquecendo? A moça surgiu afoita. Quando me viu assim agoniado buscou logo ali na enfermaria uma injeção que me aplicou no braço. Naquele momento um pensamento estranho me passou pela cabeça: gostaria que colocassem o meu nome num prédio de entidade pública enquanto ainda vivesse. Era uma loucura. Mas eu estava mesmo louco.

Meu problema era compreender o que estava se passando. Teria tudo isso a ver com o pessoal da caixa d'água?

Estariam tais fatos relacionados com A Seita Maligna do Dr. Val?

Quem é que sabe? Disfarcei então toda aquela minha ignorância e procurei mostrar-me como que se nada de anormal estivesse acontecendo. Como poderia classificar aquele surto psicótico? Qual seria sua etiologia? Teria algum nexo causal com Gertrudes ou com sua magia negra? Eu comecei a crer que não teria tantas respostas assim. Não naquele dia e enquanto o relógio não deixasse de indicar 16h19min, o momento fatídico em que aquela mulher pedante e de canelinha fina, com seu carrão potente, trafegando pela contramão, se esborrachou toda na Rodovia do Açúcar defronte um caminhão de areia.

Nos escombros o pessoal do resgate encontrou o velocímetro que congelado no momento do impacto indicava: 174 km por hora.

Fatal.


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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Cabeleireiro é morto dentro do salão de beleza

O cabeleireiro Márcio Vieira da Silva, 33 anos, foi morto por volta das 18 horas da quarta-feira, (22/07), dentro do seu salão de beleza, situado à Rua dos Cajueiros, bairro Taperaguá, em Marechal Deodoro. De acordo com testemunhas, o crime foi praticado por dois homens armados com pistolas, que fugiram em um automóvel, sem deixar pistas.

Policiais do 17º Departamento Policial, sob o comando do delegado Flávio Saraiva, constataram que o crime não foi um latrocínio, já que nenhum objeto foi roubado do salão de beleza. Mas familiares suspeitam, segundo apurou a equipe de reportagem do Portal de Notícias de Alagoas TUDO NA HORA, que o homicídio pode ter sido motivado por uma briga em que Márcio Vieira se envolveu no município de Coruripe, há cerca de um mês.

Artistas homenageiam Simonal

Wilson Simonal foi homenageado ontem a noite no Rio de Janeiro por Ed Motta, Paralamas do Sucesso, Maria Rita, Marcelo D2, Martinália dentre outros, que se apresentaram com as músicas do repertório do cantor.
Os artistas foram convidados pelos filhos de Simonal, Max Castro, Simoninha e pela gravadora EMI para o Baile do Simonal, no Vivo Rio, durante o qual foi gravado um DVD.
O projeto foi realizado depois do sucesso alcançado com o documentário sobre a vida de Simonal, visto por mais de 70 mil pessoas, denominado“Ninguém sabe o Duro Que Eu Dei”.
Segundo consta Wilson Simonal estaria sendo roubado por seu contador que levou dele uma surra. Na polícia a vítima disse que Simonal era informante das forças repressivas do regime militar.
O boato espalhou-se quando então toda a trajetória de sucesso de Simonal foi ceifada, lançando-o no esquecimento.
O objetivo do documentário é exatamente o de resgatar a verdade, reabilitando a honra desse fabuloso representante da música popular brasileira.
Os sucessos de Wilson "Sá Marina", "Meu Limão, Meu Limoeiro", "Vesti Azul", "Mamãe Passou Açúcar em Mim", "País Tropical", foram revividos pelos artistas que o homenagearam.


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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Dado como morto bebê acorda antes do enterro

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Um bebê prematuro, declarado morto pelos médicos de um hospital paraguaio, foi encontrado vivo, horas depois de ser levado por seus pais para o velório em casa.
No hospital a família recebeu uma caixa e também uma certidão de óbito, na qual o bebê havia sido registrado com o nome de Ângela Rossana Caceres.
O pai do recém-nascido, Jose Alvarenga, disse que a família descobriu que ele estava vivo depois de ouvi-lo chorando na caixa onde o colocaram.
"Eu abri a caixa, tirei o bebê de dentro e ele começou a chorar", disse a tia do menino, Liliana Alvarenga. "Eu fiquei assustada e disse o bebê está chorando, ele está chorando", afirmou. Foi então que a família descobriu também que o bebê era, na verdade, um menino.
O bebê está agora na unidade de terapia intensiva do mesmo hospital onde nasceu, e sua condição de saúde é estável.
O chefe da unidade de pediatria do hospital, Ernesto Weber, disse que o médico responsável pelo setor, não havia checado os sinais vitais do bebê de forma apropriada.
"Este é um caso pouco comum", disse Weber à agência de notícias AFP, acrescentando que será realizada uma investigação sobre o incidente.
Aida Notario, a médica que trabalha na maternidade do hospital disse que alguns enfermeiros e médicos tentaram ressuscitar o bebê por uma hora antes de declará-lo morto. "O pulso dele estava tão baixo que não podia ser detectado", garantiu Notario.
Segundo os registros médicos, o neném, que nasceu com 24 semanas, pesava apenas 500 gramas.
O menor bebê prematuro ao nascer já registrado foi um americano que nasceu com menos de 22 semanas e pesava apenas 280 gramas, informaram ontem o G1 e a BBC.



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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O churrasco de carne moída

Se o Dr. Simão Bacamarte, o médico psiquiatra que no conto O Alienista escrito por Machado de Assis, internou 1/3 da população de Itaguaí vivesse em Tupinambicas das Linhas, certamente internaria a população inteira.

De fato havia tanta gente lelé que a casa de orates denominada Casa Verde, criada pelo doutor, seria insuficiente para abrigar todos os que careciam dos seus cuidados. Diziam alguns que até os serviços públicos da prefeitura paravam em decorrência das afecções que grassavam na urbe.

Algumas figuras se destacavam com as insanidades cometidas no dia-a-dia. Uma delas era Luísa Fernanda sobre quem já lhes contei algumas passagens em textos avulsos.

Luisa Fernanda era gerente do Brafresco e a incumbência que lhe cabia durante o expediente, no horário em que trabalhava, era o de carimbar notas fiscais verdes. Quando houve um remanejamento da papelada e a diretoria resolveu trocar a cor do documento, passando-o para amarelo, Luisa precisou fazer uma oficina durante 26 meses para assimilar as mudanças.

Luisa Fernanda, a mocréia de cabelos curtos, era casada com Célio Justinho que passava o dia todo em casa tentando “tirar de ouvido” o hino do Corinthians. Além de atormentar os dias da cadela Poodle com os desafinos que cometia, ele torturava também os gatos do barbeiro e os pardais incautos, atraídos ao quintal por causa da piscina.

A gerente do Brafresco fazia aniversário no dia 10 de Fevereiro, mas o fato não a impedia de comemorar a tal efeméride, com muita cerveja, churrasco de picanha e som sertanejo todos os demais dias 10 do ano.

Um dia quando Célio Justinho se sentia vitorioso por ter executado totalmente o hino amado, ao ser interrompido pelos latidos da Poodle branca, jogou contra ela uma garrafa de pinga, que por causa do erro na pontaria, atingiu um espelho esquecido pela empregada no quintal, quebrando-o.

Ora à tarde quando Luísa Fernanda chegou da sua labuta bancária e interrogando Célio sobre os danos, foi informada que ele precisou bater na cachorra por não fazer ela nenhum silêncio durante seus ensaios no teclado.

- Você, com certeza deve ter algum parentesco com o funileiro Gabrielzinho boca de porco – afirmou Luísa.

- Por quê meu neném?

- Porque você também acha que tudo o que está errado ou torto deve ser endireitado na pancada, na martelada – arrematou Luísa Fernanda, exibindo os dentes num sorriso irônico.

- Ora, minha gata. Não é assim que a banda toca. Nem tanto à terra, nem tanto ao mar.
Na praia já está muito bom. Quando eu aprender direitinho a tocar esse teclado vou aparecer lá no Faustão. Quero me virar nos 30 compreende?

- Eu acho que já é chegada a hora de você parar de freqüentar os botecos do bairro, criar vergonha nessa cara e arrumar um emprego. Você não ganha nem para o cigarro. E olha que o Serra já fez até uma lei proibindo as pessoas de fumarem nos locais públicos fechados. – Luisa Fernanda tinha o rosto afogueado. Durante as discussões ela não podia reprimir aquela sensação de calor que lhe tomava o rosto.

- Não se apoquente minha querida gerente. Um dia ainda ficaremos ricos. Tenho muitas idéias que já estou patenteando. – Célio Justinho falava como se defendesse uma tese de mestrado. Empinando o nariz, pigarreando e, pondo um tom formal na voz, ele prosseguiu:

- Acabo de formular a teoria do churrasco de carne moída que, sem dúvida, será um dos nossos maiores sucessos durante todos os tempos, que esta cidade jamais viu.

- Ah, mas com certeza você enlouqueceu. É mais um candidato à Casa Verde de Tupinambicas das Linhas. - Luisa falou com tanta ênfase que chegou a se dobrar sobre o ventre, mantendo os braços tesos e os punhos fechados como se tivesse prestes a partir para as agressões no corredor da casa.

Naquele dia justamente na hora do almoço, vendo Célio que a discussão não os levaria a lugar nenhum, calçou os chinelos de tiras preto e branco e, ao passar pelo jardim frontal da casa, lavou os pés com o esguicho d´água da mangueira laranja, saindo serelepe em direção ao botequim.


Fernando Zocca.



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sábado, 8 de agosto de 2009

Sem limites


A agressividade é uma propriedade dos seres animados. Disso ninguém duvida. Os próprios vermes que infestam os cadáveres, para se nutrir da podridão, agem rompendo as estruturas antes formatadas.

O que diferencia as bestas-feras dos seres humanos é a propriedade que estes têm de racionalizar, ou seja, verbalizar as emoções que os acometem. As bestas-feras não possuem esse atributo racional.

As pessoas civilizadas conversam, comunicam seus desencantos, suas frustrações e tentam transformar a tensão dos mal entendidos em compreensão e paz. Ao contrário, os bichos selvagens, agem com agressividade, por não disporem dessa, digamos graça para o entendimento.

Esses bichos-feras podem inclusive, brandindo a Bíblia, tentar sufocar todos aqueles com quem antipatizam. Ocultos nas trevas não gozam da mansuetude e não conseguem vivenciar o equilíbrio, a paz, a homeostase. Parece que o silêncio as atemoriza tornando-as loucas, inconseqüentes.

Apesar disso não deixam de ser elas também, as bestas-feras, uma criação daquele que tudo fez tudo criou. Ocorre que se a bondade cristã não se assenhorear do terreno maligno, a crueldade pode alastrar-se contagiando os do entorno.

Há núcleos perturbados, existentes numa comunidade, que preferem incitar nas crianças a agitação, o barulho e a confusão como entretenimento ao invés de as educarem com os livros infantis, ou com os programas próprios da TV.

Nesses grupos irregulares, a tensão gerada no ambiente, leva à opressão e violência contra as crianças propiciando a instalação das bases daqueles adultos insociáveis, loucos, agressivos.



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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O zênite e o nadir

- Então tá bom. Vai tomando conta do trecho. Mas não deixa de pagar o IPTU e os outros encargos. E olha, vê se para um pouco com o cigarro. Quando vier aquela bufunfa que todos esperamos, me avisa. Falou?

Van de Oliveira desligou o telefone, guardou-o no bolso da camisa, trocou da terceira para a quarta marcha, acentuando a pressão no acelerador, sem poder, entretanto reprimir as lembranças que teimavam em lhe reaparecer.

A mulher tinha alguma dificuldade para manter qualquer conversação por quinze ou vinte minutos, sem que se deixasse levar pelas ondas dos pitis abrasadores lançados contra aqueles possíveis interlocutores desavisados.

O que era aquilo? O tal “pavio curto” não seria mesmo, talvez, algum conceito que supervalorizava o “eu próprio” e a desconsideração dos demais, entranhado lá no fundo d´alma?

Grogue não podia deixar de crer que os tormentos todos eram resultados de uma base narcisista muito espessa. Quem poderia negar?

Nem mesmo as samambaias, as plantas ornamentais, os vasos e o lidar com a terra, o xaxim, teriam minimizado um pouco aqueles procederes tão crispados? .

Não faltaria alguma humildade no agir daquela senhora, que lhe permitisse achegar-se com suavidade aos demais, usando com eles alguma delicadeza?

No trânsito em que se achava Van Grogue ouvia ainda o rádio do qual saia baixinho uma canção do Roberto. O devaneio fazia com que ele usasse menos força no acelerador.

- Sai da frente retardado! Tá dormindo vagabundo? – o motorista do Santana passara tão rápido por Grogue que ele só pôde ver a silhueta da mulher que, sentada no banco do carona, olhando para trás, fazia-lhe gestos mostrando-lhe o dedo médio da mão esquerda.

A manobra temerária daquele avoado motorista do Santana fez com que ele batesse na lateral traseira esquerda de um Scort azul que não trafegava com a mesma velocidade. Buzinas e impropérios aos gritos foram lançados pelas janelas.

- Parece que quanto mais se reza, mais o demônio aparece. – murmurou Van desligando o som.

A agitação do quotidiano, a insegurança com relação ao futuro e a educação frágil proporcionavam aquelas angústias todas e, aqueles sufocos que destrambelhavam quem estivesse na frente. Faltava um pouco de contenção.

Ao olhar para o retrovisor, aquela mecha antiga de cabelos crespos caiu-lhe nos olhos. Não adiantava fazê-la retornar sobre a orelha. Lá vinha ela de novo a encobrir-lhe a visão. Definitivamente chegara a hora de buscar o cabeleireiro.

Antes de estacionar defronte ao salão onde daria “um trato” no visual Grogue ligou o rádio novamente. O noticiário informava sobre as derrotas do Corinthians e do Flamengo.

“Era assim mesmo” – pensou Van. “A vida era tal e qual uma grande roda gigante. Uma roda viva, que ao girar levava seus diversos pontos aos extremos, tanto ao mais elevado quanto ao mais baixo. Eram o zênite e o nadir. O céu e o inferno. Sempre foi assim e sempre será”.

Ao entrar no salão Grogue murmurou:

- Não existe mesmo, nada de novo, debaixo do sol.


(Fernando Zocca)

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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Corinthians e Náutico jogam hoje pelo brasileirão



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Corinthians e Náutico jogam hoje no Estádio dos Aflitos, em Recife, às 21h50min. mais uma partida pelo Campeonato Brasileiro. O timão está sem vencer há três jogos e o dono da casa não consegue emplacar nada há 13.

Nem mesmo a vitória contra o time paulista tiraria o Náutico da zona de rebaixamento, mas pelo menos lhe daria mais esperança de chegar bem, ao final do campeonato, que tem ainda três rodadas pela frente.

A novidade apresentada pelo alvinegro é a estreia do volante Edu contratado do Valencia no princípio de julho, que reforçará o ataque do time. Atualmente o timão é perseguido de perto pelo São Paulo, Grêmio, Vitória, Flamengo e Avaí. Segundo os analistas esportivos, uma vitória do Corinthians o colocaria em posição de disputa pelo título.

Jucilei, Elias e o estreante Edu, atuarão no meio campo-corintiano. Dentinho, o famoso camisa 31 do alvinegro jogará ao lado de Jorge Henrique e Souza.

Carlinhos Bala, que cumpriu a suspensão na rodada anterior, é a opção do técnico Geninho para a ofensiva do Náutico. Além desse goleador, o Timbu também contará com Gilmar que é o vice-artilheiro do campeonato.

Os desfalques do Corinthians são Ronaldo, que se restabelece de uma fratura na mão e também de uma lipoaspiração, Morais, fora por um problema no joelho direito, Jean, suspenso pelo STJD, e Henrique, que se recupera de uma inflamação na conjuntiva.



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Lula aprova a lei dos mototaxistas

A categoria dos mototaxistas, composta por aproximadamente 500 mil profissionais, atuantes em 3.500 municípios brasileiros, teve a lei que normaliza a atividade sancionada na quarta-feira, 30 de julho, pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva.

No anúncio da sanção o ministro Márcio Fortes (cidades) afirmou que o trabalho precisava ser normatizado inclusive para estabelecer critérios básicos de segurança. “Não podemos fechar os olhos à realidade. Essa atividade já existe e precisava ser regulamentada. A melhor maneira de prevenção é regulamentá-la” disse.

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional no início de julho estabelece várias normas de procedimento. Dentre as exigências feitas pela lei estão as de que o condutor possua no mínimo 21 anos para exercer a profissão, instale protetor mata-cachorro, antena antilinhas de pipa, use coletes de segurança com dispositivo refletivo, tenha dois anos de experiência na atividade e faça um curso especial projetado nos termos do Contran (Conselho Nacional de Trânsito).

Em seu pronunciamento José Gomes Temporão, ministro da Saúde classificou o projeto como preocupante. "Moto é um problema. Vamos ter de nos debruçar e reforçar as campanhas de informação e de educação", afirmou ele.

A intenção de Temporão é evitar o número de acidentes e a sobrecarga no Sistema Único de Saúde (SUS). "Vamos ter que reforçar as campanhas de informação e educação sobre uso do capacete, obediência às leis de trânsito e não dirigir depois de ingerir bebida alcoólica", disse.




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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Celebrando o dia do padre

Dom Fernando Mason

Agosto é, para a Igreja no Brasil, o Mês Vocacional. Em 1981 iniciou-se essa celebração, com o objetivo de se refletir, a cada domingo, uma vocação específica dentro da Igreja. O primeiro domingo deste mês é dedicado à vocação do padre. E no próximo dia 4 de agosto, quando se faz memória litúrgica de São Cura D’Ars, celebra-se o Dia do Padre.
Este ano, essa comemoração tem um sentido especial, pois a Igreja está celebrando o Ano Sacerdotal, proclamado pelo Papa Bento XVI, em memória dos 150 anos da morte do Santo Cura D’Ars, apresentado pelo papa como modelo para todos os sacerdotes.É muito oportuno celebrar o Dia do Padre, pois acredito que nós católicos algumas vezes ainda não compreendemos bem a grandeza, a positividade e a preciosidade desta presença nas comunidades. Deixemos claro, de antemão, que não se trata aqui de fazer elogios ingênuos, valorizações forçadas ou ufanismo sectário. Sem dúvida, o padre se apresenta a nós dentro da fragilidade de todo ser humano. Nisso ele não é nem melhor nem pior que os outros.

Mas já nisso, talvez, se possa ressaltar no padre um quê de sensibilidade, de elaboração do caráter, de intelectualidade, de humanização, afinal, não tão comuns por aí. É o fruto de um longo período formativo de oito anos.

Nós, Igreja Católica, somos um povo, o povo de Deus. Não somos um bando; todo povo que se preze tem uma "alma" (o Deus de Jesus Cristo, no Espírito Santo) da qual surge sua organização. O vigor desta combinação de alma e organização permitiu à Igreja percorrer mais de 2.000 anos de história, passando por épocas, vicissitudes, civilizações e culturas as mais diferentes e desafiadoras. A ponta mais visível desta alma e organização em nossas comunidades é o padre.

Há os padres que pertencem a ordens e congregações religiosas, nas quais eles encontram segurança, afeição e solidariedade; a comunidade paroquial complementa esta experiência fundamental para todo ser humano. E há os padres "diocesanos". Eles precisam encontrar, na diocese, segurança, afeição e solidariedade.

Quando se diz "diocese" se entende o bispo que deve ter verdadeira afeição pelos seus padres, deve lhes transmitir segurança e deve ter para com eles um profundo senso de justiça em todas as vicissitudes da vida eclesial e paroquial.

Quando se diz "diocese" entende-se também "comunidade paroquial". Nossas comunidades precisam acolher, amar e respeitar os nossos padres, inclusive diante dos limites e fragilidades que eles possam ter. E quem não tem limites e fragilidades que lance a primeira pedra! Há pessoas e grupinhos que, com mil pretextos, antipatizaram com este ou com aquele padre, infernizam-lhe a vida e dividem a comunidade, com grave prejuízo para o Reino de Deus.

Nossas comunidades e lideranças precisam ter comunhão com o seu padre, oferecer-lhe colaboração e participação na vida da comunidade local, ainda mais quando estas lideranças exercem funções importantes no âmbito eclesial e diocesano. Esta comunhão é exercício bem concreto de fraternidade e amor ao próximo, conforme significa a Eucaristia da qual participamos.
Nossas comunidades precisam ser solidárias com o seu padre. Há quem se dispõe a fazer doações em material e dinheiro para as obras paroquiais e para os necessitados, mas não se dispõe a colaborar para o sustento de seu padre. Conheço padres em nossa diocese que passaram (e passam?!) aperto para a sua subsistência! Os padres dependem de nossa ajuda; como todo operário, eles merecem salário (o salário do padre se chama "côngrua") justo e digno, conforme estabelecido pela diocese. Pelo padre mantemos a unidade eclesial, crescemos na fé e no conhecimento da Palavra de Deus. Ele é indispensável para celebrarmos a Eucaristia e os demais sacramentos, sinais visíveis de nossa salvação em Jesus Cristo. O padre é um dom para as nossas comunidades!
Sou profundamente grato a todos os padres de nossa diocese e profundamente grato a todos os fiéis católicos que querem bem a seus padres.

Dom Fernando Mason é bispo da Diocese de Piracicaba.

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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Big dorme até babar



O amigo da boca preta ai do lado parece não se importar muito com a ração que comerá assim que acordar. É que seus donos têm uma reserva que lhe garante o sustento por um bom tempo.

Além da água fresca, sombra e papinha à vontade, o folgado pode contar com banhos quentes regulares e vermífugos ministrados por Gustavo que se incumbe, de vez em quando, de permitir-lhe passeios na rua. Se bobear o camarada dorminhoco aceita até suco de caju.

Vende-se: Apartamento 93 no Edifício Araguaia. Possui três quartos (uma suíte), sala em L, quarto de empregada, lavanderia e ampla cozinha.
Fone: 19 3371 5937.

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domingo, 2 de agosto de 2009

Um crime que o Brasil não esquece



Passamos por tempos tensos, bastantes difíceis mesmo. Creio que isso não tenha sido novidade também para as pessoas das outras eras, de outras épocas e lugares. Porém tanto nos dias atuais, como nos dias passados, existem e existiram diversas formas de aliviar-se das angústias.

Alguns preferem os bares, onde na companhia dos amigos livram-se das “neuras” e maus humores. Outros preferem passar horas divagando sobre tolices sem a preocupação com o futuro ou atividade responsável.

Muitos se utilizam das drogas, para em bacanais, descontarem e abusarem das crianças indefesas, mas que podem suportar a agressividade louca dos insanos impunes.

Por falar em violência contra crianças indefesas veio-me à memória um caso muito conhecido no Brasil, ocorrido em Vitória, no Espírito Santo em meados da década de 70.

Trata-se do crime contra Araceli Cabrera Crespo, de 8 anos, que desapareceu numa sexta-feira, 18 de maio de 1973, quando regressava do Colégio São Pedro, para a sua residência, em Vitória.
Ela trajava vestido azul com blusa de manga, tendo as iniciais SP grafadas em vermelho. Seu pai, o eletricista Gabriel Sanches Crespo, pensando tratar-se de seqüestro, distribuiu várias fotografias da filha aos jornais, contando o caso.

No dia 24 de maio o corpo de Araceli, nu e desfigurado com ácido, foi encontrado, por um menino que empinava pipa, em um terreno baldio, junto ao Hospital Infantil de Vitória.

Segundo os jornais da época os suspeitos do crime eram Paulo Helai e Dante de Brito Michelini, jovens membros da alta sociedade capixaba, conhecidos por promoverem festas nos seus apartamentos e na Praia do Canto, num local conhecido como Jardim dos Anjos, onde violentavam as meninas.

Paulo e Dantinho lideravam um grupo de viciados que costumava percorrer os colégios da cidade em busca de novas vítimas.

Depois que o sargento José Homero Dias, quando estava prestes a esclarecer tudo, foi morto com tiros nas costas, o caso ficou por algum tempo esquecido. Mas Clério Falcão, na época vereador que se elegera com a promessa de levar o caso Araceli até o fim, conseguiu a instalação de uma CPI na Assembléia Capixaba.

A comissão concluiu ter havido omissão da polícia local, interessada em manter distantes, das suas investigações, os reais assassinos que eram figuras de prestígio. O crime repercutiu em todo Brasil, exigindo a apuração e a punição dos culpados.

Ao contrário do que se esperava, a família da menina silenciou diante do crime. A mãe de Araceli, a boliviana Lola Cabrera Sanches, viciada em cocaína, foi acusada de fornecer drogas para pessoas influentes da região, inclusive para os próprios assassinos.

A amante de Paulo Helal, Marisley Fernandes Muniz declarou em Juízo que Araceli foi dopada com doses de LSD e violentada em seguida, tendo o perito carioca Carlos Eboli constatado que a causa da morte foi a intoxicação exógena por barbitúricos, seguida de asfixia mecânica por compressão. O cadáver da menina apresentava deformidades no rosto causadas pelo ácido, tinha os bicos dos seios e partes da vagina arrancados por mordidas.

Apesar da cobertura da mídia e do empenho de alguns jornalistas, o caso ficou impune. Araceli só foi sepultada três anos depois. Sua morte, ainda causa indignação e revolta. Por trás do assassinato de Araceli se esconde uma vasta rede de traficantes e consumidores de cocaína, que já agiam na rota Brasil - Bolívia desde 1968.

A mãe de Araceli, Lola participava do tráfico como transportadora da droga, e posteriormente como "contato" em Vitória, no Espírito Santo.

Sete anos depois do assassinato de Araceli, Paulo Constanteen Helal e Dante Brito Michelini foram condenados o primeiro a 18 e, o segundo a 5 anos de reclusão.
Entretanto os empresários recorreram e em 1991 foram considerados inocentes. Lola desapareceu de Vitória no princípio da década de oitenta.

O Dia Nacional Contra o Abuso e a Exploração Sexual Infanto-juvenil foi criado em 18 de maio de 1998 para manter viva a memória nacional, reafirmando a responsabilidade da sociedade em garantir os direitos de todas as crianças brasileiras. O lema do movimento é “Esquecer é permitir. Lembrar é combater”.


Vende-se um apartamento no 9º andar do edifício Araguaia, situado à Rua Regente Feijó 774.

Leia O Castelo dos Espíritos
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