À semelhança de uma doença covarde e sorrateira, que aos poucos vai dominando um organismo, o marginal que agride e abusa sexualmente de crianças progride na malignidade.
Chega o momento em que nem mesmo a luz do dia consegue impedir os atos ofensivos. A integridade física, moral e sexual do menor vulnerável são destroçadas com tamanha crueldade que atemoriza os demais circundantes.
A pessoa criança, desaparelhada dos meios necessários para se defender, humilha-se se sujeitando à lascívia do mau caráter, pois é só assim que a loucura agressiva concede a trégua.
Passam as horas, um ou dois dias e as torturas novamente se iniciam. A opressão contra alguém mais fraco parece ser a válvula de escape do neurótico louco, que não tendo como se livrar dos demônios que o subjugam, desconta na alma infantil o seu sofrimento.
Como podem as autoridades responsáveis livrar o pequeno ser, em formação, das violências domésticas diárias? E o que é pior: quando há o consentimento da mãe da vítima, que legitimidade teria o poder público para intervir?
A pensão alimentícia destinada ao sustento de filho adulterino, quando proporciona tempo ocioso ao padrasto opressor, por compaixão poderia suprimir-se. E logo.
É a ociosidade improdutiva, geradora das tensões desalagadas com a violação sexual do menor indefeso, num certo momento, já conformado com esse modo de existir, a verdadeira mãe dessa injustiça terrível.
De que valeriam as denúncias contra esses crimes evidentes, se nas apurações a simulação encontra reforço na aceitação da mãe negligente?
O adulto criminoso que se vale da fragilidade do menor domina-o para a destruição. Não pode haver querença onde o bem estar do opressor depende da sujeição humilhante diária do subordinado.
Numa relação dessas não há o equilíbrio. Não há sanidade. Como é que se resolve um problema desses?
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