quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Imagine



Berlusconi atingido no domingo, 13 de dezembro, na praça Duomo em Milão, com uma estatueta, atirada por manifestante inconformado



O cidadão italiano Massimo Tartaglia, de 42 anos, que faz tratamento psiquiátrico há 10, atingiu no domingo, 13 de Dezembro, na praça Duomo de Milão, com uma estatueta metálica, o primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi, causando-lhe lesões de natureza grave.


A vítima submeteu-se à internação hospitalar por quatro dias e deverá permanecer em repouso por outros 15. O objeto com o qual foi atingido, uma pequena peça de metal com as formas da catedral de Duomo, tem 136 pontas de ferro e mármore, razão pela qual os ferimentos foram tão profundos.

O agressor provocou a fratura do nariz, dois dentes, a maceração da pele e músculos da região esquerda do rosto de Berlusconi. Por meio dos seus advogados Massimo Tartaglia, via carta, pediu desculpas pelos danos causados, mas ainda assim encontra-se preso na penitenciária San Vittore de Milão, por odem judicial.

O fato remete-nos às violências do dia-a-dia a que estamos sujeitos. Pois pode muito bem o meu nobilíssimo leitor topar pela frente com um pinguço chapado de fumo e desejoso de tirar satisfação por qualquer reação sua, às provocações anterirores dele. E daí? E daí, meu amigo, se prepare pra correr, se não tiver o saco de suportar as consequências do espancamento que você poderá praticar, em nome da legítima defesa própria.

Louco é louco, tanto aqui quanto na Itália. Se a besta é dada ao vício do álcool pode muito bem matar ou lesionar alguém no trânsito. Numa comunidade reagirá à tijoladas, às interpelações que lhe façam, sobre o desconforto que esteja causando na vizinhança.

E se o criminoso tiver ainda familiares dispostos a esconder a gravidade dos atos ilícitos praticados por ele, uma boa parcela da comunidade poderá ser induzida a minimizar a dimensão do perigo a que está sujeita.

É claro que o louco que, numa esquina atira pedras em alguém do próprio quarteirão, poderá repetir o ato criminoso e qualquer morador do bairro está sujeito a ser sua próxima vítima.

O maluco bêbado que, pela idade, pode já estar com afecções mentais, próprias da senilidade, fará com facilidade, das crianças, senhoras, idosos e transeuntes, vítimas pontenciais da sua loucura. Se o alcoolismo é doença e se essa doença prejudica a quem está por perto, então é salutar que se a trate, e logo.

O louco precisa ser protegido dele mesmo. A vizinhança precisa de garantias de que não será atacada, subitamente, por malucos dados ao vício do álcool. Você já imaginou se durante uma conversa informal, o tal se enraivece, e sua ira, num crescendo culmina numa tentativa de arrombamento do seu portão, com a destruição das suas coisas?

Imagine você conversando com o maluco, que bebe tranquilamente, na sua frente. De repente, o cara, por estar muito nervoso, começa a quebrar o seu estabelecimento, jogando garrafas nas janelas alheias. Imagine um doente mental, com a cabeça cheia de crack, que num piscar de olhos, sai correndo pelo meio da rua, gritando que “fulano é viado” e que deseja matá-lo. É terrível, não é?

Por isso, minha amiga, acautele-se. Nestas festas de final de ano, tenha mesmo muito cuidado. Afaste-se dessa gente que fala muito e não tem nada a dizer. Já imaginou se você receber uma tijolada ou garrafada na cabeça? Já imaginou se uma besta dessas corre atrás de você com uma faca na mão? É muita coisa não é?

Por isso, meu amigo, minha amiga e senhoras donas de casa: cuidado com os bêbados!



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