Sabe aquele fiapo de manga, laranja ou cana que fica entre os dentes depois que se consome aquelas coisas? É chato, não é?
Mas tem gente que ao invés de passar o fio dental, ou escovar os dentes, tenta tirá-los com a língua, promovendo um ruidozinho tenebroso.
Aqueles gestos, além de ineficazes na limpeza bucal, servem também para incomodar o sujeito que está ao seu redor.
Se o provocador, imbuído daquele “espírito de porco” incontestável, notar que consegue perturbá-lo, pode ter a certeza de que você presenciará a chateação por um longo tempo.
Talvez o vizinho ruidoso, naquele momento, numa espécie de transe, tenha voltado ao tempo em que era carroceiro, conduzindo sua carroça, puxada pela égua branca, na estrada de chão batido.
Quem é que poderia dizer não estar o “chupador de dentes” sentado na boléia do seu veículo, carregado com as pesadas sacas de açúcar de 60 kg, dirigindo-se à estação ferroviária mais próxima?
E quem garantiria não serem aqueles ruídos, feitos com os lábios, incentivos carinhosos à sua cavalgadura, a fim de que não esmoreça na faina?
No campo de futebol a provocação suplanta esse procedimento tênue. Lá no gramado verde valem os xingamentos à baixa voz, as puxadas na camisa, “paulistinhas”, cotoveladas nas costelas e gritos no ouvido.
Tudo o que desejam os provocadores, tanto aquele tomado pelo “espírito de porco”, quanto o jogador medíocre de futebol, é a reação do provocado.
Você se lembra de como reagiu Zinedine Zidane, ás provocações do jogador italiano, que ao passar por ele, maldizia-lhe a mãe e a irmã?
Reagiu com uma cabeçada violenta que lançou ao chão o maledicente. Em consequência Zidane foi expulso e a Itália papou o campeonato.
No caso do “espírito de porco” a intenção dele é mostrar, para as demais pessoas, que o provocado não merece qualquer tipo de consideração.
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