quarta-feira, 31 de março de 2010

Marcelo Dourado vence o BBB 10

Olha ai, está vendo? O Dourado levou mesmo o prêmio de R$ 1,5 milhão no BBB 10. Agora ele pode fazer o que realmente precisa, isto é, adquirir o que lhe faz falta. Aliás, com essa importância toda, faculta-lhe tornar mais confortável além da dele, a vida dos parentes e amigos.

O possuidor dessa fortuna precisa ter o cuidado pra não dissipar logo a riqueza, pois nessa altura do campeonato (ele está com 37 anos), outro empreendimento desse porte seria mais dificultoso.

Com as mãos no dinheiro e sem o nervosismo que isso pode causar, o lutador, torcedor do Internacional de Porto Alegre, e bravo vencedor do certame, além de comprar aquele apartamento supimpa no quinto andar, pode também adquirir a moto que guardará na garagem do subsolo.

Gastando apenas R$100 mil ele faria isso? Olha, a Fernanda ganhou um imóvel no valor de R$ 220 mil. É claro que se trata de um apartamento com a construção e o acabamento de primeira; no mínimo bem conceituado. Se não fosse assim a patrocinadora não se envolveria na empresa.

Pode-se concluir então que R$100 mil seja pouco para Dourado adquirir um bom imóvel, bem localizado e de construção recente.

Se por um lado R$100 mil são insuficientes para satisfazer a necessidade de moradia do campeão, por outro, o desperdício dessa importância com aquisições tolas, seria um indicativo de comportamento temerário.

Imagine você pegar R$100 mil e torrar assim, num estalar de dedos, numa saída ou passeio pela cidade, com a turma da gandaia. É terrível e pode lhe trazer sentimentos de culpa depois da insensatez.

É tão difícil você esperar a sua vez para subir; aguardar o trajeto da ascensão; sofrer a tensão da entrada na casa; viver o nervosismo lá dentro, para depois, com o dinheiro nas mãos, sair rapidamente gastando-o a torto e a direito.

O importante é que o vencedor adquira imóveis, pague as contas, presenteie os amigos e guarde muito. A disposição para a luta arrefece com o passar dos anos.

Parabéns ao Dourado e ao pessoal que o ajudou a chegar ao pódio.





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terça-feira, 30 de março de 2010

BBB 10 chega ao final

Hoje ocorre o super final do BBB 10. Os três participantes que conseguiram a proeza de chegar tão longe são o Cadu, a Fernanda e o Dourado.

Todos eles têm características muito peculiares. A Fernanda, por exemplo, é uma jovem bastante delicada, educadíssima, formada em odontologia, e que chegou ao programa menos pra conseguir amor ou amizade, do que para levar o tão sonhado prêmio.

Cadu é carioca, passou grande parte da sua vida na comunidade de Mangueira, formado em educação física, amante das baladas, torcedor do Vasco da Gama e bastante disposto a encarar todas as mudanças que ocorreriam, caso ganhasse a competição.

Marcelo Dourado é porto-alegrense nascido aos 29 de abril de 1972, formado também em Educação Física, torcedor do Internacional e lutador, tendo participado de alguns certames. Apesar de o aspecto físico musculoso passar a impressão de que seja um sujeito maldoso, ruim, ou perverso, isso não é bem verdade.

O finalista Marcelo seria ingênuo, na medida em que por ser sincero demais, despreparado para falsear a verdade, provocaria espantos, pasmos, responsáveis pela sua eliminação no BBB 4. O fato de ter chegado ao final desta edição, evidenciaria seu amadurecimento bem como as consequentes mudanças nas atitudes.

Fernanda, a cirurgiã dentista, conseguiu um apartamento no valor de R$ 220 mil, na prova em que teve de manter, durante muito tempo, uma chave pressionando um botão.

Os parentes, amigos, familiares e todos os simpatizantes deste ou daquele brother, empolgaram-se tanto com a possibilidade do sucesso dos seus patrocinados que se alteraram até alguns hábitos há muito inalteráveis.

Sem dúvida nenhuma o vencedor, ao sair, não será a mesma pessoa que era quando entrou. Um leque de alternativas saudáveis se acrescentaria à sua vida.

Aliás, o fruto da vitória transformará não só o existir do escolhido, mas de todos os que participaram da sua campanha com os incentivos, as boas palavras, os estímulos e as orações.

Fernanda quer a cueca do Carlos

No domingo  (28/03) era dia de paredão no BBB 10. Estavam na berlinda, para a votação pública, a cirurgiã dentista Fernanda e a bailarina Lia. A escolhida, para deixar a casa mais espreitada do Brasil, foi a Lia com 51% dos votos.

Então agora sobraram, para a grande final, que se dará na terça-feira, 30/03,  o esportista Dourado, o professor de educação física Cadu, e a Fernanda.

Muita gente pensa que Marcelo Dourado, nascido em Porto Alegre, é um cara rude, mal humorado ou agressivo. Nada disso. O lutador é sensível e amável, mas que seria incompreendido por muitas pessoas. As discussões com Dicesar Ferreira provaram isso.

Tudo depende do acaso. Se não houvesse um descuido do Marcelo, na prova em que tinham de manter uma chave pressionando um botão, certamente que ele conseguiria também o apartamento ganho por Fernanda.

Bom, esta edição do programa está chegando ao final e o mais centrado obteria a preferência da opinião pública. O nervosismo estaria à flor da pele. Veja que Carlos Eduardo do Nascimento Parga, o famoso Cadu, com 24 anos de idade, 1,89m de altura, pesando 99 kg sentiu muitíssimo a saída da Eliane.

Cadu desmanchou-se em lágrimas, chorou tanto, mas tanto, que precisou ser consolado por Marcelo; este, por sua vez, com palavras amistosas, encorajou também a dentista.

Por ser hoje o dia do aniversário do apresentador Pedro Bial, Cadu teria convocado a sister para que fizesse um bolo. E lá se foram os dois pra cozinha, onde até altas horas, prepararam o pitéu.

Mais tarde quando os três estavam no quarto Tattoo, Cadu queixa-se por não encontrar suas cuecas. Fernanda informa que Lia levou duas e que ela mesma deseja uma pra si. A dentista prefere a xadrez.

Nesse momento da competição muda o objetivo do voto; os sufrágios são para a vitória do escolhido. Ou seja, antes se votava para eliminar o participante, agora a maior quantidade de votos garante a consagração do brother.

Em minha opinião Marcelo Dourado leva o prêmio. Eu voto no Marcelão.

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sábado, 27 de março de 2010

Dourado amolece e perde a liderança

Pelo andar da carruagem, parece que o Dourado vai mesmo sambar. O lutador ficou sozinho, isolado, tendo contra si Dicesar, Fernanda, Cadu e Lia.

Se ele não tivesse bobeado na prova da empreiteira em que tinha de manter uma chave pressionada num botão, ele se tornaria o líder e poderia até chegar ao final da disputa.

O antagonismo dentro da casa chegou ao ponto em que os contatos que deveriam ser cordiais foram substituídos pela animosidade indisfarçável. Durante a tal prova, em que Fernanda faturou um apartamento no Rio de Janeiro, Dicesar, a olhos vistos, secou tanto o fortudo porto-alegrense, que ele realmente amoleceu a mão.

Em seguida à alegria expressa pela vencedora Fernanda, carregada no colo por Cadu, o lutador gaucho, tomado pela ira, esmurrou de tal forma o gramado que teria revolvido a terra. Dourado ficou tão passado que, antes de dormir aceitou, na cama, os cafunés da Lia.

Dicesar e Fernanda combinaram, antes da formação desse paredão, que se ela fosse a líder escolheria o próprio maquiador para a disputa no cadafalso. É claro que havendo uma aliança entre Lia e Cadu, ambos apontariam o colorado para a outra vaga, e foi o que aconteceu. Você acha que o Dourado volta?

Parece que o Dicesar seria o mais indicado a receber a simpatia do público nesse momento histórico. Seria uma compensação, uma desforra, uma auto-afirmação que viesse a consolidar o que andaria balançado.

Olha se não for o Dicesar, é bem provável que o vencedor desta edição do programa, seja o vascaíno Cadu, que é portador de numerosas possibilidades. Há muito mais do que a simples vitória e a posse do premio de R$ 1,5 milhão, em jogo nesta luta.

Há ideologias, crenças a serem confirmadas, pontos de vista, ressentimentos, desabafos e auto-afirmação coletiva em jogo, além do prêmio ofertado pelos patrocinadores.

Parece que a chave sobre o botãozinho, naquela casa em que tudo é visto e sabido, derrubou mesmo o Marcelo. O bom nisso tudo é saber que o ganhador não precisará vencer qualquer licitação pra levar a bufunfa.

E daí? O que ganha você, dentre os milhões de boquiabertos e passivos espectadores, além do direito às tais espiadinhas desgastantes?



sexta-feira, 26 de março de 2010

Aprendendo a ser gente

O nhenhenhém, os murmúrios, as lamentações e as cobranças não ajudam em nada. Isso tudo não resolve as nossas angustias se não fizermos algo que modifique a situação.

E o pior ocorre quando, tomados por esses sentimentos de desespero, tentamos controlar outras pessoas para que façam elas algo por nós.

A situação se assemelharia ao do neném que úmido pelo xixi, ou esfomeado, chora e esperneia, manifestando seu desagrado, até que venha alguém para aliviá-lo.

O indivíduo prefere lamentar-se, queixar-se e até mesmo maldizer a situação, mas não pode pensar em fazer algo que transforme aqueles mal-estares em coisas positivas.

As pessoas assim estão habituadas a esperar as soluções vindas de outras e nunca delas mesmas. Isso é um equívoco semelhante àquele de atribuir a alguém a causa do próprio fracasso.

A criança que chama a atenção dos pais, quando chora no berço, não pode levantar-e e ela mesma limpar-se ou providenciar a mamadeira que a esperaria na geladeira.

Os adultos que lamentam, angustiam-se e esperam dos outros todos os bálsamos das suas dores, careceriam da indiferença dos próximos, a fim de que percebam serem inócuos esses comportamentos.

De nada resolveria queixar-se da escuridão. Mais proveitoso e salutar seria acender as velas, mesmo que isso traga o desconforto por ter de se mexer.

O fazer muito e falar menos mudariam significativamente as disposições ambientais particulares. Temos que a gratidão e o louvor a Deus auxiliariam mais no progresso pessoal e da família do que os lamentos infindáveis.

Acontece que não sabemos agradecer ao Criador pelo que temos e, ao contrário de exaltar a bondade daqueles que nos proporcionam essas graças, nós os maltratamos, a semelhança dos que fixaram os cravos nas mãos e pés de Jesus.

O estágio de desenvolvimento em que nos encontramos é ainda muito tosco, simplório, ignorante. Isso não nos permite agir com educação, civilidade e bons modos.

Enquanto não aprendermos a nos comportar como cristãos entre os nossos familiares, diante dos nossos amigos e das pessoas do bairro, todos haverão de ter, para conosco, muita paciência.

 Centenas de pessoas juntaram-se à dor da família no funeral de Leandro

quinta-feira, 25 de março de 2010

Terminam os desentendimentos entre os brothers

- Falar é fácil. Quero ver fazer. – disse Dourado durante um auê com Dicesar. Naquele momento a coisa estava bem feia, o tempo fechado e os ânimos exaltadíssimos. O clima ruim propiciou o bate-boca horrível.

A quizumba teria iniciado momentos antes do paredão que eliminou a Maroca. Logo depois, quando a sister era ainda entrevistada por Bial, Dicesar começou uma fala acusativa contra Marcelo.

O gaucho respondeu à altura e houve troca de palavras ásperas. Dicesar então procurou o ombro amigo da Fernanda que, aos prantos, afirmava desejar sair junto com a ex-policial.

Dicesar imediatamente tentou impedir que ela cometesse “a loucura”, garantindo que a cirurgiã dentista era a única pessoa com quem ele poderia contar na casa.

Fernanda se consolou, controlou-se, dispondo-se a garantir o apoio moral ao brother isolado.

O grupo compacto formado por Lia, Cadu e Marcelo, mais a eliminação da Anamara, teria feito com que o desolamento se apoderasse do Dicesar. O maquiador atacou o colorado por diversas vezes, alegando que ele tinha mania de fazer todo mundo calar a boca.

- O Brasil vai calar sua boca! – esgoelava Dicesar objetivando isolar o adversário, lançando contra ele a opinião pública.

O professor de educação física Marcelo Dourado, exercendo o seu direito de defesa, contra-atacou afirmando também, em alto e bom som, que Dicesar era “puxa-saco”.

Enquanto Lia e Cadu se acalmavam Marcelo buscava dissipar o nervosismo caminhando pela área.

Ontem (24), à noite, durante uma confraternização, Lia procurou o Dicesar, oferecendo-lhe uma bebida. Sentindo-se indisposto o maquiador, que estava recostado, recusou alegando haver tomado um remédio.

Sob os insistentes incentivos da Lia, todos brindaram harmonizados, tendo o clima de boa vontade voltado a imperar entre os participantes.

O que tiver de ser será, era o consenso entre eles.



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quarta-feira, 24 de março de 2010

Dançando com alegria


A vida sem bom humor transforma-se num fardo difícil de carregar. Mesmo que tenhamos carroças pequenas, a carga sempre parecerá mais pesada. Tudo fica pior ainda se desejamos controlar a ação das pessoas.

Ao invés de nos policiarmos, impedindo os maus pensamentos e os maus desejos, procuramos conduzir os nossos próximos da forma que consideramos certa. Mas afinal quem seríamos nós para controlar a vida alheia?

Estaríamos acima do Supremo Criador? Será que por estarmos juntos, podemos oprimir até a morte, aquelas pessoas de quem não gostamos? Por não termos as luzes suficientes nós, pobres mortais, achamos que todas as pessoas do entorno, estariam sob a nossa vontade.

A cegueira é tanta que não vemos o mal que causamos às nossas próprias crianças. Nós as impedimos de brincar, de conversar, de jogar bola, de correr atrás do cachorro, e até de ver televisão.

Será que não seríamos capazes de matar os menores, em defesa das ideias equivocadas e desejos de domínio? A vontade de decidir os destinos do próximo é tanta que, sem dúvida, não haveria abalos, se algo criminoso acontecesse.

Há quem entenda estarem as dificuldades de adaptação enraizadas na sexualidade. A imaturidade espiritual dificultaria a compreensão das emoções, suscitadas pelas experiências sexuais com parceiros diversos.

A tentativa de oprimir o outro seria a projeção da repressão que se processa, contra os elementos residuais, daquelas experiências passadas.

Na verdade o opressor, ao invés de sublimar aquele material todo, tenta empurrá-lo pra baixo, sufocá-lo, impedindo-o de aflorar cotidianamente.

Não sabe o agressor que o problema não está no outro, mas sim nele mesmo e, que todo esse complexo, esses nós emaranhados, estarão presentes mesmo que o objeto combatido, já não subsista de forma palpável.

É claro que essa solução não seja a recomendável, mas há quem beba pra esquecer.


Quem dança seus males espanta.

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terça-feira, 23 de março de 2010

Paixão: conter ou extravasar?

É lamentável quando ocorrem crimes que abalam toda a sociedade. Há alguns anos li uma tese de doutoramento na qual o autor discorria sobre o conflito entre o extravasamento ou a contenção das emoções.

Ou seja: ele desejava esclarecer qual atitude seria mais salutar para as pessoas: se o deixar fluir as paixões ou a contenção delas.

O impasse se dava a partir do princípio de que o represamento das cargas emotivas prejudicaria a saúde do paciente.

Por outro lado, o extravasar da virulência da paixão, danaria pessoas ou coisas que comporiam o cotidiano do enfermo.

Numa situação onde há a possibilidade da ocorrência do crime, por exemplo, se o sujeito tem um pouquinho mais de razão, isto é, se seu lado emotivo está, digamos mais “domesticado”, talvez não se deixe levar pelo ódio que o domina no momento.

Você veja que quando o objeto causador da repulsa afetiva torna-se inatingível, recebem todas aquelas cargas destrutivas, as crianças indefesas.

Então para se vingar de alguém, que lhe causa grande padecimento, o ser irracional, ataca a quem não pode se defender; aquele que não tem nada a ver com o salseiro é que se dá mal.

Em briga de marido e mulher os filhos podem ser usados para agredir um ao outro. E geralmente quem não termina bem são os filhos.

As consequencias para a prole são as afecções mentais, o cometimento de crimes, ou até mesmo a morte. As notícias estão ai nos jornais pra quem quiser se inteirar.

Daí a importância do casamento, da família, da fidelidade e a preservação de todos aqueles valores a que estamos acostumados, mas que vemos bombardeados diariamente.

Se o cidadão comete delitos e não restam dúvidas quando à autoria, a lei deve ser usada para efetivar as punições. Porque se houver a complacência, a repetição do ato delituoso se propaga no meio social.

Onde não há a observância das leis, ou onde elas perdem a credibilidade, volta-se ao estágio do mais forte, ou seja, aquele que detiver mais agressividade, destrutividade e agir com violência, oprimindo, estabelece o seu predomínio.

Ai então chegam os famosos momentos de grande instabilidade social que podem ser resumidos nas frases: “Brasil, ame-o ou deixe-o” e “O último que sair apague a luz”.

Já foi dito, num artigo passado, que no impasse entre a aplicação dos procederes religiosos ou os legais deve-se optar pela lei. Não devemos nos esquecer que a legislação ancora-se nos princípios religiosos.

Então para a manutenção da ordem e do progresso é fundamental a observância das leis. Não resta a menor dúvida.



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segunda-feira, 22 de março de 2010

Dourado prova que não tem nada contra os gays

Ontem, 21 de março, o BBB 10 Serginho, que participava do temido paredão com o maquiador Dicesar, foi eliminado. Aos prantos o moço gay deixou a casa depois de efetivada a escolha do público, que se manifestou com aproximadamente 12 milhões de votos.

Pedir ao Serginho que contivesse as reações emotivas, seria o mesmo que solicitar à Anamara que parasse de falar. Como é que podemos exigir que alguém deixe de fazer algo, por não gostarmos do que ela faz? Não seria mais fácil pararmos de ouvir, ver ou tocar o que nos desagrada?

Por exemplo, se eu não gosto de futebol, simplesmente posso não ligar a TV nos momentos dos jogos, mas nunca impedirei a realização das partidas, dos campeonatos e o trabalho dos seus profissionais.

O estudante de moda Serginho, um garoto alegre e feliz, recebeu 53% das escolhas, no décimo primeiro paredão, desta décima edição do programa. Dicesar, que faturou R$ 10 mil na prova das tintas, permanece na casa por mais algum tempo.

O lutador Dourado tem ainda a preferência da maior parte do público que acompanha o programa. Apesar do destaque obtido ultimamente por Cadu, o gaucho Marcelo seria o paradigma com o qual a população se identificaria.

Contrariando as opiniões, equivocadas de que é homofóbico, nutrindo aversões também aos assuntos relacionados, Marcelo se deixou levar por um desafio lançado por Lia. A dançarina se propôs a hidratar os cabelos do gaucho. A moça então lavou o cocuruto do lutador, no chuveiro da piscina e, depois de enxugá-lo com uma toalha, aplicou o hidratante.

É uma questão de coerência: Marcelo pode até usar camisas cor-de-rosa se afirma nada ter contra os gays. E por que teria?

A dentista Fernanda se comporta de forma bastante forçada. Percebe-se que ela tenta agir naturalmente, mas dá sinais de desconforto. Ela procura portar-se como as pessoas acham que ela deveria proceder. E isso não é legal.

As simulações da sister Fernanda não são boas o suficiente para impedir as impressões de falsidade. Sob o efeito do álcool Serginho via seu lado heterossexual aflorar e se aproximava da Fe. Esta, por sua vez, se deixava levar pelos embalos das vibrações retumbantes. Mas nada passou dos inocentes selinhos.

E agora, será que a Fe se envolve com o Cadu? Em dupla seria mais fácil chegar ao final do jogo e garantir o prêmio?

O professor de educação física Marcelo Pereira Dourado, que admira os trabalhos do ator Marco Nanini, e é torcedor do Internacional de Porto Alegre, gastaria o prêmio de R$ 1,5 milhão em investimentos, viagens e diversão.

Marcelo: Nada contra os gays.

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sexta-feira, 19 de março de 2010

Os vinte anos sem Zacarias

Ontem (18/03) fez 20 anos que um dos mais engraçados integrantes dos Trapalhões, o Zacarias faleceu. A morte do humorista foi a primeira baixa no grupo. A segunda ocorrida em 1994 deixou os humoristas sem o Mussum. É claro que essas ausências modificaram a estrutura da formação, mas não tiraram a luminosidade dos artistas remanescentes.

Mauro Gonçalves, nome de batismo do Zacarias, dizia, numa entrevista ao Globo Repórter, que se inspirou num tipo popular de sua terra natal, Sete Lagoas (MG), para compor o personagem. “O Zacarias é um sonhador, sem muita maldade, sem malícia. É um homem comum”, contou Mauro à reportagem.

O ator era conhecido como Maurinho por familiares e amigos; antes de entrar para a trupe, em 1974, estudou arquitetura, foi radialista e trabalhou na Praça da Alegria da TV Excelsior. Além do programa, Mauro participou de mais de 20 filmes contracenando com Renato Aragão, Dedé Santana e Mussum, tendo feito ainda, centenas de shows com a trupe.

Para relembrar Mauro Gonçalves, o Zacarias, a cidade de Sete Lagoas, planejou promover na quinta-feira (18), na Praça Tiradentes, uma exposição com fotos de quando o ator trabalhava no Tele Teatro da Itacolomy, na década de 60. Do projeto constava a exibição de imagens raras do comediante ao lado dos atores Paulo Gracindo e Mário Lago, além dos figurinos usados por ele.

No vídeo você assiste a performance do Zacarias ao lado do Didi, quando interpretavam “A filha do seu Faceta”.




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quarta-feira, 17 de março de 2010

O Caso

Esse pessoal do PSDB em Piracicaba gosta mesmo é de criar caso. Se já não bastasse o escândalo das sanguessugas em que os Vedoin, proprietários da empreiteira Planan entregaram o prefeito Barjas Negri a Polícia Federal, como um dos participantes do esquema de superfaturamento das ambulâncias, agora nos aparece com a aventura de instalar aqui, uma fábrica de automóveis.

A multinacional receberia, gratuitamente, toda a área do terreno onde construiria sua sede caipira. Além disso, teria por gerações e gerações, a isenção dos impostos municipais e até estaduais. Sem levar em conta o fato de que o transporte dos carros feitos aqui, até os portos ou aeroportos, os tornaria mais caros, diga-se que os empregos não seriam ocupados por cidadãos piracicabanos.

Para trabalhar numa fábrica de automóveis, o operário precisaria ter conhecimentos especializados. A cidade não dispõe de ninguém detentor de tanta experiência no ramo, que impeça a tal indústria de trazer de fora, os trabalhadores necessários.

Então a pergunta é: Que vantagem teria a cidade de Piracicaba com a instalação da fábrica de automóveis?

Ora, se a prefeitura não receber os impostos, não embolsar os valores correspondentes à venda das áreas de terras e, se as pessoas nascidas na cidade, não puderem trabalhar na indústria, pra que mais serviria a tal presença aqui?

Acreditamos que os alugueis pagos pelos funcionários, vindos do exterior aos proprietários das casas, seria muito pouco em troca do que a cidade daria.

Bom, como estamos em tempo de eleições presidenciais, cremos que esse assunto, assim como aquele dos trens, que teriam seus ramais reativados, o da construção de presídio e outras balelas, não passaria mesmo de oferta publicitária, semelhante as que fazem os magazines, quando desejam liquidar seus produtos.

Ao vermos pela TV e internet a desestruturação do ensino e das escolas públicas, quando assistimos a agonia da mãe que se obriga a acorrentar o filho, escravo das drogas, numa cadeira de rodas, concluímos que haveria muita omissão das autoridades, nesse setor.

Não saberíamos dizer como viadutos, pontes, asfaltamentos de ruas já calçadas, e outras obras materiais, seriam tão ou mais importantes do que a atenção que os chefes da cidade deveriam prestar aos seus cidadãos.

É preciso ainda que se diga sobre a enorme preocupação que tem causado a degradação do meio ambiente. Sabe-se hoje em dia que a retirada do mazute do subsolo queimando-o na superfície terrestre tem contribuído para o aquecimento da terra. Esse fenômeno causaria o derretimento das calotas polares aumentando o volume de água dos mares. Com mais matéria em estado liquido, haveria também o aumento da freqüência e intensidade das chuvas.



O caso. Fábrica de automóveis em Piracicaba. A atenção dos cientistas volta-se agora para o desenvolvimento e construção de motores elétricos.

terça-feira, 16 de março de 2010

Até onde vai a tua coragem?

A agressão moral ou verbal indica muito bem quem é o seu autor e a educação que teve. Mas a violência física é terrível. E ela torna-se pior ainda, quando o agente está alcoolizado.

E pode ter certeza: o analfabetismo possui muito a ver com isso tudo. Agora imagina um sujeito bêbado e violento, que tem dificuldades pra se adaptar à sociedade, por não dispor da felicidade de se educar com a leitura, por exemplo.

É um problema sério. Quer mais uma agravante nisso? Além de alcoólatra, analfabeto e violento, o cara se considera muito inteligente. Ai, meu amigo, você está complicado.

Mas vamos embaçar mais ainda as suposições do leitor: você está diante de alguém analfabeto, agressivo, alcoolizado, que se considera esperto o suficiente para agir em conjunto com gente igual a ele. Pronto, você está ferrado.

Agora veja: é um grupo, uma turba, uma manada bêbada, analfabeta, agressiva e crente que pode acabar contigo. Já imaginou o tamanho da enrascada?

Já pensou se eles te param numa esquina, e assim como se não quisessem nada, lhe propõem algo indecente que você, desde o princípio, se negaria a fazer? Até onde vai a sua coragem pra contradizer a opinião da quadrilha, mantendo-se firme nos seus propósitos?

A violência, a agressividade, o alcoolismo, a consciência de pertencer a um grupo, e o analfabetismo não têm coloração. Podem compor qualquer pessoa, seja ela de que raça for. Além de não serem características principais de algumas raças, esses atributos não são próprios de uma só localidade. Estão distribuídos por todo o planeta.

Imagine só: você deixaria de repelir um ataque feito por uma pessoa embriagada? Ou seja, por estar bêbado o tal agente de uma agressão física, não deveria ser contido? Você acha que a embriaguez livraria o cidadão da culpa?

Eu acredito que a defesa própria é um dever. O indivíduo tem de proteger a sua integridade física e a própria vida, mesmo que o meliante esteja completamente encharcado de cana.

Mas o pior de tudo seria se o meu leitor se visse num enredamento tal que se batesse no bêbado, seria condenado, pela opinião pública, por agredir um coitado. Se apanhasse seria achincalhado por apanhar de um bebum. Já imaginou?

Tem gente que não vive sem a satisfação que lhe dá presenciar as brigas entre semelhantes. E depois, se afastando, justificam dizendo: “Vocês que são brancos, que se entendam”.



segunda-feira, 15 de março de 2010

Se segura, malandro!

A gente se acostuma com tudo. Até mesmo com a tinta spray que os psicopatas lançam diariamente dentro da sua casa. Sabe que já estou gostando? Dá um barato legal. Não consigo mais me ver passando um dia sequer, sem aspirar o produto da obsessão desses seres danosos.

Que seja coisa do demônio eu não duvido. O tinhoso resolveu incorporar nos fracassados e quando percebem a janela aberta, escancaram logo as válvulas pelas quais vazam os fluídos do inferno.

O camarada que a comanda é viciado no elemento e acho que procura me fazer ver que o barato, que a coisa provoca, não é tão ruim assim. Mas com psicopata você precisa ter cuidado. Ele pode sair correndo atrás de você com uma faca, ou encher sua cara de tijoladas. E daí? Você vai reclamar pra quem?

Já me disseram pra fazer um churrasco, dar pão, cerveja, cigarro e pinga pros loucos. Mas eu não consigo fazer isso. Tem a tal bunduda, de calcanhares rachados, que passa sempre defronte a minha casa, olhando de soslaio, e procurando ouvir os ruídos. Tudo serve pras fofocas do dia, pro fomento da animosidade.

A miséria do espírito é muito pior do que a pobreza material. De um jeito ou de outro você pode se rodear de bens materiais. Mas pra sair da ignorância eu não conheço outro jeito que não seja o de estudar, adquirir o conhecimento.

Como é que o diabo conseguirá isso se é analfabeto de pai, mãe e enfermeira? Então você fica à mercê dos degenerados. A polícia não pode fazer nada. Os psicopatas não cometem crimes. O Judiciário estaria tão aporrinhado, com tanta coisa pra julgar, que a decisão sobre mais uma bagatela seria inócua.

Matar os psicopatas a pauladas não daria certo. Na cadeia, certamente as noites teriam muito mais tinta do que agora. O que nos resta? Rezar pra que os loucos se emendem e tenham um pouco mais de educação e civilidade? Quem sabe?

Os milagres acontecem. Mas psicopata é psicopata. O sujeito que deixa de puxar carroças e passa a viver de pensão alimentícia, certamente obteve uma ascensão social. Saiu de baixo pra um patamar acima. Mas não aprendeu as regras seguidas no seu novo núcleo. Ele ainda segue com a mente formada no lixo, na sarjeta, no meio das baratas, das moscas, no mau cheiro da bosta e do mijo que o rodeava.

Então o conflito. Como é que você vai ensinar os bons modos dos civilizados aos deficientes ociosos que não precisam trabalhar pra viver? É jogo duro, mano! Você precisa ter um saco enorme, uma paciência de Jó.

E como diria o Dicró:

- Se segura, malandro!

quinta-feira, 11 de março de 2010

O Tamanduá-de-colete

O tamanduá-de-colete.



O escritor, advogado e blogueiro Fernando Zocca lançou hoje pelo site http://www.clubedeautores.com.br/ o seu sexto livro. Trata-se de O Tamanduá-de-colete que promete contar tintim por tintim todas as intrigas e desavenças acontecidas durante os últimos três meses na Vila Independência.

Os textos, que formam o livro de 131 páginas, foram publicados nos blogs do autor. É uma coletânea de narrativas dos fatos diários do bairro da cidade, que merece fazer parte da sua coleção. Por apenas R$ 56,52 você adquire o seu exemplar. Compre já.


Você sabe “dar voadoras”? Aprenda com o bicho do vídeo.

QUE VANTAGEM MARIA LEVA?

Os políticos de Piracicaba conduzem a cidade numa direção contrária a do resto do mundo desenvolvido. Nas regiões mais evoluídas o meio ambiente é a prioridade, pois se sabe que com a degradação do local onde se vive, degrada-se também a população ali existente.

Um veículo usuário de combustível, feito com a matéria orgânica, retirada do subsolo e transformada em gases na superfície, produz o equivalente a cinco toneladas de material tóxico por ano.

Enganam-se aqueles que acham que não seja nociva, para a saúde, a absorção desse lixo gasoso pelos organismos biológicos. Isso sem falar no espaço ocupado por um carro, geralmente contendo uma só pessoa.

Os gênios da política caipira desejam trazer para a província uma fábrica de automóveis. A justificativa principal é a de que o empreendimento trará aproximadamente 5.000 mil novos empregos.

Sim. Mas para quem? Para trabalhar numa fábrica dessas é necessário ter experiência, conhecer o manuseio das máquinas utilizadas na produção dos componentes dos veículos. E ao que nos consta, trabalhadores hábeis nas oficinas mecânicas, especializadas na fabricação e manutenção de usinas e peças de usinas de açúcar e álcool, não seriam os mais indicados.

Na engenharia também o processo é o mesmo. Os projetistas e desenhistas experts na criação de maquinário utilizados pelos usineiros nas suas propriedades, não teriam o mesmo preparo que os profissionais das fábricas de automóveis.

Isso ocorre também com o pessoal da burocracia. Os trabalhadores de colarinho branco, encarregados dos trâmites relativos aos escritórios, das usinas de açúcar, teriam uma rotina completamente diferente, na indústria automobilística. As experiências são diversas.

Portando para a fábrica, que pretende se instalar em Piracicaba, mesmo recebendo gratuitamente as áreas de terras e a isenção de impostos por muitas gerações, seria mais lucrativo trazer, de fora, os trabalhadores de que necessita.

Então, que vantagem levaria a nossa querida província com instalação desse empreendimento, se ele não proporciona direito a impostos, não emprega as pessoas nascidas no local e não contribui para a melhoria do meio ambiente?

É suficiente para o ego do cidadão piracicabano dizer: “Esse carro foi feito em Piracicaba”?

Além do prestígio para os políticos, que atualmente ocupam os cargos eletivos, aliás, há um bom tempo, em nada mais serviria esse projeto pobre. Na verdade isso se compararia a um espetáculo de palco, a um show pirotécnico, onde os “Maquiavéis” do PSDB exercitariam suas capacidades prestidigitadoras.

Aos homens públicos interessa a manutenção dos cargos por causa dos lucros. Em tempo de eleição não se pode duvidar da existência de prefeitos que inaugurariam até pontes de safena, se isso lhes rendesse votos.


A proteção do meio ambiente conduz a indústria automobilística a desenvolver projetos que utilizam energia limpa.

quarta-feira, 10 de março de 2010

BBB 10: Eliéser está fora

Neste quinquagésimo oitavo dia do BBB 10 a casa amanheceu sem outro dos seus componentes. Eliéser foi eliminado ontem à noite, durante o paredão que enfrentava junto com Dicesar e Dourado.

Preferindo um discurso curto, Bial comunicou a escolha do público que decidiu ser o Eliéser o candidato a deixar a casa. O total de votos optando pela saída do brother foi de 59%.

“Moçada, o jogo vai começar agora. E, caramba, quase esqueci de dizer o eliminado. Seu paredão foi semana passada, vem pra cá Eliéser”. Com essas palavras Pedro Bial chamou o catarinense.

Dourado permanece, tendo recebido 27% dos votos e também Dicesar cuja soma das escolhas chegou a 14%

O gaucho Dourado é um dos preferidos do público. Existem possibilidades de que ele seja o vencedor desta décima edição do BBB.

terça-feira, 9 de março de 2010

As contas do condomínio

Mara K. Utáia deixara vencer mais uma conta do condomínio sem que pudesse pagá-la. E essa negligência toda repercutia no bolso dos demais moradores do prédio. Os valores não recolhidos pela esquecida seriam acrescentados aos boletos dos vizinhos.

Por isso quando a mulher entrava, átrio adentro, desejando descansar os pés calejados e libertar os joanetes das contenções opressivas, daqueles seus sapatos velhos, percebia os olhares tortos do porteiro de plantão.

“Esse maluco é da turma do síndico safado. Fazem contas fantasiosas e procuram tomar o dinheiro de quem trabalha honestamente” – pensava K. Utáia ao transitar pelo hall gelado e sem vida, buscando a porta do elevador.

“Inventam despesas, inflacionam o consumo de água, de luz, de gás, os cambau. Querem mesmo prejudicar. E depois ainda dizem que não cumprimento ninguém, quando estou no prédio. Ò gente ruim da cabeça”. – ruminava Utáia esperando a chegada do elevador.

Um grupo de crianças se aproximou da mulher que, segurando com força a bolsa azul, mantida sob o sovaco do braço direito, demonstrou desprezo ao vê-las.

“Essa molecada sem educação. Não sei onde vai parar tudo isso. No meu tempo de menina, se falasse merda já levava o maior cacete. Agora não. Veja como são mal educados. Ô gentinha”. – Mara transpirava. Seu pulso denunciava problemas circulatórios que a incomodavam.

“E esse dente agora? `Mardito`! Justo agora que deu pra doer? Assim não tem quem agüente. E aquele morfético que não paga a pensão? O desgraçado atrasa de propósito, só pra chatear. Ô camarada ruim!”

As crianças ao se aproximarem da mulher e percebendo-lhe a carranca no semblante, silenciaram. Elas a conheciam e sabiam ser daquelas velhotas que gritavam ofendendo os pequenos.

- Se não recebo, como vou pagar? – murmurou K. Utáia, quando o elevador barulhento parou à sua frente.

Ao abrir a porta a velhinha notou que ele trazia pessoas que o tomaram no subsolo, na garagem do prédio.

- Olha, criança não vai, não. Vocês esperem que não cabe mais ninguém. – afirmou a senhora, dirigindo-se às crianças enquanto entrava.

“Sempre lotado. Se alguém peidar aqui dentro, com certeza, vão olhar feio pra minha cara. Mas veja como são mal encarados. Deus me livre!” – cogitava a mulher quando a porta fechou atrás de si.

Os solavancos do elevador serviam para demonstrar o mau estado de conservação.

- Misericórdia! – exclamou a baixinha ao notar a turbulência da ascensão.

- Está mal conservado. O condomínio não pode pagar por revisões mais freqüentes. Está sem dinheiro. – sentenciou um dos cavalheiros que também subiam.

“Eu sabia! Tinham que dar indiretas! Ô gente sem coração” – pensou a mulher apertando com mais força a bolsa debaixo do braço.

Ao chegar ao destino Mara K. Utáia percebeu que esquecera as chaves do apartamento no escritório. Ela se lembrava muito bem. Estavam na porta, penduradas do lado de fora.


segunda-feira, 8 de março de 2010

As feijoadas

Charles Bronchon chegava em casa cansado todas as tardes. Depois que tomava banho ele saia pra rua e ficava na calçada observando o movimento.

Sentado num pedaço de pau ele observava os calcanhares que estavam rachados, a barriga enorme que o impedia de ver as unhas encravadas e os tornozelos inchados.

Charles perdera os pêlos das pernas e dos braços há muito tempo. Apesar de manter tufos de cabelos na testa, ele percebia que, no alto do cocoruto, eles escasseavam.

Por ser tabagista inveterado ele se alimentava muito bem. Seu prato favorito era a feijoada. Diziam os fofoqueiros de plantão, que Charles regozijava deglutindo latas e latas do tal alimento durante a semana.

A quem dissesse ser ele um glutão, respondia que precisava estar sempre forte para enfrentar as dificuldades da vida. Então Charles mandava goela adentro, usando colheres, porções imensas das massas nutritivas.

Se alguém reclamasse por ele comer tudo sozinho, não deixando nem um pouquinho pra ninguém, Charles mandava caçar sapos; e que fosse pra esquina ver se ele se encontrava lá.

- Vá ver se eu estou na esquina. – dizia ele com a cabeça quase enfiada na lata, na qual introduzia colheradas rápidas, sacando-as cheias.

E depois então, de saciada a fome, Charles arrotando, tirava um cigarro do maço, que deixava sobre a TV e, arrancando dele o filtro, acendia-o aspirando profundamente a fumaça quente.

De vez em quando Charles punha na boca o palito de fósforo que usara pra acender o pito. Ele não o mastigava, por não ter os dentes, mas aliviava-o a sensação que lhe causava o cavaco nas gengivas; era triste ver que delas emergiam os cacos podres, que um dia, há muito tempo, foram seus dentes.

Depois que coçava o saco, soltando-o dos apertos, olhava pra patroa barriguda e silencioso igual a um felino, saia pra calçada por onde caminhava até o boteco.

Por não gostar de água e só beber cerveja, Charles tinha mais prejuízos do que lucros no seu negócio. Chegaria o dia em que ele, muito cansado, desejaria parar com aquilo tudo.

Charles queria descansar. Descansar em paz.

domingo, 7 de março de 2010

Beatles no BBB 10?

Ontem, sábado à noite no BBB 10, tentando proporcionar uma noite agradável aos brothers e ao público que acompanha o programa, uma banda cover dos Beatles se apresentou, não deixando boa impressão.

Os homens da casa, vestidos com ternos típicos dos anos sessenta e as gatas também com figurinos que remetiam àquele tempo, não se divertiram muito com as cinco músicas apresentadas, pela banda Black Bird.

Os componentes do grupo não disseram uma única palavra aos integrantes da casa. Nem na entrada, nem durante a apresentação e muito menos depois, no encerramento.

Estava mesmo muito esquisita a situação. Cadu, que demonstrou seu descontentamento explicitamente, ao tirar os sapatos disse que a camiseta recebida de um integrante da banda, serviria para treinar.

- Tiro a manga dela e serve para treinar. – afirmou o brother sentando-se no sofá e tirando os sapatos.

Foi Anamara quem percebeu “uma tristeza” nos “meninos”, tendo expressado sua percepção aos demais residentes.

Contrapondo-se ao descontentamento manifestado por Cadu, Dourado disse que era fã dos Beatles e que a banda fora bem na apresentação.

Fernanda não gostou muito não. Os sons do tema “Love, Love, Love” da festa, serviram pra sacolejar mal e mal a anatomia, mas não causaram o arrebatamento visto em outras festas.

Enfim, o clima deixado pela banda, depois da apresentação não foi dos melhores. Não que eles não tocassem bem. Não é isso. Não houve empatia, troca afetiva, entre os músicos e os brothers.

Talvez, numa próxima oportunidade a impressão que eles deixem seja melhor.


A Banda de Liverpool tocava assim. Dificilmente eles são imitados.

sábado, 6 de março de 2010

O Uso Terapêutico do Nabo

A compulsão é uma coisa horrível que torna seu portador um verdadeiro escravo. O falar seguidamente, o olhar para o espelho, o beber, o usar determinada cor no vestuário são tipos de obsessões perturbadoras.

É muito difícil o sujeito acometido por essas idéias fixas, se livrar do sofrimento. Às vezes nem incômodo isso é para ele.

O voyeurismo é considerado patologia consistente na obtenção do prazer sexual pela observação dissimulada de cenas íntimas. Por exemplo: o olhar reiteradas vezes, pelo buraco da fechadura do quarto, a própria irmã trocando de roupa, indica ter o tal sujeito as características que definem a patologia.

Se o camarada é daqueles que sobe até no muro do quintal para “buraquear” a filha do vizinho tomando banho, reforça-se a noção de ter ele o tal desvio de personalidade, que o identifica com os traços dos portadores da afecção.

O falar de forma descontrolada palavras sem sentido, repetindo-as da mesma forma que numa tipografia, a máquina impressora repete a idêntica impressão, demonstra o desequilíbrio emocional desconfortável que pode ser tratado por especialistas.

Esses transtornos, ideações fixas, assemelham-se aos pântanos, águas paradas que, apodrecidas, fermentam impregnando os circundantes. Parentes próximos, nas habitações superlotadas, são os primeiros a contaminarem-se com esse tipo de doença.

Assim como existem os sofrimentos, do mesmo jeito há também as formas de curá-los. Existiria uma corrente fitoterápica que lecionaria ser o nabo um recurso redutor importante do padecimento dos faladores compulsivos.

Empregado na forma de supositório o nabo teria a propriedade de induzir o conforto que o padecente não dispõe. A agitação psicomotora e até mesmo as afecções dermatológicas seriam curadas com o uso contínuo da brassicássea.

O nabo é um vegetal muito conhecido, popular e eficiente devendo ser bem lavado antes da utilização. É preciso observar se não há excesso de herbicidas ou qualquer outro produto químico utilizado durante o plantio. Isso pode se constatar pelo odor que emana do produto.

Se o vegetal estiver muito desenvolvido, ou seja, se estiver com acúmulo de água aparentando inchaço, haverá de ter o paciente, algum cuidado no modo de usá-lo. Os nabos mais antigos carecem de fervura preliminar.

As folhas e demais penduricalhos aderidos ao vegetal devem ser afastados. Os parasitas que acercariam a planta não teriam outra função do que a de minar os substratos componentes da estrutura.

As experiências comprovariam serem as fixações desconfortáveis reduzidas aos níveis de equilíbrio semelhantes aos observados nas pessoas normais.

Com violência verbal ou moral, você não consegue nada. Seja mais inteligente. Procure uma escola.  

sexta-feira, 5 de março de 2010

A Roda

Em Piracicaba muitas crianças se dedicavam a catar lixo pelas ruas. Em 1994 quando morávamos à Rua Bela Vista, havia uma menina que puxando sua carroça, numa certa ocasião, parou em frente à nossa casa.

Acho que ela não tinha nem dez anos e já toda sujinha, perambulava pelas ruas pedindo jornais, caixas de papelão e outras embalagens.

Talvez o que a motivasse estancar ali, naquela manhã, fosse a queda de uma das rodas da carroça que saira do eixo.

A menina era filha de catadores de lixo e irmã de numerosos irmãos. Quando estacionou seu veículo defronte nossa residência ela procurava uma sombra onde pudesse descansar e recolocar a rodinha no lugar.

Depois que encostou ali frente ao nosso portão ela pediu um copo de água; logo após expressou sua vontade de usar o banheiro.

Ao passar por nossa cozinha ela observou a mesa que continha ainda a louça e a sobra dos alimentos do café da manhã. Quando percebemos que a criança fixou o olhar sobre os alimentos, intuímos a sua fome e então a convidamos a sentar-se e a tomar uma xícara de café.

Toda embaraçada ela se acomodou na beirada de uma cadeira; a ela servimos leite com Toddy e pão com margarina.

A avidez da garotinha ao deglutir aquelas coisas impressionou-nos. Ela não mastigava e quase engasgou tamanha a voracidade com que enfiava o pão goela abaixo.

Sentado ao seu lado perguntávamos onde morava e quem eram seus pais. A sofreguidão impedia que ela falasse qualquer coisa e qual não foi a nossa surpresa quando, de repente, a menina vomitou sobre a mesa e evacuou ali mesmo, no chão da cozinha.

Tentando controlar a situação levei a jovem ao banheiro onde a fiz lavar-se. Mais tarde, tendo consertado a rodinha e no comando da sua carroça, ela continuou a lida de recolhimento de lixo.

Hoje em dia ela já não mais vagueia pelas ruas. Está casada e tem três filhos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Na China cães e gatos são alimento

Cada povo com a sua cultura. Nós aqui no Ocidente procuramos cuidar da melhor forma possível dos nossos cães e gatos. Outro dia vi na TV, se não me engano no Domingão do Faustão, uma atriz pedindo às pessoas que não comprassem os animaizinhos. O objetivo dela era o de lançar uma campanha restritiva do comércio dos bichinhos e da degradação que eles sofrem.

Entre nós existem até sociedades protetoras dos animais. Há leis que protegem a integridade física e a saúde desses nossos irmãozinhos.

Nas Universidades há cursos de Veterinária formadores de profissionais que cuidarão do bem estar dos amiguinhos. São Francisco de Assis considerava os animais criaturas de Deus devendo ser respeitados por nós, seres humanos.

Quem não se indigna quando vê alguém promovendo maus tratos contra eles? No Rio de Janeiro, há algum tempo, o vereador Cláudio Cavalcanti, propôs uma lei que tinha por objetivo liberar os animais de tração, dos suplícios e maus tratos feitos por seus proprietários.

Cláudio Cavalcanti foi ator da Rede Globo, tendo atuado em muitas novelas e filmes inesquecíveis.

Hoje uma indústria enorme floresce em torno do bem estar e saúde dos bichos. Há fábricas de ração, de xampus, sabonetes, medicamentos, roupas; há clínicas de psicologia especializadas, tratamentos que usam a homeopatia, e até peritos que aplicam passes nos debilitados.

Há ainda treinadores profissionais, que ganham a vida adestrando os bichos.

Isso tudo acontece aqui, no Brasil. Mas na China a coisa não é bem assim, não. Lá, minha amiga, os gatinhos e cachorrinhos, antes de virarem comida, são tratados com a maior crueldade.

Eles são amontoados e aprisionados nos engradados minúsculos para o transporte por caminhões. As gaiolas são empilhadas nas carrocerias e levadas até os abatedouros. Existem locais que funcionam como entreposto, aonde os usuários vêm para comprar a preciosa mercadoria.

Veja no vídeo como funciona a matança de cães e gatos, na China.



Você comeria bifes de carne de cachorro ou de gato?