É notabilíssima a importância dada, no interior, e nas camadas mais pobres, à união das pessoas da mesma família.
Entretanto pouco se sabe a respeito do que realmente produz a tal coesão.
É notória, só não vê quem não quer, que na maioria dos casos, a concórdia é obtida não pela adoração do sagrado, mas pelo combate a um objeto externo.
Então surgem as pobres almas ingênuas propondo a evangelização dessas pessoas.
Mas será que elas desejam mesmo ser evangelizadas?
À semelhança do alcoólatra, que só deixa o vício por vontade própria, há pagãos que admitem a vivência do evangelho no exato momento em que desejarem.
Por outro lado, nas famílias onde se evidencia a aparente diversidade de interesses, nota-se também a preponderância da civilidade, do respeito às pessoas, à propriedade alheia e aos bons princípios morais.
Então pergunta-se: É mais interessante para a comunidade a família coesa, una, mas que violenta a integridade alheia, ou a família composta por pessoas com interesses distintos e obediente às normas da boa educação?
Sabe-se que o batismo não demove ninguém das práticas pagãs e que existem interesses políticos por trás do modelo familiar, cuja liga é conseguida com a demonização do algo exterior.
A quem mais compete evangelizar propondo a substituição do cimento coesivo “combate” pela louvação do sagrado?
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