Agência Folha - São Paulo (SP)
A Polícia Civil prendeu ontem o funileiro Nailton Nonato de Freitas, 42, acusado de ter matado a filha Simone Maria de Freitas, 19, em 3 de setembro do ano passado. O crime ocorreu na casa de Freitas, na Rua Igarapé Vintém, no Parque Edu Chaves, zona norte de São Paulo. Segundo o chefe dos investigadores do 73º DP (Jaçanã), Talma Bauer, responsável pelas investigações, no dia do crime Freitas chegou em casa bêbado e tentou agredir sua mulher, Débora Maria Zarameli, 50. Durante a briga, as filhas Simone e Kátia Maria de Freitas, 22, intervieram. Freitas atirou contra Simone, acertando-a com um tiro na cabeça. O funileiro ainda tentou atirar três vezes contra Kátia, mas a arma teria travado. Após o crime, segundo o investigador, Freitas tentou roubar o carro de um vizinho, que também foi atingido no ombro.
O funileiro conseguiu roubar outro carro, que abandonou em seguida no Jardim Brasil, zona norte, e fugiu.
Freitas foi detido ontem à tarde, após denúncia, em uma oficina mecânica no Parque São Rafael, zona leste da cidade. O investigador afirmou que o funileiro confessou o crime e disse que já teria matado outra pessoa em Maceió, há anos, porque o rapaz teria estuprado sua irmã. ‘‘Ele confessou o crime e disse que matou a filha porque ela era malcriada. Estávamos atrás dele desde o dia do homicídio na zona norte.’ Segundo Bauer, Freitas saiu de Alagoas e veio para São Paulo em 1973, onde conheceu Débora. Eles moravam juntos até o dia do crime e tiveram quatro filhos: além das duas meninas, outros dois rapazes, um de 11 e outro de 12 anos.
Débora disse à polícia que Freitas sempre bebia e batia nela. Disse ainda que o funileiro ameaçava matá-la caso denunciasse as agressões. Segundo o investigador, Freitas já tinha passagem pela polícia por latrocínio, mas foi absolvido da acusação pela Justiça.
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