quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Os jornalecos aldeões, acanhados e ridículos

Você sabe o que é trabalhar numa empresa e não receber os salários ou qualquer pagamento por isso? Imagina o que é ser explorado, num momento da sua vida em que seu pai sofreu um infarto, sua família de forma inadverdita mudou-se para uma casa, cujo proprietário cumpria pena por homicídio, na cadeia logo ali, na esquina?

Pode você imaginar o que seja entrar, durante o entardecer no posto de trabalho saindo só no dia seguinte ao amanhecer e, no fim de um mês, não receber nada em troca disso tudo?

Poderia o meu querido leitor sentir, por empatia que seja, ter contra sua pessoa, durante anos seguidos, a suspeita de haver cometido um crime grave, difundida por gente prejudicada, por alguém que não fosse você mesmo?

Teria o meu nobre leitor, a suficiência para imaginar que aquele seu patrão, nos finais de semana, seria capaz de pagar seus colaboradores, com cheques cruzados e, nominais, expedidos depois das 16 horas, quando os bancos já estariam fechados?

Haveria possibilidade para a compreensão de que, numa cidade pequena, alguém se arvorando na condição de tudo saber e, dispondo do maquinário próprio, manipular consciências, obtendo vantagens para si, em detrimento duma grande parcela da população prejudicada?

Alguém poderia afirmar, com absoluta convicção, se a Internet deu voz a milhares de pessoas, vítimas das informações tendenciosas, a serviço do poder político corrupto, instalado na cidade subdesenvolvida, provinciana e caipira?

Quem negaria a existência de gente maldosa, parcial, propagadora das inverdades, que já naquele princípio da década dos anos setenta buscava, nos jornalecos aldeões, acanhados e ridículos, “salvar o seu lado”, sem se preocupar com as consequências das suas afirmações?

Ousaria negar o meu nobre leitor ser a incúria, insensatez ou a burrice mesmo, as verdadeiras causas da derrocada de algumas empresas inovadoras, instaladas na aldeia distante, malcheirosa e subdesenvolvida?

Não seria esse elogio ao local, repetido “ad náuseam”, uma espécie de compensação, eliciada pela certeza de que a realidade evidencia condições inferiores e piores do qualquer outro lugarejo?

Esse “me engana, que eu gosto” difundido por mentes doentias, crentes de que o povo carece de engodo, simulação e fantasia, não obstaria o progresso da aldeola, tão retardada na adesão das novas tecnologias?

Alguém pode acreditar que se não houvesse o surgimento da internet, o corte da cana ainda seria feito por força muscular, depois da contumaz queima das extensas áreas plantadas?

E por fim, meu querido e nobilíssimo leitor: quem ousaria negar que a corrupção exercida por esses senhores, atuais ocupantes dos cargos públicos eletivos, seria a verdadeira causa do subdesenvolvimento dos seus rincões?



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