terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Os Militares Podem Voltar



O Exército pode garantir, contra os corruptos, a integridade das instituições da República





Os políticos corruptos estruturados, à semelhança dos criminosos das quadrilhas organizadas, conseguem sucesso na sangria do erário público, usando depois o produto do crime na promoção de mais suborno e atos de defesa.


O destemor da punição é tão evidente que a deputada filmada recebendo pacotes e pacotes de dinheiro, num gabinete, enrustindo-os depois na sua bolsa, teve a pachorra de dizer, frente às câmeras de um repórter, que está tranquilíssima sobre o assunto, porém muito preocupada com o seu advogado que a impediu de conversar com a imprensa.

O fato é que a tecnologia moderna dos meios de documentação de imagens e sons, revolucionou o setor criando um embaraço tremendo aos malignos que vivem desses expedientes.

Como é que podem agora os prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais, senadores, governadores de estado e até presidentes, sentirem-se à vontade durante as entregas das riquezas do estado?

Como poderão os venais se sentarem, à frente dos subornadores, e receberem os frutos dos ardis, sem os temores de que suas imagens surjam nos telejornais no dia seguinte?

Não existe segurança nenhuma a não ser que se façam leis impeditivas de exibição das tais cenas grotescas.

E é isso mesmo que a malta procura fazer. Há movimentos organizados na câmara dos deputados objetivando a criação de organismos controladores dos assuntos que se devem dizer à sociedade.

O ministro do supremo tribunal federal Gilmar Mendes é adepto da idéia de que além do direito de resposta, das sanções penais, e das cíveis, haja também impedimentos para a divulgação de fatos relacionados à pessoas e nomes.

Então à semelhança de uma dieta que um clínico impõe ao seu paciente, um tal de conselho federal de jornalismo, diria o que deve e o que não deve ser relatado ao corpo social.

Isso só interessa ao pessoal que vive desses expedientes iguais aos do governador José Roberto Arruda (DEM), Júnior Brunelli (PSC), todos os demais do panetonegate, e quadrilheiros das sanguessugas.

Se o político não tem o que temer não se importa com a publicidade; só a temem os que agem às ocultas, aos murmúrios, às escondidas, tramando o mal contra as estruturas sociais.

E me digam: o sujeito que se incrustou nos cargos eletivos, por mais de uma vintena de anos, foge as luzes da exposição pública, se não tem nada a dever?

A certeza é de que a tecnologia trouxe muita dificuldade aos vendilhões da república. E a situação fica bem difícil para ela com essa tradição de impunidade, das tentativas de cerceamento da comunicação dos fatos, se não houver uma reação dos verdadeiros defensores da pátria: o Exército Brasileiro.

Se democracia é mesmo essa esbórnia nociva que a sociedade testemunha, será que a imposição das normas, das regras, do regime e da disciplina militar, não eliminariam os tais focos infecciosos?

Será que a volta da ditadura militar corrigiria esses abusadores reprimindo seus crimes?

Fernando Zocca.



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