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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Os Bailes de Carnaval

Jorge sentia-se estranho naquela cidade. Ele viera para uma festa de aniversário da prima Helen que o recebera muito bem na manhã do dia anterior.

O rapaz caminhava só pela calçada ruminando os bons momentos da festa que tivera muita gente, flash e animação.

Ele não dormira bem à noite por causa do excesso de bebida, mas, mesmo assim ao acordar, naquela manhã de terça-feira, resolveu andar pelo calçadão da orla. O sol aquecia bastante, despontado no céu límpido.

- Por que a Helen não fez a festa no final de semana? – perguntava Jorge num solilóquio discreto, enquanto observava, através das lentes dos seus óculos de sol, algumas pessoas que se divertiam nas ondas verdes.

O turista andava distraído e surpreendeu-se quando alguém ao se aproximar por trás disse:

- Ei Jorge, já cedo assim acordado? Não passou bem durante a madrugada? – Era o empresário Cristiano que também participara das comemorações do décimo nono aniversário da Helen. Ele vinha no mesmo sentido caminhando mais rápido.

- Ah, oi, como vai? – respondeu Jorge ao voltar-se – Eu bebi muito. A ressaca é enorme. Não passei bem o resto da noite, mas logo melhoro – concluiu.

- Achei esquisito a Helen desperdiçar o sábado e o domingo pra fazer a festa. Ela escolheu justamente a noite de segunda-feira. Não é estranho? – indagou Cristiano ajustando a velocidade dos seus passos a dos de Jorge.

- É, gente rica tem suas manias - explicou o turista. – E depois, levantando a pala do boné vermelho: - Mas como tem gente bonita nesta praia hein? Veja como as mulheres caminham harmoniosamente. Parece que desfilam naquelas passarelas.

- Sim, tem muita gente sarada e bela por aqui – resumiu Cristiano percebendo o suor que lhe empapava a camiseta - Vamos caminhar mais rápido?

Os dois homens seguiram céleres pelo calçadão quando avistaram um gorducho que, de short amarelo, camiseta preta, boné verde e chinelos brancos, arrastava uma mala preta enorme ao atravessar a avenida em direção à praia.

- Veja só aquela figura! – assustou-se Cristiano chamando a atenção do companheiro – não é o Leonel?

- Não conheço nenhum Leonel – respondeu Jorge desviando-se de um esqueitista, que saíra sem querer, da ciclovia.

- Você não imagina o que esse cara aprontou num baile de carnaval no ano passado. Meu amigo, que vergonha! Que vexame – enfatizou Cristiano.

- Nossa! Foi tão grave assim? – quis saber o amigo.

- O sujeito chegou cedo ao salão, bebeu todas e mais algumas, depois no meio daquele povo todo, começou a passar a mão na busanfa da mulherada.

- E ai? Deram-lhe um cacete? – indagou Jorge.

- Botaram o cara pra fora do baile. Ficou deitado na calçada de tão bêbado que estava. Mas pode uma coisa dessas?

- Pô, mano, que papelão! – concordou o turista.

- E, olha, não foi aquela a primeira e a única vez, não. Houve outra, no mesmo esquema. No baile dos periquitos, ele mandou ver a mão boba nas coxas do mulherio. Parece que o sujeito não pode beber.

- O pessoal instiga e ele entra de gaiato. Na verdade é um panaca, um palhaço – arriscou Jorge com a sua análise.

O calor aumentava por volta das onze horas. Eles haviam chegado defronte ao prédio da Helen.

- Quando você volta pra casa? – indagou Cristiano.

- Talvez amanhã à noite – respondeu Jorge num tom de despedida.

- Tem ainda muitas compras pra fazer? – brincou Cristiano afastando-se.

- É, meu amigo, a vida tem dessas dificuldades também – concluiu Jorge com ironia, entrando no edifício.

02/02/11

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terça-feira, 15 de setembro de 2009

As 28 primaveras da tia Cris

Chuma, naquela manhã, sentia-se mais por baixo que barriga de cobra coral. Com a bituca do cigarro a queimar-lhe o vão entre os dedos indicador e médio da mão esquerda, ele perambulava claudicando, pelo bairro a procura de um boteco aberto.

Quem achava que o Chuma, por ser bebum não pensava, estava redondamente enganado. Naquele momento ele cogitava no seguinte tema, que expunha em mussitação, aos vizinhos do quarteirão, ocultos e sonolentos:

- É possível que algumas mulheres tenham aversão aos gatos, por ser costume entre as famílias pobres, explicar a ausência do pipi nas meninas com a frase “o gato comeu”. A genética faz das suas e o gato leva a fama.

Às seis horas Chuma encostou-se à porta do botequim esperando o inicio das atividades comerciais. Ele pressentia que algo novo estava pra acontecer.

Quando a cansada tia Cris abriu o bar as sete da matina, ele pediu a cambraia costumeira, ingerindo-a; seria a primeira duma série inumerável, naquele dia que se mostrava já cedo, bastante calorento.

Tia Cris, ao sair do recinto, pediu ao Chuma que cuidasse, por alguns momentos, da direção do negócio. Logo depois ela voltou e, já no salão com as mãos envoltas num guardanapo branco, foi notada pelo biriteiro que viu nela algo novo.

Ele se aproximou e aspirando o perfume que emanava, daquele cangote cândido, tentou balbuciar um elogio. A língua travada impediu, porém que o ébrio dissesse qualquer coisa. Uma gorda passou defronte ao bar balançando a banha. Chuma ensaiou um assovio, mas foi contido pelo olhar de reprovação da tia Cris. Chuma, no seu íntimo, agradeceu a censura da proprietária, "afinal", pensou ele: "a gordura faz mal pro coração".

Quando varria o salão, evitando os pés do único freguês presente, tia Cris percebeu a entrada de um dos irmãos do Edbar B.I. Túrico. Era o Edbar Bante, muito conhecido na terra Tupinambiquence. O rosto afogueado, os pés inchados e, feridas espalhadas por toda pele, indicavam que a cangibrina consumida por ele, causava mais estragos do que proporcionava prazer.

Edbar Bante ao entrar, fitando tia Cris nos olhos disse:

- Ó Tupinambicas das Linhas onde estão as tais tuas virgens castiças, as donzelas pubecentes? Ora verão, por certo, que propagaste engano.

Tia Cris, num arroubo incontido, passou a vassoura na cabeça do Bante. Os cabelos remexidos do cachaçudo lembravam um emaranhado de capim seco próprio dos ninhos dos pardais. Tia Cris respondeu:

- Nada de bagunça por aqui. Hoje eu quero sossego. Estamos entendidos? Sossego!

Edbar Bante, sentindo-se ofendido com aquele comportamento da proprietária, falou ao Chuma usando um tom rude:

-Mas olha!... Mas veja!... Mas sinta a nhaca da nhambiquara!

O ofendido nem sequer pensou em confrontar a tia, mandando-a plantar batatas. Afinal, não poderia deixar de ser servido com aquele néctar que o mantinha vivo. Cogitou em agir como agia Jarbas o caquético testudo, prefeito de Tupinambicas das Linhas: usaria alguns membros da seita maligna do pavão-louco, para lançar "laranjas" contra a malfeitora.

Cris resolveu tratar o assunto usando a conversa de viés, disse então para o Chuma:

- A prefeitura não está levando mais o lixo pro aterro. Eles agora vão fazer reciclagem. - Chuma percebeu que as indiretas eram pro Bante e sentiu-se dividido. Afinal, se mostrasse simpatia pela dona do boteco, estaria a desprezar seu melhor amigo. Mas se pendesse para o Bante, atrairia as antipatias da tia Cris, a verdadeira dona da pinga.

Naquele momento, em que vigia o impasse no ambiente, entrou porta adentro, esbaforido, suado e cansado, o Bança. Ele trazia as seguintes notícias, que despejou aos presentes, antes mesmo de ser servido, por tia Cris, com a pinga, num copo americano:

- Os vereadores da cidade terão que devolver o dinheiro que receberam como pagamento extra. Tá o maior sururu lá na câmara. Tem nego unhando parede. Dizem que a justiça mandou os caras devolverem o cacau. Imagine, onde já se viu essa negadinha receber extras? Eles embolsavam 45% do que recebiam os deputados estaduais nas seções extraordinárias. Mas pode haver interpretação da lei de forma mais mesquinha do que essa?

Na verdade ninguém estava nem ai com as ocorrências na câmara. O pessoal desejava mesmo era saciar aquela sede implacável que desmilingüia a todos.

Percebendo não haver despertado interesse o Bança mandou outra:

- Uma praga atacou um canavial e alguns cortadores de cana, ontem aqui na periferia. Dizem que os trabalhadores perderam o ânimo pra trabalhar. Ficaram assim como que hipnotizados. Parecia que salivavam. Eles repuxavam, com insistência, as braguilhas. Ficaram perturbados.

Notando que as informações não provocavam tanto frisson nos presentes, Bança lançou sua última cartada:

-Hoje é dia do aniversário da tia Cris!

O novidadeiro observou a reação que suas palavras causaram: espanto no Bante, a confirmação da expectativa daquilo que o Chuma esperava acontecer (ele disse: "Ah, então era isso!") e, o enrubesci mento na tia Cris.

Com o queixo enfiado no tórax, rosto rúbido, e enxugando sem jeito um copo, ela teve que confessar.

- É verdade. Gente: hoje faço 28 primaveras!

A partir daquele momento, para o gáudio dos esponjas reunidas, ninguém mais pagou as pingas que beberam naquele dia.








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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Corinthians aniversaria hoje


Hoje 1º de Setembro, o Corinthians, campeão Paulista invicto em 2009, completa 99 anos. Leia a seguir um pouco da história do timão, campeão dos campeões.

No dia 1º de Setembro de 1910, depois de assistirem a uma partida de futebol de um time inglês, os cinco trabalhadores Joaquim Ambrósio, Carlos da Silva, Rafael Perrone, Antônio Pereira e Anselmo Correia uniram-se a mais oito pessoas e fundaram o “Sport Club Corinthians Paulista” tendo elegido como primeiro presidente o alfaiate Miguel Bataglia.

Na sua primeira manifestação como presidente Miguel teria dito: "O Corinthians vai ser o time do povo e o povo é quem vai fazer o time".

Da primeira coleta à compra da primeira bola transcorreu uma semana. O campo de futebol do time foi feito num terreno alugado na Rua José Paulino, onde ocorreu o primeiro treino, diante de uma grande platéia entusiasmada, no dia 14 de setembro.

O Sport Club Corinthians Paulista foi aceito na liga Paulista de Futebol em 1913, depois de ter pleiteado uma vaga, tornando-se o quarto, dos chamados “três mosqueteiros” que compunham o grupo. Os times que estavam inscritos antes na instituição eram o Americano, o Germânia e o Internacional.

Grandes atletas passaram pelo Corinthians durante sua história quase centenária. Nomes como Neco, Luizinho, Cláudio, Baltazar, Gilmar, Rivelino, Sócrates, Biro-Biro, Ronaldo, Neto, Marcelinho Carioca, Dida, entre outros, são lembrados até hoje com muito carinho pela torcida fiel.

Veja a lista dos nomes dos presidentes:


1910 - Miguel Battaglia 1910/1914 - Alexandre Magnani 1915 - Ricardo de Oliveira 1915/1916 - João Baptista Maurício 1917 - João Martins de Oliveira 1918 - João de Carvalho (interino) 1918 - Albino Teixeira Pinheiro 1920/1925 - Guido Giacominelli 1925 - Aristides de Macedo Filho 1926 - Ernesto Cassano 1927 - Guido Giacominelli 1928 - Ernesto Cassano 1929 - José Tipaldi 1929/1930 - Felipe Colonna 1930/1933 - Alfredo Schurig 1933 - João Baptista Maurício 1933/1934 - José Martins Costa Jr. 1935/1941 - Manuel Correcher 1941 - Mário Henrique Almeida (interventor) 1941 - Pedro de Souza 1941/1943 - Manuel Domingos Correia 1944/1946 - Alfredo Ignácio Trindade 1947/1948 - Lourenço Fló Júnior 1948/1959 - Alfredo Ignácio Trindade 1959/1961 - Vicente Matheus 1961/1971 - Wadih Helu 1971/1972 - Miguel Martinez 1972/1981 - Vicente Matheus 1981/1985 - Waldemar Pires 1985/1987 - Roberto Pasqua 1987/1991 - Vicente Matheus 1991/1993 - Marlene Matheus 1993/2007 - Alberto Dualib 2007 - Clodomil Antonio Orsi (interino) 2007 - Andrés Sanchez.

Nesta data querida, os blogs monitornews, laranjanews, oficina, bigbomblog, bateria, barbatana e tamborim desejam ao Corinthians muitas felicidades, muitos anos de vida e bastante sucesso. Salve o Corinthians!


Fernando Zocca.




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sábado, 1 de agosto de 2009

Piracicaba completa 242 anos



Hoje é primeiro de agosto e Piracicaba comemora seus 242 anos. Realmente segundo consta nos alfarrábios o explorador português Antônio Correia Barbosa, em 1767 chegou por estas paradas e, no lado direito do rio, iniciou um descanso que teria gerado a povoação.

O objetivo do senhor Antônio C. Barbosa, ao sair de São Paulo, navegando – na verdade descendo, deixando-se levar pelas correntes - do rio Tietê, era chegar à foz desse afluente, hoje conhecido como rio Piracicaba.

Bom, depois de recuperadas as energias, restauradas as forças, Antônio C. Barbosa e seus liderados prosseguiram a subida do rio Piracicaba, chegando então à sua nascente que fica no município de Americana.

No local de repouso, utilizado pela expedição de Antônio, formou-se um lugarejo onde se agregaram, aos nativos, alguns homens brancos e também negros. Ao relatar às autoridades portuguesas sobre a formação desse núcleo povoador, existente na margem direita do rio, os exploradores receberam a ordem de mudá-la para a margem esquerda.

O motivador dessa troca teria sido a crença de que as construções deveriam receber os primeiros raios solares ao alvorecer antes de atingirem as águas.

Mas a localização geográfica do local escolhido por Antônio C. Barbosa é a seguinte: 22° 43’ 30” S 47° 38’ 56” copiou? A cidade fica a 547 metros acima do nível do mar e sua área é de 1.369.511 km2, segundo informações da Wikipédia.

O atual prefeito da cidade é o senhor Barjas Negri (PSDB). Um presídio para seiscentos presos é um dos projetos que destacam o seu governo.




Vende-se: Apartamento 93 no Edifício Araguaia. Possui três quartos (uma suíte), sala em L, quarto de empregada, lavanderia e ampla cozinha.
Fone: 19 3371 5937.

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