sexta-feira, 20 de julho de 2012

Usando a Máquina Administrativa




Não é só meu amigo Van de Oliveira Grogue que, de vez em quando, confunde tudo causando o maior alvoroço.
O procurador jurídico do município de Piracicaba Dr. Sérgio Bissoli também, tomado pela ansiedade de ver o seu candidato à prefeito  Gabriel Ferrato, livre de concorrentes, ingressou no Cartório Eleitoral, com um pedido de impugnação da candidatura de Jairo Ribeiro de Matos (DEM).
O advogado, funcionário da prefeitura, alegava que Jairo, por ser presidente do Lar dos Velhinhos, estaria impedido de concorrer ao pleito municipal, como vice na chapa do pastor Dilmo dos Santos (PV).
Nas suas razões, o ilustre causídico argumentava que para estar apto a concorrer, Jairo deveria licenciar-se do cargo que ocupava.
Atento aos acontecimentos políticos na cidade, o Jornal de Piracicaba, num editorial equilibradíssimo, alertou que o doutor Sérgio Bissoli também, por ser servidor do município e ter os seus salários pagos com os impostos arrecadados da população, não poderia, de forma alguma, defender os interesses partidários.
Ou seja: o advogado do município deve trabalhar na defesa dos interesses negociais da cidade, e não na dos seus correligionários.
Portanto nosso querido doutor Sérgio Bissoli deveria escolher entre abdicar do cargo público, a fim de advogar para o seu partido, ou abrir mão das representações, objetivando a manutenção do cargo que ocupa.
O candidato petista à prefeitura de Piracicaba Roberto Felício veio a público, num vídeo, para dizer exatamente isso: não se pode confundir os papéis. As duas funções são incompatíveis.
Jairo Ribeiro de Matos (DEM) é vice na chapa encabeçada pelo pastor Dilmo dos Santos (PV) e, segundo o entendimento jurisprudencial vigente, ele deveria mesmo desligar-se das funções no Lar dos Velhinhos para concorrer.
Essa situação é aplicável também no caso do candidato Gabriel Ferrato (PSDB), que ocuparia o cargo de Conselheiro do Lar dos Velhinhos.
Existem fortes possibilidades de que, tanto a candidatura de Ferrato quando a de Jairo Ribeiro de Mattos sejam impugnadas.
A instituição filantrópica Lar dos Velhinhos recebe incentivos financeiros inclusive da Prefeitura Municipal de Piracicaba e isso, em tese, configuraria o uso defeso, da máquina administrativa na campanha eleitoral.
20/07/12

segunda-feira, 16 de julho de 2012

OS MESMOS DESCARADOS




A diferença entre os países civilizados e os ainda deficientes você observa também na observância das leis.
Nas nações imaturas existem normas, regras e leis regulando tudo, mas nem sempre elas funcionam quando necessário.
Por exemplo: uma determinada câmara municipal promulga a lei que coibe a perturbação do sossego público depois das 22 horas.
Isso inclui ensaios de bandas nos quintais ou garagens, churrascos comemorativos, funcionamento de bares onde a algazarra perturba a vizinhança, e tudo o mais que possa impedir o bem estar público durante o horário noturno.
Entretanto os mais imbecis ou alcoólatras incorrigíveis, mesmo sabedores das tais determinações, fazem de conta que isso seria inexistente, violando assim, as avenças feitas, na maior cara de pau.
Levado o problema ao judiciário e percebendo que as consequências do desrespeito lhes poderia custar muito caro, buscam os tais insanos, por meios inclusive das crenças e práticas religiosas, demover a vitima do seu pedido de reparação.
Conseguido o intento tornam, os malucos, a vida daquele que supostamente estava amparado pela lei, num verdadeiro inferno, digno dos regimes mais injustos e violentos da face da terra.
Por outro lado você perceba que, numa situação praticamente semelhante, o pessoal do Rock, ao comemorar certa efeméride em Londres, teve o microfone cortado depois que a festança passou do horário prescrito na lei.
Ou seja, os políticos numa determinada comunidade, mais lenta, mais devagar, em troca das promessas de voto, que lhes garantirão outros quatro anos do bem-bom, atuam contra as próprias normas aprovadas pela instituição que os abriga.
Isso infelizmente significa que mais vale as vantagens pessoais que lhes dão o cargo, do que a aplicação da lei que, em tese, solucionaria um conflito social.
E você veja, meu querido leitor que é exatamente nesse exato momento em que se aproximam as eleições, que os mesmos descarados se apresentam novamente, pedindo a sua concordância para que continuem a praticar as loucuras mil que os caracterizam.
A Constituição da República deveria consagrar o direito do cidadão demonstrar o seu desagrado, com os políticos, instituindo o voto facultativo.
Eu particularmente, com o devido respeito, não contribuirei com o meu voto, para que as injustiças e maldades continuem acontecendo.
16/07/12