segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A Ordem e o Progresso

É impressionante o descaramento dessa gente que ocupa o poder nestes dias tão atribulados. O sujeito é filmado cometendo crimes gravíssimos contra a organização do estado e para defender-se o safardana consegue alegar, dentre outras coisas, que as cenas não tinham nada a ver com a roubalheira.


O bandido desejoso de passar a idéia de que a multidão, que se manifestava nas ruas, protestando contra seu mau caráter, estava equivocada e que conduz uma tropa de cavalaria repressora contra ela, quer mesmo ver-se impune, para desfrutar o produto da sua esperteza.

O mau elemento que já tem antecedentes condutores de punições anteriores, ainda goza dos benefícios do cargo público e também da dinheirama amealhada fraudulentamente.

Ora, se isso não for um convite, a todos aqueles que carregam latentes, os germes da corrupção, a seguirem pelos mesmos caminhos, o que mais seria além do famoso pré-aviso de impunidade?

O produto roubado do estado serve também para promover mais corrupção contribuindo para o esfacelamento das suas estruturas. O jogo feito pelos corruptores visa a desestruturação dos organismos que possam pôr em risco ações repressivas e punitivas.

A situação assemelha-se a um organismo animal acometido pela doença, cuja sobrevivência dependerá, sem dúvida, da aniquilação desses esquemas diruptivos contrários à manutenção do bem estar geral.

A Polícia Federal tem feito sua parte; cabe também ao Ministério Público denunciar esses cometimentos criminosos acompanhando-os até a final condenação. Semelhante a um espetáculo popular, a sociedade acompanhará o desfecho do embate que servirá enfim, de exemplo tanto para aquele que viola as regras, quanto para o cidadão honesto cumpridor dos seus deveres.

Muita vez o sujeito que pratica o crime desconhece a gravidade dos seus atos. Nos seus conceitos pode até haver a noção de que o que esteja a fazer seja aceitável. Como dizer aos políticos principiantes que suas intenções de suborno são inadequadas se a ideia vigente é a de praticar danos contra o estado organizado?

Além da divulgação dos flagrantes caberia também a comunicação, à sociedade, dos resultados dos julgamentos, sendo certo que interessa ao todo muito mais a dor da cirurgia reparadora do que a euforia limitada aos grupos ladravazes.

A instalação da corrupção interna interessa também, sem dúvida, aos concorrentes diretos limítrofes, desejosos de arruinar aquela política diversa e antipatizada.

Em jogo estão os conceitos como família, religião, moral, bons costumes, respeito aos mais velhos e um ferrenho embate pelo poder. A tolerância com os crimes e desaforos não se coaduna com a manutenção da integridade das instituições.

Para a manutenção da ordem e do progresso a sociedade testemunha espera do Judiciário, a exata aplicação da lei e suas penas, na proporção da gravidade dos crimes por todos conhecidos.


Fernando Zocca.





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