Creio que estão sendo muito rigorosos nessa análise da atuação da Carolina em Passione. São opiniões pessoais cruéis contrárias à atriz. Isso não significa que ela não tenha mesmo valor ou que inexistam fãs seus por todo o Brasil.
Há uma tremenda má vontade disposta contra a profissional. Ela tem valor e muito; tanto é assim que ocupa o lugar desejado por milhões de pessoas, por milhares de atrizes.
Se Dieckmann não tivesse nada com que presentear o público, das novelas em que atua, certamente não entraria diariamente na casa dos milhares de apaixonados pelas tramas, enredos e situações apresentadas.
A novela é um retrato da sociedade em que vivemos. Os atores são produto do meio em que vivem. Ninguém que não tivesse valor estaria onde está. Há motivos de sobra para terem e curtirem a chance que receberam.
Muita gente discorda, com veemência, das palavras ditas na crítica apresentada por Jorge Brasil.
Haveria alguém mais habilitado, que o autor da novela, para dizer ser a atriz incapaz de acrescentar algo aos seus personagens?
Se o Silvio de Abreu quisesse um quê a mais, caracterizador da Diana, você não concorda que ele deixaria isso bem expresso, bem claro?
A implicância pessoal gratuita não caberia numa análise isenta, idônea da atuação de qualquer profissional.
Imagine como Renata Sorrah comporia personagens que não fossem problemáticas, neuróticas e loucas. E você acha que ela não teria cabedal para fazer isso?
É claro que sim.
O repertório de esgares, que Dieckmann apresenta é o suficiente na caracterização da personagem. Se este tivesse um tique, um trejeito diferenciador, ele seria pedido no texto.
"Queixo trêmulo", "olhar pidão", "nariz empinado" e "voz de coitadinha" ninguém via em Açucena.
Não há como agradar a todo mundo. Isso é verdade. Brigas e discussões, numa trama, são sentidas de forma diversa pelo público. Há os que se percebam envergonhados, mas há também quem sinta ódio, medo, e desejo de punição.
O despertar simpatia é bastante subjetivo. Atraem-se os iguais. Simpatizam por Clara aqueles que possuem algo semelhante a ela.
Não podemos comparar atrizes com tempos diferentes de atuação, sem cometer equívocos no julgamento. Como seriamos imparciais ao confrontar Murilo Benício a Francisco Cuoco? Ambos têm características peculiares que os tornam requisitados.
Pode haver engano, na afirmação de que Dieckmann sofra representando Diana. Talvez a Diana perfeita fosse aquela que usasse cabelos curtíssimos, óculos de grau e trabalhasse numa revista.
Às vezes ocorre que, por sermos eficientíssimos na profissão, julguemos, sem acerto, todos os demais colegas fracos e inseguros. Mesmo que sejam atores, representando alguém que nunca foram.
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